
Otto Levy chegou à cifra total informada ao Legislativo mineiro, segundo o secretário, quando se considera o valor adicional que o governo de Minas vai auferir com a venda das ações ordinárias da companhia (os papéis CMIG3, com direito a voto), das quais detém 51%. A participação do Estado no capital total da concessionária é de 17%.
“Quando você tem um controle das ações, você tem uma coisa que se chama prêmio de controle, e isso tem valor”, disse o secretário de Planejamento. O governo mineiro detém também ações preferenciais da Cemig, os papéis CMIG4, sem direito a voto. “Eu acredito que pode superar os R$ 10 bilhões (se vender o controle). Isso é uma opinião minha, como operador do mercado, como investidor”, observou.

Outra justificativa enfatizada por Otto Levy para que o estado venda sua participação acionária na Cemig é que em 2023 vencerão as concessões das usinas, o que deve levar os ativos a leilão pelo governo federal. Assim, a companhia precisará de recursos financeiros para tentar manter as outorgas, individualmente ou por meio de consórcios de investidores. “Alerto que, em 2023, as usinas vão vencer, as de geração. E a Cemig vai ter que dispor de dinheiro. Isso são pontos que têm que ser levados no momento certo e que vamos discutir com a Assembleia”, explicou Otto.
