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Estado de Minas CORONAVÍRUS

Record TV pede suspensão do pagamento de dívidas trabalhistas por queda de receita

Emissora de TV alegou enfrentar 'severas dificuldades econômicas'. Em Minas, setor de comunicação também sofre adaptações devido à crise causada pela COVID-19


postado em 13/04/2020 18:47 / atualizado em 13/04/2020 20:51

(foto: FOTO ILUSTRATIVA/PXFUEL)
(foto: FOTO ILUSTRATIVA/PXFUEL)

A TV Record pediu um adiamento de 90 dias no pagamento de suas dívidas trabalhistas, em ação protocolada na Justiça do Trabalho, em São Paulo. A companhia afirma que a moratória de três meses nos pagamentos foi solicitada em virtude do surto de coronavírus, que prejudicou suas receitas. A informação foi controlada pela diretoria de comunicação da emissora ao Estadão.

De propriedade de Edir Macedo, bispo da Igreja Universal do Reino de Deus, a companhia vem perdendo audiência nos últimos anos, atualmente alternando-se em segundo e terceiro lugares na audiência com o SBT. A companhia, há cerca de uma década, tinha a intenção de rivalizar com a líder TV Globo, mas as ambições não se materializaram.

A informação sobre o pedido de moratória foi primeiro anunciada na coluna de Ricardo Feltrin, no UOL.

Crise em Minas

A perda de anunciantes em emissoras de TV durante a pandemia de coronavírus tem preocupado o setor. Com grande parte do comércio paralisado em todo país, empresas ficaram menos propensas a investir em publicidade. Em Minas, o cenário não foi diferente. De acordo com o vice-presidente da Associação Mineira de Rádio e TV (Amirt), Mayrinck Junior, a televisão foi a mídia que mais sofreu com as mudanças no setor da comunicação.

Vice-presidente da Associação Mineira de Rádio e TV (Amirt), Mayrinck Junior, defende a criatividade(foto: AMIRT/DIVULGAÇÃO)
Vice-presidente da Associação Mineira de Rádio e TV (Amirt), Mayrinck Junior, defende a criatividade (foto: AMIRT/DIVULGAÇÃO)
“As TV’s foram muito impactadas. Houve muito cancelamento de pedidos de inserção (propaganda) e suspensão em anúncios que normalmente são feitos por contratos mensais”, afirmou o empresário, que também é dono das rádios Minas FM, Nova Sertaneja, 98 Live e Antena 1 e da TV Candidés, que integram o Sistema MPA, com alto alcance em Divinópolis, na Região Centro-Oeste de Minas.

O vice-presidente contou que emissoras de TV em todo estado tem trabalhado com redução de pessoal, apenas com jornalistas e equipes técnicas. Apesar de previsões para os próximos meses não serem animadoras, ele acredita que ainda é cedo para o setor pensar em demissões.

“Inicialmente há tentativa de manter equipe utilizando ferramentas de suspensão do trabalho ou diminuição da carga horária”, disse. “A recuperação do mercado será muito dolorosa. Para voltar o que era vai levar de 12 a 18 meses e infelizmente muita gente vai ficar pelo caminho.”

Exigência 

O empresário disse que tem notado que o jornalismo tem sido extremamente exigente durante este período. “O jornalista está trabalhando muito mais do que antes. Em home office ele faz muito mais do que o normal. Tudo é pra ontem”, observou Mayrinck, entendendo que essa urgência faz com que a qualidade do trabalho seja comprometida.

Inovação

Com as adversidades impostas pela COVID-19, o vice-presidente da Amirt chama atenção para um período que exige busca por inovação na formas de oferecer conteúdo ao telespectador. “O tempo exige criatividade para sobreviver à crise. Essa readaptação de formato de mídia vai acontecer e vamos sair da crise alguns maiores e outros menores do que entrou”, disse. “A gente tem que aprender a desaprender e reaprender”, finalizou.


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