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Estado de Minas LISTA DE DESEJOS

Black Friday: conheça os produtos mais desejados pelos consumidores

Eletrônicos e smartphones, seguidos por itens de moda e acessórios lideram a lista


22/10/2020 18:14 - atualizado 22/10/2020 18:53

O publicitário Jhonathann Gomes pretende comprar um notebook novo, livros e fones de ouvido na Black Friday(foto: Jhonathann Gomes/Arquivo pessoal)
O publicitário Jhonathann Gomes pretende comprar um notebook novo, livros e fones de ouvido na Black Friday (foto: Jhonathann Gomes/Arquivo pessoal)
A Black Friday já é um dos eventos mais aguardados pelos consumidores para comprar produtos em promoção ou com descontos atrativos. Com a proximidade da data, que este ano acontece no dia 27 de novembro, alguns itens já são apontados como os preferidos pelos futuros compradores.

De acordo com a pesquisa Black Friday 2020, elaborada pela área de Inteligência de Mercado da Globo, 68% dos entrevistados disseram ter o costume de fazer compras nesta data. Entre eles, 42% têm planos de comprar neste ano. 

Entre os que não sabem (35%) ou não pretendem comprar (23%), 8 em cada 10 mudariam de ideia se pudessem ajudar a manter empregos.
 

Em relação aos que pretendem fazer compras, 65% dizem que querem comprar algo para se presentear. Já 51% querem priorizar marcas que fizeram algo positivo na pandemia. A maior parte, 55%, também relatou que utilizará canais físicos e digitais para as compras. Outros 29% pretendem comprar exclusivamente pela internet e 16% somente em lojas físicas.

“A Black Friday, geralmente, é um momento de vendas de produtos de alto desejo e alto valor agregado. Por isso eletrônicos como televisão, home theater e até smartphones e acessórios são os mais procurados. Os consumidores acabam trocando ou comprando novos, por um preço mais acessível”, explica Felipe Dellacqua, VP de vendas e sócio da Vtex, uma plataforma de soluções em comércio eletrônico. 

Segundo ele, a televisão é o produto mais vendido durante a Black Friday e os eletrônicos são responsáveis por quase metade das vendas nesse período. Em seguida, estão os smartphones e produtos de informática.

No entanto, Dellacqua acredita que talvez as vendas de aparelhos de informática não esteja entre as principais este ano, em função do trabalho em home office. Ele entende que muitas pessoas já tiveram que investir nesses itens para melhorar as condições de trabalho em casa. “As pessoas já compraram monitores, webcam, HD externo, elas montaram verdadeiros escritórios dentro de casa. Então, como a pandemia durou muito tempo, acho que esses produtos já foram comprados”, diz.  

Já a telefonia celular é muito impulsionada pelos lançamentos que ocorrem sempre nos meses de setembro e outubro, pensando nesses eventos, como Black Friday e Natal. “Além disso, o brasileiro gosta muito de comprar smartphone”.  

Por passarem mais tempo em casa, as pessoas começaram a se preocupar com o bem-estar. Por isso, outra categoria que pode ter crescimento nas vendas e na preferência dos consumidores é a de móveis e decoração. “O mercado de casa e construção teve um crescimento muito grande durante a pandemia. Todo mundo viu que tinha que pintar uma parede, trocar uma lâmpada, consertar um cano. E agora, na Black Friday, o setor de decoração e móveis pode ter um crescimento bem relevante. Ano passado, esse setor representou 9% das vendas e este ano tem perspectiva boa de crescimento”, acredita Dellacqua. 

Beleza, saúde, perfumaria e moda também estão presentes na lista de desejo dos consumidores. “São produtos que as pessoas usam muito ou acabam perdendo a validade. Por exemplo, muitas pessoas que ficaram dentro de casa não estavam usando maquiagem. Então, alguns desses produtos podem ter perdido a validade e as pessoas acabam aproveitando as promoções para poder renovar os produtos. E moda é uma categoria sempre relevante, por ser uma categoria de desejo, e sempre tem lançamento”, explica. Além disso, com a proximidade do verão e das férias, as pessoas acabam investindo em produtos para a nova temporada. Segundo ele, o setor de moda representa 25%, e perfumaria e beleza 20% das vendas nesse período. 

Lista de compras

Jhonathann Gomes, publicitário de 23 anos, já fez a sua lista para a Black Friday. “Quero ver se eu consigo comprar um notebook por um preço bacana, pra eu poder trabalhar, fazer minhas edições. Quero comprar também uns livros, se estiverem com um preço legal, e fones de ouvido. Basicamente isso, mas se tiver alguma promoção, quero comprar alguma roupa.” Ele conta que tem um pouco de receio da data porque sempre teve a impressão de que os vendedores aumentam o preço antes para, mais perto do evento, diminuírem o valor dos produtos. 

Por isso, o publicitário colocou um alerta de preços em alguns sites de busca para monitorar o valor do notebook que pretende adquirir. “Eu já venho monitorando desde o início de julho, mais ou menos, o modelo que eu quero pra ver como que vai estar o preço dele. Conversei com alguns amigos e eles disseram que, no momento, ele está um pouco mais caro do que vale. Então, eu estou nessa expectativa de que na Black Friday ele diminua de preço mesmo”, diz.  

Quanto aos outros itens, Jhonathann conta que já tem uma noção do valor. Ele diz que estabeleceu um limite de quanto pode gastar na sexta-feira de promoções. Entretanto, pode mudar de ideia. “Às vezes o produto não fica com aquele desconto, mas tem frete grátis ou você compra outros produtos para ganhar um desconto maior, aí você acaba comprando mesmo não estando no limite de preços que você estipulou”, diz entre risos. 

“Geralmente, eu compro mais on-line mesmo e a questão da pandemia influencia um pouco também. Mas vai da praticidade mesmo, da compra on-line. É mais cômodo. Agora, se for uma promoção imperdível mesmo, a gente pode até fazer um esforço de sair pra comprar”.  

Black Friday na pandemia 


“Ainda existem muitas restrições de horário e de quantidade de pessoas em estabelecimentos, nas principais capitais do país. Se a gente for acompanhar as notícias com relação à vacina, não é algo que está para sair, pelo menos, no mês de novembro, nem até a segunda quinzena de dezembro. Então, acredito que até o final a gente não deva ter uma normalidade do funcionamento dos shoppings e de lojas físicas”, explica Felipe Dellacqua.
 
Segundo ele, muitos consumidores, durante o ano, reservaram um capital para gastar com entretenimento, restaurantes, viagens e não foram gastos, em virtude da pandemia. Por isso, Felipe acredita que esse ano pode ser a maior Black Friday da história, em termos de volume de vendas e de crescimento, se comparada ao ano passado. 

Além disso, a tendência é que o evento se concentre mais nas vendas on-line. “Irão ter compras no varejo físico, com certeza, mas eu acho que ninguém em sã consciência vai querer ir para a Black Friday dentro de um shopping, em lojas, ficando em fila, com um monte de pessoas, tendo risco de se contaminar. Por isso, muitos vão acabar indo pros canais digitais. Inclusive com a chegada de novos consumidores comprando no digital, pela primeira vez nessa Black Friday.” 

De acordo com ele, mais de 5 milhões de consumidores fizeram a primeira compra on-line, nessa pandemia. “Acho que as lojas físicas voltarão a ter as vendas que teriam em meses normais, mas o digital deve ter o mesmo volume ou um crescimento até duas vezes maior do que foi ano passado”. 

Assim, o comércio eletrônico brasileiro deve fechar o ano com mais de 100 bilhões de reais, um crescimento maior que 50%, em relação ao ano passado. “O percentual de compras que o on-line representa no varejo como um todo, esse ano já ultrapassou os 10% e ano passado ele era só de 4,5% do varejo total”, diz o especialista. Para ele, as pessoas vão optar por compras nos canais digitais, pelas limitações de funcionamento das lojas físicas e para evitar aglomerações. 
 
*Estagiária sob supervisão da editora Liliane Corrêa


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