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Estado de Minas REFLEXO DA PANDEMIA

Comércio de BH amarga queda de 8,83% nas vendas, mas ensaia recuperação

Queda foi registrada entre janeiro e julho deste ano em comparação com o mesmo período de 2019; CDL/BH projeta, porém, melhora nos índices nos últimos meses do ano


24/09/2020 14:07 - atualizado 24/09/2020 15:18

Comércio recém-aberto na Galeria do Ouvidor, no Centro da capital(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A. Press)
Comércio recém-aberto na Galeria do Ouvidor, no Centro da capital (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A. Press)
Pesquisa divulgada nesta quinta-feira (24) pela Câmara de Dirigentes de Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH) aponta queda acumulada de 8,83% nas vendas do comércio da capital entre janeiro e julho deste ano quando comparado com o mesmo período do ano passado. O resultado negativo é reflexo da pandemia na atividade econômica do país.

Segundo o levantamento, os setores que mais amargaram retração foram informática (-9,98%) e veículos e peças (-9,33%). Por outro lado, o saldo foi positivo para drogarias e cosméticos (0,52%) e para supermercados (3,47%).

Apesar disso, os números mais recentes apontam um início de tendência de recuperação. No acumulado mensal entre junho e julho de 2020, quando comparado com o mesmo período de 2019, a queda nas vendas do comércio foi de 1,67%. A retração foi menor em todos os setores, mas com destaque para material elétrico e de construção (-1,04%), veículos e peças (-0,08%) e informática (-1,33%).

Na comparação anual, entre agosto de 2019 e julho de 2020, a retração do comércio na capital foi de 3,87%. Os setores que mais sentiram o impacto no acumulado dos 12 meses foram papelaria e livraria (-5,69%) e material elétrico e de construção (-5,38%).

Para o acumulado de 2020, de janeiro a dezembro, a projeção da CDL é de uma retração de 6,70%. Isso significa que, apesar de uma queda acentuada, há projeção de melhora para os últimos meses do ano, de agosto a dezembro.

Embora a tendência seja de menores prejuízos até o final do ano, ainda há o que temer. "Podemos sofrer impactos ainda mais intensos caso essa crise sanitária perdure por muito tempo. Por isso a necessidade de conscientização da população, dos lojistas e dos seus funcionários em seguir todas as normas", comenta José Angelo de Melo, atual presidente da CDL/BH. 

Expectativas


O empresário Gustavo Zicker, do ramo de banho e tosa, comenta que o ano de 2020 teve rendimento inferior desde janeiro. "Nada que compare com os efeitos da pandemia, mas janeiro já foi um mês historicamente mais baixo. A demanda caiu muito, ainda mais que meu item não é essencial e que precisa que a pessoa se dirija até a loja", comenta.

Para contornar os efeitos da crise, Zicker teve que mudar a rotina de funcionamento. "Abria as lojas no máximo três vezes por semana e ia revezando entre elas, já que tenho mais de uma", relembra. "Com isso, também diminuí a carga de todos os funcionários para não ter que demitir ninguém". O empresário estima que o faturamento tenha caído até 30% no período de janeiro a julho.

"Apesar da queda, causada tanto pela pandemia em si quanto pela menor frequência das lojas, consegui reduzir muito os custos", conta. "E, por isso, consegui adequar e equilibrar as finanças".

Agora, os horários de funcionamento das lojas de Gustavo já voltaram ao normal e as expectativas já são melhores. "Estou tendo mais demanda e conseguindo abrir todos os dias. Já estou com previsão de subir praticamente 20% em setembro com relação a agosto", avalia. "Acho que esteja longe de uma reestruturação de 100%, mas já é uma melhora no cenário".


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