
Portos marítimos dos Estados Unidos, Inglaterra, Emirados Árabes e muitos outros estão congestionados, precisando, às vezes, esperar até semanas para desembarcarem contêineres com suas mercadorias . São filas enormes que ultrapassam a marca de 50 navios estacionados em um único porto, sendo que esses podem chegar a medir o equivalente a três campos de futebol. Por isso, fizemos esse vídeo #PraEntender como seu Natal pode ser afetado pelo congestionamento marítimo mundial.
Para mais vídeo como este, acesse nosso canal
A pandemia influenciou diretamente o mercado de compras on-line. Na falta das lojas físicas, o público que utilizava esse serviço em nichos específicos, como roupas e eletrônicos, se expandiu e adotou a prática para todo tipo de mercadoria. Segundo a consultoria Capital Economics, a compra de artigos esportivos, por exemplo, aumentou 74%, enquanto a de eletrodomésticos subiu 49%.
Em outubro, nos Estados Unidos, os portos de Long Beach e Los Angeles continham mais de 50 navios com contêineres parados, à espera de descarregamento. As cidades no estado da Califórnia são as principais rotas de entrada nos Estados Unidos de produtos vindos da Ásia.
Na Europa, o congestionamento nos portos britânicos podem durar meses
.

A China, como economia-chave no cenário mundial, sentiu esse aumento no volume de importações, que são as compras, e exportações, as vendas, sendo responsável por boa parte das transações internacionais.

“Para o Brasil fechar as contas, atualmente, precisa de forma massiva das importações chinesas. Por isso, problemas com a China serão contrabandeados para o nosso país.”, explicou o professor.
Por que os portos estão congestionados?
Alguns fatores podem explicar o congestionamento de portos ao redor do mundo.
O primeiro deles é a falta de mão de obra portuária para receber a demanda dos países
.
Quando o coronavírus começou a se espalhar pelo mundo, os portos se tornaram um grande foco de disseminação da doença, devido ao seu tráfego internacional, o que acarretou fechamentos e redução drástica da mão de obra.
Quando o coronavírus começou a se espalhar pelo mundo, os portos se tornaram um grande foco de disseminação da doença, devido ao seu tráfego internacional, o que acarretou fechamentos e redução drástica da mão de obra.

Com a lenta volta à normalidade, o translado de mercadorias foi se restabelecendo, enquanto o trabalho de escoamento continuou defasado.
Além disso, o preço dos contêineres disparou. De acordo com a Dewry, empresa de pesquisa e dados marítimos, se antes da pandemia empresas alugavam esses produtos por, aproximadamente, 8 mil reais, agora são necessários nada menos que 53 mil reais para utilizar o mesmo espaço; o aumento foi de 600%.
Os reflexos dessa estrutura logística afetam diretamente a população, uma vez que, em épocas de grande movimento de mercadorias, como Black Friday e Natal, os produtos que deveriam estar disponíveis para compra passam a se encontrar em falta, aumentando o preço desses.
(*Estagiária sob supervisão do subeditor Rafael Alves)
