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Estado de Minas PETROBRAS

Presidente da Petrobras diz ser injusto culpar empresa pela alta dos preços

Declaração irritou petroleiros, que acusam José Mauro Coelho, novo presidente da empresa, de ser 'mais um defensor da atual política de preços da estatal'


04/05/2022 18:30 - atualizado 04/05/2022 19:25

José Mauro Ferreira Coelho no Senado
José Mauro Ferreira Coelho, novo presidente da Petrobras (foto: Jefferson Rudy / Agência Senado)
Terceiro executivo a assumir o comando da Petrobras no governo do presidente Jair Bolsonaro (PL), o engenheiro José Mauro Coelho defendeu uma empresa mais engajada nas redes sociais e afirmou ser injusto culpar a estatal pela alta dos combustíveis. 

Em entrevista ao Estadão, Coelho destacou que a grande mídia é importante para explicar melhor a empresa para a população, mas que vem incentivando a utilização de redes sociais. 

“Claro que a grande mídia é importante, claro que a Petrobras acaba tendo recursos limitados também nessa grande mídia, mas tenho incentivado muito o nosso pessoal aqui a trabalhar com redes sociais. O pessoal já falou que estou muito ativo na rede social. Esse é um movimento importante. É onde a população está hoje, ela entende essa mídia. Temos que nos comunicar nessa mídia. Tenho incentivado. Quer se comunicar com a população? Tem que estar no LinkedIn, no Instagram, no Twitter”, pontuou.

O presidente da Petrobras também defendeu a atual política de preços da estatal e negou pressão do governo para alterar essa rota.

“O presidente Bolsonaro não me pediu absolutamente nada específico. Só pediu para eu conduzir a companhia”, disse. “Acho que o presidente já entendeu muito bem a questão de preço de mercado”, afirmou.

"A população tem que entender que, da mesma maneira que o pãozinho aumenta, o óleo de soja bateu quase 16 reais o litro, o tomate e a cenoura nem se fala, assim é o petróleo", afirmou Coelho ao Estadão.

Além disso, Coelho relembrou que o cenário para o petróleo é de muita volatilidade por causa da guerra na Ucrânia e da pandemia da COVID-19.

Petroleiros reagem


A declaração do novo chefe da Petrobras não agradou muito aos petroleiros.

Em nota, a FUP (Federação Única dos Petroleiros) critica o fato de Coelho tirar da petrobras a responsabilidade pela alta dos combustíveis e que seu principal desafio à frente da petroleira será rever a comunicação, dando prioridade às redes sociais

“Tentando tirar a responsabilidade da atual diretoria da Petrobras, Coelho esquece de mencionar que pode mudar a política de preços da companhia junto com o Governo Federal. Confirmando o que a Federação Única dos Petroleiros (FUP) sempre disse: ele é mais um defensor da atual política de preços da estatal, grande responsável pela alta dos combustíveis”, diz a nota.

Segundo a FUP, o Preço de Paridade de Importação (PPI), implementado no governo do ex-presidente Michel Temer, em outubro de 2016, e mantido pela atual gestão da Petrobras, não leva em conta os custos nacionais de produção do óleo e derivados e reajusta os preços dos combustíveis com base na cotação do petróleo no mercado internacional, variação cambial e custo de importação. 

Além disso, a federação explica na nota, que a participação do petróleo importado no processo de refino brasileiro atinge cerca de 6%, sendo aproximadamente 94% do processamento feito com óleo produzido no país. Ou seja, se 94% da produção é nacional, em real (R%uFF04), não faz sentido que os combustíveis acompanhem o dólar (US%uFF04).




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