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Estado de Minas E-COMMERCE

Fique atento com as tentativas de golpe on-line na Black Friday

Segundo pesquisa, a data deve ter aumento de 52% em ações fraudulentas no mercado virtual em relação ao ano passado


09/11/2021 17:00 - atualizado 09/11/2021 18:22

Compra on-line
Dicas incluem cuidado ao informar dados pessoais e desconfiança com preços baixos e promoções atraentes (foto: Pixabay)

Fazer compras virtuais está cada vez mais comum na rotina dos brasileiros, e as tentativas de fraude no chamado e-commerce vêm crescendo ao longo do tempo. O alerta é ainda maior na  época de Black Friday . De acordo com a ClearSale, empresa especializada em soluções antifraude, os golpes devem crescer 52% neste período de grande descontos em 2021. 

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A pesquisa aponta que, em quantidade de tentativas, em 2020 houve 22.467 pedidos fraudulentos, sendo 9.822 no dia 26 de novembro, e 12.645 no dia 27.

Já para 2021, a estimativa é que o mercado virtual registre 34.089 pedidos fraudulentos, sendo 14.834 no dia 25 de novembro e 19.255 no dia 26.  Para não cair nesses golpes , confira as medidas indicadas por especialista a seguir. 

“Nosso estudo mostra que as fraudes vão representar de 0,88% dos pedidos no dia 25/11 e 0,50% no dia 26/11. Traduzindo os números, as tentativas de golpe serão altas, mas o aumento exponencial de pedidos regulares faz com que os percentuais sejam baixos em relação ao volume total”, afirma Omar Jarouche, diretor de marketing e soluções.

 

Como evitar golpes e fraudes em compras on-line

 

Phishing : cuidado ao informar dados pessoais 

O perito em crimes eletrônicos Wanderson Castilho explica que 97% dos crimes virtuais acontecem com a ajuda dos consumidores. É o caso do phishing, um dos métodos mais usados por hackers, onde a vítima é induzida ao erro.

 

No golpe, a vítima recebe diversos links falsos que, em um primeiro momento, parecem convincentes. E  o especialista completa: “E assim, fazendo interações aparentemente comuns para conseguir adquirir uma senha ou uma informação mais detalhada, o hacker consegue efetuar o golpe”. 

 

Portanto, o consumidor precisa estar atento, principalmente com as promoções e ofertas impulsionadas pela Black Friday. “O cuidado precisa ser redobrado, tanto pelas marcas, que podem ter a sua reputação prejudicada, ou pelos consumidores, que ficam sujeitos a sofrer perdas financeiras irreparáveis”, explica Wanderson Castilho. 

 

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Mantenha-se informado

Segundo o perito, a informação é crucial para evitar que existam mais vítimas. Os consumidores podem ajudar compartilhando informações verídicas com amigos e familiares próximos a ele.

 

“Por isso, evite clicar e enviar links com promoções suspeitas pelo WhatsApp ou compartilhar em redes sociais. Pesquise o endereço físico ou número de telefone para saber se a empresa realmente existe. E antes de realizar qualquer compra, opte sempre pelo lugar que você conhece, ou que tenha uma boa reputação”, alerta o perito em crimes eletrônicos.

 

Desconfie de preços muito atraentes

É comum que na Black Friday produtos normalmente caros apareçam com grandes descontos. Para Wanderson, os preços baixos e as promoções atraentes não podem ser o único critério de todas suas compras on-line nesta data. 

 

Mesmo com uma super oferta, o especialista alerta que é preciso ter certeza da procedência do site da loja antes de enviar dados pessoais, como o do seu cartão. “O sentimento de ser enganado não vale o desconto” conclui Wanderson Castilho. 

 

Prefira compras no cartão de crédito 

Vale destacar que muitas vezes sites falsos apresentam preços muito mais baixos para pagamento via boleto. Segundo Omar Jarouche, diretor de Marketing da ClearSale, "nessa forma de pagamento é mais difícil para a vítima pedir o estorno."

 

Segundo ele, o cartão de crédito é a forma mais segura para pagamentos on-line. "Além da operadora de crédito ter mecanismos para identificar possíveis fraudes, também é um método que permite que o cliente conteste a cobrança e solicite o reembolso do valor, diferentemente do pagamento por transferência bancária ou boleto."

 

Reputação da loja e site confiável 

Omar Jarouche também alerta para a reputação da loja. "Verifique o histórico da loja antes de fazer a compra. A busca é possível tanto no site do Procon, que disponibiliza uma lista das lojas que devem ser evitadas, ou ainda em sites que avaliam as lojas. Caso não existam avaliações da empresa na internet, o recomendado é evitar efetuar a compra e buscar um outro site de confiança."

 

Outra questão a se tomar cuidado é se o site tem a sigla 'https' no endereço. De acordo com Omar Jarouche, em sites com a sigla, a comunicação é criptografada, o que aumenta a segurança na transmissão dos dados.

"Além disso, é importante também verificar se há um ícone com referência a um cadeado na parte inferior do navegador."

 

Tipos de fraude 

A fraude é um crime dinâmico e cada vez mais sofisticado. A seguir, você confere os tipos de fraude mais comuns, explicados por Omar Jarouche. Segundo ele, as fraudes listadas conseguem abranger, de alguma forma, todas as alternativas vistas pelos fraudadores hoje em dia.

 

  • Fraude limpa:  Considerado o tipo mais simples e recorrente, a fraude limpa ocorre em clonagens de cartões, roubo ou vazamento de dados. Ela é chamada de limpa pelo fato de o fraudador ter dados corretos da vítima, muitas vezes com o uso de um cartão de crédito falso, tornando mais difícil a identificação da ação fraudulenta. Neste caso, o criminoso pode, por exemplo, comprar em lojas virtuais e receber normalmente o produto. A vítima, ao receber a fatura do cartão, contesta a compra, que é cancelada pela administradora e gera o prejuízo, chamado de chargeback, ao varejista.

  • Fraude amigável:  É chamada de amigável porque, via de regra, não se trata de uma ação que tem má-fé envolvida, segundo o diretor de Marketing da ClearSale. Neste caso, a pessoa que utilizou dados de cartão ou dados bancários verdadeiros é uma pessoa próxima do titular da conta, como um parente ou amigo, mas que não informou o mesmo no ato da compra. Com isso, a "vítima" contesta a compra por não saber que a pessoa utilizou seus dados para efetuar a transação. "Como exemplo, é possível citar uma criança que usa o cartão de crédito dos pais, sem o conhecimento deles, para comprar um game ou algo relacionado", explica.
     
  • Autofraude:  Acontece quando o próprio titular da conta ou do cartão efetua uma compra ou transação e depois a contesta, como se não reconhecesse aquela dívida. Por exemplo, quando uma pessoa compra um produto pela internet usando um cartão de crédito e, após o recebimento em sua residência, entra em contato com a administradora do cartão para contestar aquele lançamento na fatura, mesmo tendo ficado com o produto. Omar Jarouche destaca: "É um ato de má-fé que gera muitos prejuízos ao varejo." 

 

 

* Estagiária sob supervisão do editor Álvaro Duarte 

 

 


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