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Estado de Minas

Em Minas, fábricas voltam a crescer, registra Fiemg

Receita do setor dá o tom da recuperação da indústria, com aumento de 5,8% em janeiro, após 5 anos de queda


postado em 02/03/2018 06:00 / atualizado em 02/03/2018 09:28

Bom resultado do faturamento das empresas teve contribuição decisiva dos setores automotivo e de alimentos(foto: Edésio Ferreira/EM/D.A Press 31/7/14 )
Bom resultado do faturamento das empresas teve contribuição decisiva dos setores automotivo e de alimentos (foto: Edésio Ferreira/EM/D.A Press 31/7/14 )

A crise que atingiu a indústria em Minas Gerais nos últimos anos está perto do fim. É o que apontam os números divulgados ontem pela Federação das Indústrias do estado (Fiemg). Pela primeira vez em cinco anos, o faturamento do setor teve resultado positivo em janeiro último, com crescimento de 5,8% frente ao mesmo mês de 2017. A pesquisa de indicadores industriais da instituição também mostra aumento da massa salarial, do rendimento médio e da utilização da capacidade instalada das fábricas.

 

Segundo a Fiemg, o faturamento e o emprego tiveram crescimento pelo segundo mês consecutivo. As horas trabalhadas na produção e o emprego diminuíram, mas foi registrada a menor queda em cinco anos. “É uma recuperação. Ainda não é suficiente para voltar ao patamar de antos anteriores. Estamos longe de alcançar níveis pré-crise na economia mineira”, avaliou o vice-presidente da Fiemg e presidente do Conselho de Política Econômica e Industrial da entidade, Lincoln Fernandes. Por suas características, Minas está com um desempenho um pouco abaixo da indústria nacional, como destacou.

 Os setores que contribuíram firmemente para a recuperação são a indústria extrativa mineral, a metalurgia, o de alimentos e o automotivo, que juntos respondem por cerca de 70% da produção industrial do estado. O estudo mostra que há um processo lento e gradual de melhora na oferta de emprego. Os economistas da Fiemg ponderam que os sinais apontam para uma melhoria, mas é preciso lembrar que as quedas nos últimos anos foram muito grandes por causa da crise econômica. Há uma expectativa de crescimento em 2018 maior do que o que foi registrado no segundo semestre de 2017.

 Segundo o economista Guilherme Leão, superintendente de ambiente de negócios da Fiemg, a projeção para este ano é de crescimento em torno de 2,6% da economia mineira. Para ele, os números mostram que o estado está saindo da crise. “Minas e sua indústria estão em um processo claro de recuperação, mas ainda estamos chegando ao nível de 2009. O crescimento está sendo retomado mas é um processo gradual”, disse. Leão destaca que o emprego já aparece com curva positiva no setor industrial, sinalizando que há um começo de busca por mão de obra no mercado.

Infraestrutura

 

Os economistas da Fiemg comentaram o anúncio de que o PIB brasileiro cresceu 1% em 2017. Para Guilherme Leão, o número é um marco do fim da recessão, mas ainda não é possível comemorar tanto. A variação de 0,2% no PIB per capita foi considerada baixa para um país com tantos problemas sociais e com problemas de infraestrutura. Ele lembrou que houve queda nos investimentos e que este ano enfrentará fragilidades, como o período eleitoral e a incerteza na gestão fiscal. “Não é nada para fazer festa, mas o número marca o fim de um período recessivo e mostra um caminho de retorno gradual da economia”, disse. O vice-presidente da Fiemg Lincoln Fernandes também falou em otimismo moderado. “Estamos naquele discurso de que estamos saindo da crise, mas há muito ainda a melhorar”, disse.

Vendas em alta

 

A venda de veículos novos no Brasil cresceu 15,67% em fevereiro ante igual mês do ano passado, para 156,9 mil unidades. O balanço inclui automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus, informou ontem a Fenabrave, associação que representa as concessionárias do setor. O volume registrado em fevereiro, no entanto, se comparado a janeiro, apresenta queda de 13,43%. Boa parte da retração se deve ao fato de fevereiro ser um mês com menos dias úteis. No acumulado do ano, as vendas somam 338,1 mil unidades, alta de 19,55% em relação ao primeiro bimestre do ano passado. Os automóveis e comerciais leves, que representam mais de 90% do setor, registraram 151,6 mil emplacamentos no segundo mês de 2018.

 

 


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