O período da Páscoa deve ser fundamental para o aquecimento das vendas do comércio em Minas Gerais. De acordo com levantamento recente feito pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Minas Gerais (Fecomércio-MG), 43% das empresas do comércio varejista são afetadas de forma positiva pela data e voltam a sonhar com melhor faturamento depois de dois anos seguidos de crise econômica em função da pandemia do coronavírus.
Mesmo que em menor escala, a Páscoa influencia nos segmentos de hortifrutigranjeiros; açougues e peixarias; produtos de padaria, laticínios, doces, balas e semelhantes; minimercados, mercearias e armazéns; e comércio de bebidas. Segundo a pesquisa, cerca de 7,8% dessas empresas deverão reforçar o quadro de funcionários para o período. No entanto, 55,9% acreditam que a Páscoa não influencia positivamente para o negócio.
Para atrair as vendas e consumidores, 39,2% dos lojistas pretendem investir em promoções e 23,5% em publicidade. Em relação a forma de pagamento, espera-se que o cartão de crédito seja o mais utilizado, e o ticket médio esperado por 50,9% dos empresários seja de até R$ 50.
O economista-chefe da Fecomércio MG, Guilherme Almeida, diz que o feriado significará um maior fôlego para o desenvolvimento do comércio: “Por ser um período sazonal com mais apelo comercial e afetivo, a data se torna importante também para os segmentos alimentícios, como peixaria e demais guloseimas, minimercados, mercearias e armazéns, além do comércio de bebidas”.
Para 43% dos empresários, as vendas serão melhores que no ano passado, enquanto 22,4% acreditam que o faturamento será igual. Por sua vez, 27,9% dos empresários dizem que as vendas serão piores e 6,7% não souberam responder.
Alguns motivos foram listados pelos comerciantes para acreditarem que as vendas serão melhores, como valor afetivo da data (47,9%), otimismo e esperança (32,4%), abrandamento da pandemia (28,2%), fim da pandemia (4,2%) e ações de loja e consumidor mais confiante (2,8%).
Por outro lado, as razões apontadas para que os empresários sejam mais pessimistas em relação a 2020 foram valores mais altos dos produtos (56,5%), crise econômica (39,1%), desemprego (10,9%), situação geopolítica (6,5%), pandemia (6,5%), endividamento do consumidor (4,3%) e consumidor mais cauteloso (2,2%).
Vagas
A Páscoa pode também significar o surgimento de vagas temporárias. “Esse retorno das contratações temporárias é um indício positivo para o mercado de trabalho, que mostra também um aquecimento na economia, após dois anos consecutivos de retração”, pontua Guilherme Almeida.