Por Silvia Pires
Os consumidores precisam se atentar à variação de preços na hora de comprar carnes em Belo Horizonte. Pesquisa do Mercado Mineiro revela oscilações de até 120% nas casas de carnes e frigoríficos.
A maior variação é vista no preço da bisteca, custando de R$12,99 até R$28,99, uma variação de 123%. O quilo do pernil resfriado sem osso apresentou uma diferença de 106%, chegando a custar de R$13,99 até R$28,90.
As carnes de frango também tiveram variações significativas. O quilo da asa é encontrado por valores entre R$13,00 até R$26,95, uma variação de 107%. A coxa e sobre coxa tiveram uma variação de 99%, custando de R$9,99 até R$19,95.
Nos cortes bovinos, a pesquisa aponta variações de 100% no quilo do chã de fora e patinho, que podem custar de R$29,99 até R$60. A alcatra custa de R$37,99 até R$68,95, uma variação de 81%. Já o contrafilé apresenta uma diferença de 63%.
Para o economista e coordenador do Mercado Mineiro e aplicativo ComOferta, Feliciano Abreu, os consumidores devem redobrar a atenção. "O consumidor tem que continuar pesquisando e ficar muito atento às ofertas. A localização também interfere bastante nos preços das casas de carnes e frigoríficos", disse.
Alta nos preços
As carnes suínas apresentaram uma leve queda no último mês. A própria bisteca caiu de R$17,79 para R$17,43, uma diferença de -2%. O quilo do lombo reduziu de R$19,80 para R$19,32, uma queda de -2,4%.O preço do frango está estabilizado com poucas variações no último mês. O quilo da coxa e sobre coxa passou de R$12,62 para R$12,54, uma queda de -0,61%. O quilo do pescoço de peru custando de R$19,78 para R$19,64, uma redução de -0,69%.
Os preços das carnes bovinas subiram um pouco no último mês, o quilo da maminha passou de R$42,33 para R$42,95, aumento de 1,46%. O quilo da picanha subiu de R$65,21 para R$67,05, aumento de 2,82%. O quilo do lagarto subiu de R$38,68 para R$39,25, um aumento de 1,47%. O quilo da chã de fora subiu de R$38,65 para R$39,08, um aumento de 1,11%.
A elevação da carne, especialmente de boi, assustou os consumidores e preocupa os empresários do varejo de carnes. "Tá difícil vender. O movimento está até razoável, mas o pessoal reclama bastante", conta Geraldo Souza Machado, gerente de um açougue na região Centro-Sul de BH.
A solução encontrada pelos clientes tem sido priorizar a compra de carne de frango e porco. "Esses a gente vende bastante", diz Geraldo.
O economista Feliciano Abreu também alerta para a alta de preços no fim de ano. "Há uma tendência de aumento de preço devido ao aumento também das festividades. É importante que o consumidor redobre a atenção", aponta.