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Estado de Minas Agro Mineiro

Agronegócio de Minas registra aumento de 9% nas exportações

O setor representou 34,4% das vendas do estado para o exterior, fazendo com que a economia mineira tivesse bons resultados


13/10/2020 21:41 - atualizado 13/10/2020 22:11

Café mineiro segue liderando a lista de produtos mais exportados do Agronegócio de Minas Gerais(foto: Pedro Gontijo/Imprensa MG)
Café mineiro segue liderando a lista de produtos mais exportados do Agronegócio de Minas Gerais (foto: Pedro Gontijo/Imprensa MG)
As exportações do agronegócio de Minas Gerais obtiveram um crescimento de 9,2% na receita e 28,4% no volume. Entre janeiro e setembro deste ano, comparado ao mesmo período de 2019, atingiram cerca de US$ 6,42 bilhões no acumulado. No total, mais de 10 milhões de toneladas de produtos foram enviadas a outros países. 

Segundo o subsecretário de Política e Economia Agropecuária da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), João Ricardo Albanez, o agronegócio tem uma extrema importância na economia de Minas Gerais, visto que o setor representou 34,4% das exportações do estado.

“Isso é um resultado muito positivo para a economia de Minas. O estado teve um pequeno declínio no valor geral das exportações, mas, se não tivéssemos o agronegócio, teríamos uma queda ainda maior. No saldo da balança comercial, o agro contribuiu com US$ 5,9 bilhões, valor que representa 46% do saldo comercial mineiro”, afirma Albanez. 

Câmbio e alta demanda


Manoela Teixeira de Oliveira, assessora técnica da Superintendência de Inovação e Economia Agropecuária (Siea) da Seapa, ressalta que dois fatores são os responsáveis pelo bom resultado: o câmbio favorável ao comércio exterior e o aumento de compras da China.

“Cerca de 30% das nossas exportações foram para a China. Em comparação com 2019, as compras do país asiático cresceram 125% neste ano”, frisa.

Desde o início deste ano, a agropecuária mineira já enviou produtos para 168 países, sendo os principais China (US$ 1,88 bilhão); Estados Unidos (US$ 621,41 milhões); Alemanha (US$ 599,27 milhões); Itália (US$ 391,83 milhões); e Japão (US$ 249,65 milhões).

“Minas Gerais tem conseguido manter seus produtos competitivos no mercado internacional, mesmo nesse período de pandemia. A oferta regular de café, soja, açúcar e carnes vem garantindo boas negociações e acumulando recordes históricos neste ano”, disse Manoela.

 

Vendas


Os resultados positivos do agro não foram somente no acumulado. As exportações atingiram US$ 730,38 milhões, considerando as vendas de setembro deste ano. O valor foi o melhor para o mês desde o ano de 2014.

O superintendente de Inovação e Economia Agropecuária da Seapa, Carlos Eduardo Bovo, mantém boas expectativas para o pós-pandemia de COVID-19. “A gente percebe que alguns países, como China, Estados Unidos e Alemanha, vêm ampliando a procura por alimentos e produtos agropecuários e agroindustriais, que é um fator favorável. O estado está preparado para aproveitar essas oportunidades, devido ao bom desempenho que estamos acompanhando ao longo dos últimos anos, com safras recorde, aumento de produtividade e produtos de qualidade”, comentou.

Produtos mais exportados


O café e os seus derivados seguem no topo da lista dos mais exportados no agronegócio de Minas Gerais, representando 40% das vendas. Com um total de US$ 2,56 bilhões, foram embarcadas 12,5 milhões de sacas de 60 kg. 

“O café mineiro foi enviado, principalmente, para a Alemanha, que adquiriu, neste ano, 4 milhões de sacas, totalizando US$ 540 milhões, um aumento de quase 10% na comparação com o ano anterior”, afirma Manoela Teixeira.

As vendas de soja também estão em alta. O setor registrou aumento de quase 37% na receita (US$ 1,66 bilhão) e 43% no volume exportado (4 milhões de toneladas), em comparação com o período de janeiro a setembro do ano passado. Isso está ligado, principalmente, ao envio de grãos à China.

Outro setor que teve bom desempenho foi o de sucroalcooleiro, tanto nas vendas de açúcar como nas de álcool. “As negociações desses itens totalizaram US$ 767 milhões. No caso do açúcar, principal item, as vendas obtiveram acréscimos de 62% no valor e 64% no volume. Já para o álcool, o crescimento ultrapassa 156% no valor e 210% no volume”, complementou a assessora. 

Carnes e Lácteos


Com a receita estimada em US$ 744 milhões e com volume de 240 mil toneladas, as vendas das carnes aceleraram em 2020, mesmo com a pandemia da COVID-19. Países como a China, Hong Kong e Arábia Saudita, receberam envios de carne totalizando cerca de 75% das exportações.

A carne mais exportada foi a bovina, representando 77% das exportações de carnes. Além disso, ganhou 7% no valor e 8% no volume exportado, totalizando US$ 572 milhões e 535 milhões de toneladas. Já a carne suína alcançou US$ 31 milhões e 10 mil tonelados, mostrando bom resultado e registrando um crescimento de 91% em relação à 2019.

Entre os derivados de leite, os produtos mais vendidos foram o leite condensado, queijos e o doce de leite. A Rússia e os Estados Unidos representaram praticamente 40% desse mercado.

O setor registrou um total de US$ 13,5 milhões de receita e 5,4 mil toneladas exportadas. Isso equivale a 21% e 33,5% de aumento no valor e no volume, respectivamente. 

*Estagiário sob supervisão da subeditora Kelen Cristina


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