
Para os analistas, o primeiro trimestre sugeriu resiliência da economia, puxado pelo setor de serviços. No entanto, o mercado deve começar a sentir a pressão de juros e ver uma desaceleração do índice.
"De maneira geral, os números reiteram melhora na margem, afinal, o PIB acelerou de 0,7% para 1%, mas também mostram os desafios do atual momento. Vale notar que, com a elevação da Selic (taxa básica de juros), é consenso que a atividade deve desacelerar ao longo do segundo semestre, mas por ora não iremos alterar nossas projeções", diz a Necton Consultoria.
Para Bruno Di Giacomo, da Blackbird Investimentos, o desempenho do setor de serviços pode ser explicado pelo retorno das atividades presenciais, que produziram valor agregado para o setor.
"Outro fator que nos chama atenção do lado negativo foi o setor externo, que teve um resultado bom devido à alta das exportações (5% de alta na margem), mas as importações tombaram (queda de 4,6%), sugerindo atividade doméstica mais fraca mesmo com um Real que se apreciou no período", completa a Necton.
