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Estado de Minas

Carne de boi fica mais barata em BH; porco e frango seguem em alta

Pesquisa do site Mercado Mineiro comparou os preços dos cortes entre 3 de dezembro e 3 de janeiro. Variação entre os açougues da capital chega a 331%


postado em 06/01/2020 19:16 / atualizado em 06/01/2020 19:34

(foto: Leandro Couri/EM)
(foto: Leandro Couri/EM)
Os cortes de carne bovina estão mais baratos do que um mês atrás na Grande Belo Horizonte. Segundo pesquisa do site Mercado Mineiro, realizada em 56 açougues em 2 e 3 de janeiro, 11 cortes de boi sofreram queda de preço em 3 de janeiro em relação a 3 de dezembro do ano passado.

 

O acém foi o que mais variou: o preço médio do quilo era de R$ 22,75 há 30 dias e passou para R$ 21,40, queda de 5,93%. Já o chã de dentro ficou em média 5,1% mais barato. Em um mês, o pedaço saiu de R$ 33,50 para R$ 31,79 o quilo. O chã de fora também ficou mais barato, com o preço caindo em média 5,06% no período. Em dezembro, a peça custava  R$ 30,80 o quilo e passou para R$ 29,24 em janeiro.


O levantamento também concluiu que a maminha tradicional ficou mais barata. O site encontrou o quilo custando em média R$ 33,22 há um mês e agora R$ 31,60, uma redução de 4,88%. Já o preço médio do pedaço de patinho sofreu queda de 4,78%, saindo de R$ 30,53 para R$ 29,07. Por outro lado, a picanha foi o único corte que ficou mais caro. Em dezembro o consumidor encontrava o quilo custando em média R$ 46,67. Um mês depois, o preço subiu para R$ 47,02, uma alta de 0,75%.

Na avaliação do coordenador do site Mercado Mineiro, Feliciano Abreu, a queda da carne de boi se explica pela redução do consumo, depois da disparada nos preços no final do ano passado. Os preços dos cortes bovinos sofreram uma valorização média de 25% em novembro, principalmente devido a um aumento de demanda da carne brasileira pela China e a valorização do dólar
 
Para Feliciano Abreu, porém, a queda percebida no início deste ano ainda está longe de trazer os preços de volta à realidade. “É um bom sinal, mas tem que ter tempo para ver se a China vai continuar importando a nossa carne e a questão do dólar”, analisa. Dessa forma, ele acredita ser praticamente impossível prever como os preços vão se comportar em 2020. 
 
O encarecimento dos cortes de boi acabou levando os consumidores a optar pelas carnes de porco e de frango, mais baratas. Esse movimento provocou uma alta nos preços desses cortes, e o efeito é sentido até hoje. A pesquisa do site Mercado Mineiro concluiu que 11 dos 14 cortes suínos e cinco dos oito de aves pesquisados ficaram mais caros em um mês.
 
O preço médio do pernil com osso inteiro saiu de R$ 14,61 no início de dezembro para R$ 15,47 em janeiro: alta de 5,89%. Já a pazinha ficou em média 5,68% mais cara no período. Há um mês, o preço médio era de R$ 13,20; agora é de R$ 13,95. Um produto suíno que ficou mais barato no período foi a costelinha. O quilo passou de R$ 18,28 para R$ 17,98, uma queda de 1,64%.
 
Entre os cortes de aves, o levantamento concluiu que o quilo de asa resfriada foi o que ficou mais caro no período pesquisado. O preço de R$ 14,49 em dezembro e o de R$ 14,94 em janeiro representam alta de 3,11%. Já o frango resfriado encareceu em média 2,32%. Há um mês, o preço era de R$ 7,32 e agora é de R$ 7,49. Na contramão das altas, o frango congelado foi um dos itens que ficou mais barato, exatamente 4,45%. Em trinta dias o preço médio da peça saiu de R$ 7,41 para R$ 7,08
 
Na avaliação de Feliciano Abreu, as altas das carnes de porco e frango se explicam pelo aumento da demanda nas festas de final de ano, além da substituição do boi. “Agora em janeiro deve ter uma queda de demanda, principalmente em BH, quando a cidade fica vazia”, explica.
 

Variação 

 
Outro fator analisado pela pesquisa do site Mercado Mineiro foi a variação de preço entre os açougues. De acordo com o levantamento, entre os bovinos a picanha teve a maior disparidade de preço: de 128,48%. O consumidor encontra o quilo da carne tanto por R$ 34,99 quanto R$ 79,95. Outra carne de boi que apresenta grande variação é a maminha tradicional, com 110,53%. Os preços variam entre R$ 19,95 e R$ 42
 
A variação máxima encontrada entre os suínos foi de 331,44%, verficada na orelha. O preço mínimo do corte encontrado no levantamento foi de R$ 2,99 e o máximo de R$ 12,90. Já entre os cortes de aves o consumidor tem que ficar mais atento ao frango congelado. O item apresenta variação de 87,88%, entre R$ 4,95 e R$ 9,30
 
Na avaliação de Feliciano Abreu, essas variações entre os estabelecimentos não são normais. Segundo o coordenador do site, a variação é grande por causa das especulações no mercado externo. “Tem gente comprando carne de qualidade superior, outros, carnes mais baratas. O mercado fica confuso”, explica. Ele recomenda que o consumidor pesquise os preços, sem deixar de ficar atento à qualidade do produto. 
 
*Estagiário sob supervisão  


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