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Estado de Minas

Vendas de TVs crescem no Brasil e no mundo

Copa da Rússia, novas tecnologias e avanço de serviços de streaming, como Netflix, aceleram negócios e devem levar a indústria a obter o melhor resultado em 4 anos


postado em 23/01/2018 12:00 / atualizado em 23/01/2018 09:54

A despeito das projeções otimistas, está descartado que o mercado tenha chances de repetir o bom desempenho de 2014(foto: Marcos Michelin/EM/D.A Press- 27/10/11)
A despeito das projeções otimistas, está descartado que o mercado tenha chances de repetir o bom desempenho de 2014 (foto: Marcos Michelin/EM/D.A Press- 27/10/11)

São Paulo Em ano de Copa do Mundo, é sempre assim: como o brasileiro é apaixonado por futebol, as vendas de TVs disparam. Em 2018, não será diferente. O Polo Industrial de Manaus, que concentra toda a produção brasileira de televisores, vai contratar até o fim de janeiro pelo menos 1 mil funcionários temporários para atender ao aumento da demanda, que já começou a ser sentido no ano passado. Segundo informações do Sindicato dos Metalúrgicos do Amazonas, boa parte do estoque para a Copa foi produzida em 2017, mas uma leva adicional precisa sair das fábricas nos próximos três meses. Caso contrário, as lojas não terão tempo para colocar os aparelhos nas prateleiras.

Os indicadores são positivos, mas o mercado está longe de repetir o desempenho de 2014, quando 15 milhões de TVS ganharam o mercado – e poderia ter sido mais, se as projeções iniciais não tivessem sido modestas, o que afetou o ritmo de produção. O cenário para 2018 é diferente, diz Lourival Kiçula, presidente da Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros). Segundo ele, outro fator impulsionou os negócios em 2014: a substituição de aparelhos analógicos por digitais. Agora, as vendas serão crescentes, mas dentro de uma nova realidade.

O ano de 2017 representou o fim de um período de dificuldades para o setor. De janeiro a setembro, as vendas de televisores cresceram 31%, empurradas principalmente pela queda dos juros e pelo aumento do crédito à pessoa física, além de uma base comparativa bastante baixa. Em 2018, esperar-se um novo incremento de vendas, mas que não será suficiente para retomar os indicadores de 2014.

O Brasil é um mercado com enorme potencial. Pesquisas mostram que existem mais de 40 milhões de TVs de tubo instaladas nos lares brasileiros, o que corresponde a cerca de 40% do total de aparelhos. Para efeito de comparação, na Argentina o índice está em torno de 25%. Nos Estados Unidos, é inferior a 10%.

A próxima frente para impulsionar as vendas são as Smart TVs e os aparelhos com tecnologia 4K (ou Ultra HD), que prometem imagens com resolução quatro vezes superior ao atual Full HD. As Smart TVs já correspondem a 70% dos negócios, e estima-se que o percentual possa chegar a 80% até o fim do ano.

Os equipamentos 4K, que atualmente correspondem a 12% das vendas totais de televisores, ainda são vasto campo a ser explorado. O motivo principal para a dificuldade de emplacar é o preço. Segundo levantamento da consultoria GfK, o valor médio de uma TV 4K no Brasil é de R$ 3,4 mil, bem acima dos R$ 2 mil cobrados por um televisor do mesmo tamanho, mas com tecnologia Full HD. Com o tempo, porém, os preços costumam despencar, como sempre acontece com as novas tecnologias no mercado brasileiro. Há 3 anos, as primeiras unidades 4k no país não saíam por menos de R$ 8 mil.

Recuperação


A retomada do setor é prova de que muitas previsões feitas por especialistas não se concretizam. Há alguns anos, muitos deles afirmaram que a indústria da TV sofreria um revés com a concorrência de computadores, tablets e smartphones. O que se viu foi o oposto.

 

Com o crescimento dos serviços de streaming como Netflix, as pessoas passaram a investir em novos aparelhos. Houve também o resgate de uma tradição cultural, a de famílias reunidas diante da telinha para ver seriados e filmes. Nos últimos 7 anos, o tempo médio que o brasileiro passa na frente da TV aumentou em uma hora, o que, em boa medida, se deve ao streaming, presente nos lares de um quinto da população.

No mundo, observa-se fenômeno parecido. De acordo com dados apresentados no CES (Consumer Electronics Show), feira realizada recentemente em Las Vegas, as vendas globais de televisores deverão crescer 6,4% em 2018. Sorte dos fabricantes e dos consumidores, que terão à disposição tecnologias capazes de transformar uma partida de futebol da Copa do Mundo em um grande espetáculo.


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