
“É um balanço positivo. Exportação significa superávit. É um sinal de que conseguimos abastecer o mercado interno e sobrou, no bom sentido, para exportarmos. Exportar é dinheiro na veia do povo mineiro, dólar que chega em Minas Gerais e no Brasil e vira carro, vira imóvel, vira roupa, vira sapato. Então é o produto do campo, saindo dos nossos solos, sendo exportados para várias regiões do mundo e trazendo divisas para nosso Brasil”, declarou o presidente da Faemg, Antônio Pitangui de Salvo.
Ao todo, 172 países compraram produtos brasileiros, sendo a China o principal destino, com US$ 4,05 bilhões. Na sequência, aparecem Estados Unidos (US$ 1,34 bilhão), Alemanha (US$ 1,25 bilhão), Itália (US$ 632,2 milhões) e Bélgica (US$ 579,9 milhões). De acordo com a entidade, foram firmadas 13 novas parcerias: Luxemburgo, Mianmar, Zâmbia, Samoa, Mayotte, Nigéria, Guadalupe, Burkina Faso, Andorra, Nauru, Malta, Terras Austrais Francesas e Etiópia.
Pitangui destacou o problema com alguns alimentos, como o leite, do qual não é possível fazer uma previsibilidade. De acordo com dados levantados pela Faemg, o ano foi atípico para o produto, que registrou um recuo no índice de captação na comparação com 2021, com 8,8% no primeiro semestre do ano. “Com menor matéria-prima, os laticínios passaram a disputar produtores para assegurar a captação e suprir a demanda do mercado consumidor, o que resultou em aumento no preço pago ao produtor”, explicou a entidade.
Cenário mundial e federal impactam previsões para 2023
De acordo com o executivo, também é preciso ver “a maneira como o mundo vai se comportar”, já que existe uma dependência da importação de nutrientes para adubo, por exemplo, e chamou a invasão russa na Ucrânia de “guerra maldita”. Pitangui também elogiou a reeleição de Romeu Zema (Novo), pois, segundo ele, é importante dar sequência ao que tem funcionado. Já ao citar o futuro governo federal, do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o presidente da Faemg disse que é preciso aguardar para ver qual será a postura do petista e quem serão os seus ministros da Economia e da Agricultura.
“Nossa perspectiva para o ano que vem é ver, com muita grandeza, como vai ser o comportamento do Brasil como um todo. Se caminhar de uma forma tranquila para nosso setor, com esse governo que vai tomar posse em breve, nós vamos ter tranquilidade. Se o setor, que é um dos tripés de sustentação para a economia brasileira, se sentir acuado ou não sendo bem tratado, todos nós vamos sentir diretamente na carne, no arroz, no feijão. É uma escolha, se quiserem não respeitar um setor que trabalha, vai ser uma opção do novo governo”, declarou.
