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Estado de Minas ENDIVIDAMENTO

Inadimplência tem nova alta e atinge 38% das famílias de BH, diz pesquisa

Entre as dívidas citadas pelos entrevistados, o cartão de crédito permanece sendo o principal vilão, com 82% dos consumidores comprometidos


27/09/2021 18:37 - atualizado 27/09/2021 18:58

Economistas alertam que o consumidor deve se planejar para não perder o controle de seu orçamento, uma vez que o cartão de crédito possui um dos maiores juros praticados no mercado
Economistas alertam que o consumidor deve se planejar para não perder o controle de seu orçamento, uma vez que o cartão de crédito possui um dos maiores juros praticados no mercado (foto: Pixabay)
 
Os dados mais recentes da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgados pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecomércio-MG), mostram um cenário ainda pessimista acerca da inadimplência dos belo-horizontinos durante a pandemia.
 
Em setembro, 38% das famílias da capital estão com contas sem pagar, o que representa um aumento de 1,7 pontos percentuais em relação a agosto. 
 
Maior resultado obtido em 2021, o valor supera o registrado no mesmo período de 2020, quando o índice alcançou 34,6%. Até então, o maior índice havia sido registrado em junho do ano passado (41,1%).

Os dados também mostraram que 87% dos entrevistados têm alguma dívida, maior proporção obtida desde o início das medidas de isolamento, em março de 2020. Até então, a maior taxa foi registrada justamente em agosto, quando 84,8% dos belo-horizontinos alegaram ter algum endividamento. Do total, 17,8% já afirmaram que não têm condição de pagar.

Entre as dívidas citadas pelos entrevistados, o cartão de crédito permanece sendo o principal vilão, com 82% dos consumidores comprometidos. Segundo a Fecomércio-MG, atualmente o cartão é utilizado para pagar contas e realizar compras do mês.  

Economistas alertam que o consumidor deve se planejar para não perder o controle de seu orçamento, uma vez que essa modalidade possui um dos maiores juros praticados no mercado – em média, 310,99% ao ano, no crédito rotativo, segundo a Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac). 

Em seguida, vêm os carnês (21,9%), cheque especial (9,6%), financiamento de carro (8,5%), crédito especial (6,2%) e financiamento de casa (5,2%).

Das pessoas endividadas, a pesquisa aponta que 46,2% dos entrevistados que ganham até 10 salários mínimos não têm dívidas. Para os que recebem mais de 10 salários mínimos, 25,6% apontaram ter dívidas, enquanto 74% disseram que as contas estão em dia. 

Em outro ponto da pesquisa, 49,5% das pessoas afirmaram que têm contas atrasadas acima de 90 dias. Além disso, 28,5% alegaram ter boletos sem pagar de um a três meses e 22,3% se endividaram nos últimos 30 dias.

O estudo também mostrou que 59% dos entrevistados gastam de 11% a 50% do rendimento mensal para pagar dívidas como cheque pré-datado, cartões de crédito, fiados, carnês de lojas, empréstimo pessoal, compra de imóvel e prestação de carro e seguro.

Para 21,7%, o gasto é superior a 50% dos rendimentos e 18,1% gasta menos de 10% para honrar os compromissos do mês. 


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