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Estado de Minas

Você já tomou Xeque Mate? Conheça a bebida feita em BH que pretende ganhar o país

Novata na folia, bebida à base de mate etílico feita em BH investe para atender público que segue os blocos, disputando com concorrentes mais conhecidos em novas versões


postado em 04/02/2018 06:00 / atualizado em 05/02/2018 20:26

Pedro, Gabriel e Alex preparam novas remessas da Xeque Mate para São Paulo, Rio, Vitória e Santos(foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)
Pedro, Gabriel e Alex preparam novas remessas da Xeque Mate para São Paulo, Rio, Vitória e Santos (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)

Se muitos foliões usam o carnaval para testar as técnicas da conquista no amor, várias empresas também se aproveitam desse expediente no período da festa para lançar produtos e fisgar paladares.

Para os fabricantes de bebidas, a folia já se consolidou como território fértil e importante a ser alcançado. Marcas nacionais de cerveja, como Skol, e a Catuaba Selvagem, lançaram sabores especiais para o verão, mas que têm na data de Momo o alvo prioritário.

Em Belo Horizonte, a novata Xeque Mate – feita de mate, xarope de guaraná, limão e rum –, já vem explorando o mercado e investe em opções para deslocar concorrentes.

Você pode estar se perguntando: o que é Xeque Mate?. O produto nasceu há pouco mais um ano e meio como demanda por uma bebida que fosse “diferente e saborosa”, conta Pedro Carias, de 26 anos, que ao lado de Alex Freire, também de 25, e Gabriel Rochael, de 26, comandam a empresa.

Além disso, era interesse ter entre os ingredientes chá-mate e rum. “Um dos nossos sócios, o Gabriel, trabalhava em uma festa, aí ele recebeu essa demanda e fez muito sucesso”, diz.

O negócio começou com produção caseira, e à medida que foi crescendo precisou de mais espaço e a pequena fábrica no Bairro Pompeia, Leste da capital, teve de buscar espaço próprio e ampliação.

“A grande jogada que vez a gente crescer foi estar dentro das festas. Elas serviram para divulgar a marca e fazer com que o público se interessasse”, afirma Pedro Carias. Ele e os sócios deixaram de lado a carreira na engenharia, dois deles ainda sem concluir o curso. Apenas Pedro terminou a faculdade.

No fim do ano passado, a empresa se mudou para o Bairro João Pinheiro.

 Atualmente, a marca já está comercializando o produto fora do estado. Se hoje 90% do mercado da Xeque Mate está em BH, a intenção dos donos é levar a mistura também ao interior de Minas.

“Já estamos entrando em Porto Seguro, vendendo em festas no interior de São Paulo, além de Goiânia. Começamos também a comercializar no Rio de Janeiro, Sul do país, Vitória (ES) e Santos (SP)”, revela Pedro Carias. No fim do ano passado, a marca ganhou novo visual, como parte da estratégia de expansão.

Segundo Carias, a Xeque Mate pode ser encontrada em vários bares de BH e o próximo passo é fazer com que público mais variado tenha acesso à bebida. Quem desejar pode comprá-la pelas redes sociais da empresa.

“A gente tem ideia de expandir cada vez para outros estados, aumentar a fábrica e ir ampliando o público, por exemplo, o consumidor que gosta da música sertanejo, no estilo universitário”, revela. A bebida foi apresentada aos fãs de música eletrônica quando a marca participou, na última edição, da rave Universo Paralelo, uma das maiores do segmento.

Para o carnaval, a marca belo-horizontina usou, principalmente, o pré-carnaval para testar formato de embalagem que permitisse ao consumidor degustar a bebida em meio à apresentação dos blocos e desfiles.

As garrafas da versão tradicional são de vidro, com 720ml, além de percentual de álcool mais elevado, de 15%. Elas custam entre R$ 30 e R$ 45 cada na venda no varejo. Mas, compradas em quantidade maior e direto com o fabricante, o preço é menor.

Nessa versão, o percentual de álcool é o mesmo, mas a embalagem é de 500ml, em plástico, e tem o preço menor, variando de R$ 15 a R$ 17. Pedro adianta que nos quatro dias da folia será possível encontrar o produto com alguns vendedores durante as apresentações dos blocos, que vão tomar a cidade.

Há ainda a opção com menos álcool, cerca de 8%, vendido na forma de chopp e oferecido na versão barril e choppeira.

Marcas nacionais


Outras marcas já conhecidas também  anunciam novidades para o carnaval. A Skol Beats, por exemplo, lançou dois sabores para o verão. A marca aposta no carnaval, com o mote “sensações inusitadas de calor e refrescância”. Há dois novos rótulos, Fire e Frost, com embalagens também diferenciadas daquelas que embalam os sabores tradicionais.

“A versão Fire tem tons em laranja, amarelo e vermelho, e a Frost traz mistura entre o púrpura e o azul. Com elas, a Skol Beats entra na brincadeira do carnaval e provoca os foliões para experimentar a combinação das duas versões”, afirma a marca.

Para BH, a aposta especial da marca é a ampla distribuição em redes de supermercado e no comércio ambulante, já que a cerveja é a patrocinadora da festa na capital. Ambas as versões têm cerca de 8% de álcool na composição.

A Catuaba Selvagem também quer marcar o carnaval com sabor diferenciado e investiu na mistura de coco com abacaxi, a versão Pina Colada, lançada nas últimas semanas. A bebida se inspira no drinque de mesmo nome que leva suco de abacaxi e leite de coco com rum.

A embalagem também está diferente, na cor branca. Em anos anteriores, a marca misturou a catuaba com açaí. Nesse caso, para o público de BH não foi novidade, pois o chamado “drinque do amor” já é bem conhecido dos foliões da capital e foi parar até na música, de mesmo nome, do bloco Juventude Bronzeada, que usa os versos para enaltecer os efeitos da bebida: “pira, refresca e alimenta”.

Virada por cima


Criada há 27 anos, a Catuaba Selvagem, que já tem sua clientela fiel, amargou a sarjeta durante muitos anos. Isso porque carregava a imagem negativa de produto consumido em bares sem qualquer sofisticação, do chamado tipo “copo sujo”.

Nos últimos quatro anos, a marca conseguiu reverter a pecha e virou artigo disputado durante o cortejo dos blocos de carnaval. Durante a folia, divide espaço com as cervejas e, para muitos foliões, traz a vantagem de não ser diurética como sua concorrente.

Associado a isso, a bebida ainda carrega fama de ser afrodisíaca, tese sem comprovação. Nos supermercados, a marca vem adotando a estratégia de posicionamento de gôndola sempre à frente nas prateleiras.

Outro fator que vem contribuindo para o produto cair nas graças do cliente é o preço. Em média, os ambulantes vendem a garrafa de 1 litro a R$ 20, mas ela pode ser comprada em supermercados, por exemplo, por cerca de R$ 15.


NO TOPO

Intenção de gastos com as
principais compras dos foliões neste carnaval

 

» 57%    cervejas
» 52%    refrigerantes
» 52%    água
» 51%    lanches
» 34%    protetor solar


Locais mais procurados
» 50%    bares e restaurantes

 

Fonte: pesquisa realizada pelo
SPC Brasil e a CNDL junto a
1.211 consumidores nas 27 capitais


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