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Estado de Minas

Carros elétricos e híbridos terão produção incentivada no Brasil

Entre os incentivos concedidos está a redução do IPI de 25% para 7%, mesma alíquota aplicada aos carros de mil cilindradas


postado em 06/07/2018 06:00 / atualizado em 06/07/2018 07:43

Os carros elétricos terão o IPI reduzido(foto: Tesla / Divulgação)
Os carros elétricos terão o IPI reduzido (foto: Tesla / Divulgação)

São Paulo – O novo regime automotivo Rota 2030, anunciado ontem pelo Palácio do Planalto, deverá trazer benefícios para um segmento que ainda tem dificuldades para avançar no país: o dos carros híbridos e os elétricos.

Por enquanto, a produção de elétricos no Brasil ainda é restrita a veículos de transporte e de carga de baixa velocidade e a projetos particulares de empresas. A grande maioria dos automóveis que trafegam nas cidades são modelos híbridos, importados pelas montadoras com sede no país.

Mas com o Rota 2030, passam a ser oferecidos incentivos específicos para a produção de veículos elétricos e híbridos, como a redução do IPI de 25% para 7%, mesma alíquota aplicada aos carros de mil cilindradas.

Para o presidente da Associação Brasileira de Veículos Elétricos (ABVE), Ricardo Guggisberg, a produção continuada e em escala maior de veículos da Tesla é um bom exemplo para os fabricantes brasileiros. “Isso (a produção em escala) mostra que é possível fabricar carros movidos a energia limpa, ter ganhos financeiros e ajudar o meio ambiente. Nossas montadoras podem fazer o mesmo”, diz o executivo da ABVE.

Segundo Guggisberg, com o anúncio do Rota 2030, que reduz os impostos para os modelos elétricos e híbridos, entre outros benefícios, as fabricantes brasileiras poderão dar continuidade a seus planos de trazer para o país modelos que utilizam combustíveis limpos e, com o tempo, produzir localmente.

O presidente da ABVE lembra ainda que a chegada do Rota 2030 é emblemática para o setor, porque trará o primeiro modelo de regulação do mercado de veículos elétricos do Brasil. Apesar do incentivo com a redução dos impostos, o executivo ainda tem dúvidas quanto a resposta que será dada pela indústria automobilística brasileira para atender esse mercado de elétricos que está nascendo.“A partir dessa liberação e dos incentivos que constam do novo programa é possível que as empresas venham a montar linhas de produção de alta escala no Brasil”, acredita.

Avanço Na mesma semana em que o Brasil ensaia entrar no jogo dos carros híbridos, o ícone dessa indústria, o empresário Elonn Musk, conseguiu transformar a Tesla Motors, fabricante de automóveis elétricos, em uma “montadora de verdade”. No último domingo, no fechamento da última semana de junho e do segundo trimestre, a produção atingiu 5.031 carros elétricos Modelo 3, superando uma meta que ele dizia ser crucial para a companhia americana gerar caixa e obter lucro.

Fundador e diretor-executivo da Tesla, Musk chegou a se mudar no último mês para um escritório dentro da fábrica, localizada na Califórnia, para acompanhar de perto todo o esforço para tingir a meta e colocar a empresa em um novo patamar de produção. A marca também mostrou aos céticos que os carros elétricos podem chegar aos principais mercados consumidores do mundo. Cerca de 20% da produção do Modelo 3 saíram de uma linha improvisada construída pela Tesla no mês passado debaixo de uma tenda gigante na fábrica da Califórnia.

Cumprida a primeira etapa, a meta agora é ainda mais ambiciosa, de 6 mil carros por semana até o final de agosto. Na noite do último domingo, o empresário fez questão de enviar uma mensagem por e-mail comemorando o feito e agradecendo aos funcionários e colaboradores que “mostraram ser possível atingir os objetivos firmados pela gerência, mesmo que sejam trabalhosos”.

Com o recorde, a produção total do segundo trimestre do ano totalizou 53.339 veículos, um aumento de 55% em relação ao trimestre anterior. Somente o Modelo 3, carro mais simples e mais barato, superou pela primeira vez a produção combinada dos outros modelos S e X, mais sofisticados, com 24.761 unidades. “Nossa taxa de produção semanal do Modelo 3 mais do que dobrou durante o último trimestre, e fizemos isso sem comprometer a qualidade”, informou a montadora por meio de nota.


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