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Estado de Minas MERCADO DE TRABALHO

Recuperação do transporte aéreo e rodoviário impulsiona alta do emprego

Expectativa de melhora nos índices da pandemia e avanço da vacinação estão entre os fatores que explicam o reaquecimento do setor


20/07/2021 15:36 - atualizado 20/07/2021 16:30

Expectativa é de retomada no setor de transporte de passageiros para o segundo semestre de 2021(foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
Expectativa é de retomada no setor de transporte de passageiros para o segundo semestre de 2021 (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
Levantamento da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) aponta que profissões que haviam sido severamente atingidas pela primeira onda da pandemia de COVID-19 aparecem no ranking com maiores avanços nas contratações nos 12 meses encerrados em maio.

Com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), a CNC avaliou o desempenho recente do saldo de vagas com carteira assinada, considerando mais de 2.500 profissões. A entidade observou não apenas a expansão significativa da força de trabalho, mas também critérios de representatividade.

 

Os maiores avanços em 12 meses foram:

  • Engenheiros aeronáuticos: aumento de 20,8% em relação aos postos de trabalho de maio de 2020, 
  • Monitores de transporte escolar: 18,5%, 
  • Cobradores de coletivos: 18,4%, 
  • Comissários de voo: 13,5% 

A presença de profissionais ligados ao setor aéreo no ranking das profissões com maiores altas surpreende e sugere uma expectativa favorável nos próximos meses. 

O setor foi um dos que sofreram maior impacto na primeira onda da pandemia no segundo trimestre do ano passado e nos três primeiros meses de 2021.

Entre o final de fevereiro e o início de maio do ano passado, a retração na demanda por serviços de transporte aéreo levou a uma redução de 92% no fluxo de aeronaves nos 34 maiores aeroportos do Brasil. 

Consequentemente, o Caged registrou um saldo negativo de 9.242 mil postos de trabalho no setor entre abril e novembro de 2020 - perda equivalente a 14,9% da força de trabalho.

Com o início da flexibilização no final do primeiro semestre do ano passado, a demanda voltou a reagir favoravelmente. Mas, o agravamento da pandemia na virada de 2020 para 2021 provocou nova retração no fluxo de aeronaves.

Apesar dos números apresentados pelo setor em maio do ano passado, o volume de receitas é o que mais tem crescido no setor terciário, avançando 116% nos últimos 12 meses encerrados em maio. Porém, eles estão ainda 29% abaixo do nível pré-pandemia, segundo a Pesquisa Mensal de Serviços do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Desde meados de maio, a movimentação nos aeroportos voltou a crescer, sinalizando, ainda para este ano, um cenário mais positivo para o setor com o avanço da vacinação e a queda no número de novos casos da doença.

Tendência de alta no transporte rodovíario


Movimento semelhante acontece com o transporte rodoviário, impactado positivamente pela maior movimentação de pessoas nos últimos meses. 

De acordo com o Google Mobility - serviço de monitoramento de georreferenciado de telefones celulares da empresa de comunicações -, embora o fluxo de pessoas em terminais de transporte ainda não tenha voltado ao patamar verificado antes da pandemia, há uma tendência de aumento na demanda por esses serviços nos últimos meses.

A quantidade de pessoas em circulação em terminais de transportes terrestres aumentou 35,1% entre março e junho deste ano. Ainda assim, o fluxo diário de passageiros está 14,3% abaixo do registrado em fevereiro do ano passado.

desaceleração da pandemia a partir do segundo trimestre de 2021, o avanço da vacinação no Brasil e a consequente tendência de queda no isolamento da população têm possibilitado o reaquecimento do nível de atividade no setor terciário. Como consequência, o aumento da demanda por profissionais de transporte, mesmo em um contexto de taxa de desemprego elevada.

O movimento de contratação desses profissionais indica um maior grau de confiança por parte dos empregadores em uma retomada consistente do nível de atividade até o fim de 2021. Essa confiança se reflete nos sucessivos reajustes das expectativas quanto ao desempenho da economia em geral e do setor de serviços em particular para o segundo semestre deste ano.
 

Destaque também para o setor sucroalcooleiro

O setor agropecuário tem sido o menos impactado pela crise sanitária nos últimos trimestres. Já nos três primeiros meses deste ano, o nível de geração de riqueza neste setor estava 4,7% acima do observado no primeiro trimestre de 2020 - à frente, portanto, das variações verificadas na indústria (+3,5%) e no setor de serviços (-0,7%). 

Particularmente no caso do açúcar processado, a maior demanda por esses profissionais se justifica pelo momento excepcional do setor sucroalcooleiro. A maior absorção aconteceu entre trabalhadores do beneficiamento de açúcar, com aumento de 21%.

Após registrar exportação recorde de açúcar em 2020 (30,8 milhões de toneladas, com crescimento de 72% em relação a 2019), no primeiro semestre deste ano houve novo aumento, de 31%, das quantidades exportadas em relação à primeira metade de 2020. 

No ano passado, a China pôs fim à política local que aumentava a tarifa de importação de açúcar em 95%.

*Estagiária sob supervisão da editora-assistente Vera Schmitz 


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