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Estado de Minas MELHORIA

Após geadas, maior cooperativa de café do país mostra sinais de recuperação

Cooperativa mineira Cooxupé representa 18% da produção nacional de café arábica; entidade distribuiu R$ 120 milhões aos seus cooperados


28/03/2022 15:55 - atualizado 28/03/2022 16:39

 
COOXUPÉ
Cooxupé implantou, em 2019, o Programa de Restituição de Capital por Idade em benefício aos cooperados acima de 75 anos com a devolução da cota capital (foto: Acervo Cooxupé)

Após um ano cheio de desafios na cafeicultura brasileira, agravado pelas geadas, a Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé, a Cooxué, divulgou um balanço otimista do exercício de 2021. Os números foram apresentados em Assembleia Geral Ordinária na sexta-feira (25/03).

A distribuição de sobras para os produtores associados soma mais de R$ 120 milhões, diante de um resultado de R$ 356 milhões e de um faturamento de R$ 6,7 bilhões.  A Cooxupé recebeu, em 2021, 5,6 milhões de sacas de café arábica.

Os embarques resultaram em 6,027 milhões de sacas, das quais 4,9 milhões corresponderam às exportações diretas para clientes de 50 países.

“É importante lembrarmos que em 2021 o clima teve uma influência muito grande com altas temperaturas, falta de chuvas e ocorrência de geada. Além disso, os problemas logísticos também impactaram como a crise de contêineres e a falta de mão-de-obra nos portos. Tudo isto considerando, ainda, um cenário de pandemia. Mas, conseguimos conquistar nossos resultados, repassando-os aos nossos cooperados”, destaca o vice-presidente Osvaldo Bachião Filho.

Em 2021, ano de bienalidade baixa, os cooperados da Cooxupé produziram 7,49 milhões de sacas, na área de atuação da cooperativa que compreende Sul de Minas, Matas de Minas, Cerrado Mineiro e Média Mogiana do estado de São Paulo.

Dos mais de 17 mil cooperados, 97,7% correspondem à agricultura familiar. São micro e pequenos produtores. Os demais somam os resultados da cooperativa como médios, grandes e mega produtores.

 “O resultado é fruto, realmente, do trabalho que é feito em conjunto. O momento atual do café é bom, mas existem preocupações futuras. Atualmente, tudo está dentro de uma boa expectativa. A participação dos produtores e a efetiva gestão da cooperativa nos permitiram os bons números”, comentou o produtor José Carlos OMS, de Caconde (SP).

De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o volume recebido pela cooperativa mineira em 2021 representou 18% da produção nacional de café arábica e 26% da produção deste tipo de café do estado de Minas Gerais.

Responsável pela produção de cafés torrados, moídos e em grãos, o setor de torrefação da cooperativa cresceu 39%, em 2021, em à cartela ativa de 2020. O total de café torrado produzido foi de 12,9 milhões de quilos. Já o número de sacas processadas foi mais de 259 mil.

 “O valor que receberemos ajudará bastante o cooperado, principalmente depois de passarmos pela pandemia e, ainda, pela geada”, disse o produtor Valdir Dias Costa, de Monte Santo de Minas (MG).


Investimentos


A Cooxupé investiu mais de R$ 104,7 milhões em infraestrutura ao longo de 2021. Dentre os investimentos,estão a abertura do Núcleo de São Pedro da União (MG) em novo espaço; a compra de um terreno para a expansão da filial da cooperativa na cidade de Campos Gerais (MG); reformas e ampliações em Alfenas, Cabo Verde e Nova Resende (MG), além da nova estrutura que passou a abrigar o Laboratório de análise foliar e de solo que fornece este tipo de serviço aos cafeicultores.

“Ao longo dos últimos dois anos, enfrentamos grandes desafios gerados pela pandemia e, principalmente, pelo clima. Mas a cooperativa e seus cooperados superaram os obstáculos conforme comprova o balanço de 2021. É certo, também, que o cenário de valorização dos preços no mercado internacional exerceu influência em nossos resultados, mas a união e a confiança dos produtores mais uma vez permitiram à Cooxupé números crescentes", disse o presidente da cooperativa, Carlos Augusto Rodrigues de Melo.

"O ano de 2022 ainda reserva desafios, com as consequências da geada, por exemplo. Recomendamos aos nossos cooperados muita cautela e, mesmo que o mercado esteja atualmente oferecendo boas oportunidades, é preciso ter uma visão a médio prazo para que, assim, nossas atividades sigam fortalecidas e de maneira estrategicamente planejadas”, completou Melo.
 
 
 
 


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