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Estado de Minas ECONOMIA

Prévia do PIB do Banco Central surpreende e cai 0,11% no mês de maio

Índice saiu justamente no dia em que governo federal divulgou melhora na previsao do PIB deste ano


14/07/2022 12:18 - atualizado 14/07/2022 12:28

Sede do Banco Central, em Brasília
Sede do Banco Central, em Brasília (foto: Leonardo Sá/Agência Senado)


No dia em que o Ministério da Economia anuncia melhora na previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2022, de 1,5% para 2%, o Banco Central divulga um dado na contramão de maio que ficou abaixo das expectativas do mercado, dando sinais de que a esperada retomada da economia não será tão fácil como o ministro da Economia, Paulo Guedes, insiste em afirmar — além de ofender os economistas mais realistas, que ele chama de “não preparados tecnicamente”, porque, segundo ele, “têm paixão por militância partidária”.
 
Conforme os dados do BC divulgados nesta quinta-feira (14/7), o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), prévia do PIB brasileiro, recuou 0,11% em maio, na comparação com abril, após ajuste sazonal. O resultado foi pior do que o esperado pelo mercado, cuja mediana era de uma alta de 0,1%.

Em comparação a maio de 2021, houve crescimento de 3,7%, também abaixo das estimativas de alta do mercado, de 4%. Os dados refletem, de certa forma, os últimos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) do mês de maio, que apontam altas de 0,1% nas vendas do comércio varejista, de 0,9% em serviços e de 0,3% na produção industrial. 

De acordo com Rodolfo Margato, economista da XP Investimentos, houve revisões relevantes nos resultados mensais anteriores. As leituras de março, por exemplo, passaram de 1,1% para 1%) e as de abril,  de -0,4% para -0,6%, “evidenciaram revisões baixistas, enquanto a leitura de fevereiro melhorou de 0,7% para 0,9%”.  Pelas estimativas dele, o efeito de carregamento estatístico para o crescimento do IBC-Br no 2º trimestre de 2022 em relação ao anterior ficou em 0,24%.

Para junho, a XP Investimentos prevê alta de 0,3% nas vendas do varejo, ganho de 0,4% nas receitas do setor de serviços e queda de 0,5% na produção industrial. “Se nossa expectativa para junho estiver correta, o IBC-Br apresentará elevação de 0,6% no 2º trimestre deste ano em relação ao 1º trimestre”, analisou Rodolfo Margato, economista da XP Investimentos. Ele estima avanço de 0,7% no IBC-Br de junho em relação a maio.

A previsão da XP está em linha com a previsão do Ministério da Economia divulgada hoje para o PIB do segundo trimestre é de alta de 0,7%. Durante a discurso antes da apresentação dos novos dados da pasta, o ministro Paulo Guedes aproveitou o momento para criticar os pessimistas com o atual cenário econômico, que sinaliza aumento de riscos de recessão global e de piora nas contas públicas após a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 1/2022, a PEC Eleitoreira ou Kamikaze. Para o ministro o “fiscal está sólido” e ele fez questão de falar que “não haverá impacto fiscal líquido da PEC”.


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