
Em pleno funcionamento, o hospital terá 342 vagas, com 323 leitos de internação. O espaço terá 40 mil metros quadrados, contando com 12 salas de cirurgia. O projeto arquitetônico está pronto e prevê que o hospital de Betim, que ficará no cruzamento da Via Expressa com avenida Marco Túlio Isaac, seja construído em duas fases, com a primeira durando três anos e a segunda dois anos. “Como em Betim e Contagem existem muitas empresas e elas compram planos de saúde para os seus funcionários, acaba que há uma necessidade de entrega de serviços de saúde na região. A gente pretende também criar uma complementariedade entre os dois hospitais de BH e esse de Betim”, explicou Henrique Salvador.
De acordo com o presidente da Rede Mater Dei, o hospital será focado para média e baixa complexidade porque a população dessas cidades é mais jovem. Entre os serviços oferecidos estarão os de pediatria, maternidade e cirurgia geral. “Teremos também trauma, porque algumas rodovias cortam Betim e, com isso tem a questão dos acidentes de trânsito. É um hospital que pretende atender às necessidades da população local e regional”, acrescentou Salvador. Betim e Contagem concentram as maiores participações no Produto Interno Bruto mineiro.

Outro investimento recente da Rede Mater Dei foi feito na clínica de reprodução assistida, serviço que foi retomado já que 20% dos casais hoje apresentam problemas de fertilidade. Neste sábado, o primeiro bebê de proveta mineiro, gerado com o auxílio do corpo clínico do hospital, completa 27 anos. Segundo Henrique Salvador, em 2014 o Mater Dei decidiu investir novamente na área. O Mater Dei também vai apresentar nos próximos meses o projeto de medicina diagnóstica, com a integração de todos os métodos como ressonância, pet scan, ultrasson, tomografia e medicina nuclear. O grupo tem hoje 2.574 colaboradores, 3.916 médicos e 308 profissionais de outras categorias.
ESTUDO Apesar dos investimentos continuarem, a crise econômica é uma preocupação, segundo o presidente da Rede Mater Dei Henrique Salvador. “Estamos começando a sentir. O país tinha até dezembro de 2014 quase 51 milhões de usuários no sistema. Em 2015 e 2016 já saíram aproximadamente 1,5 milhão de usuários e a gente acha que inclusive pode aumentar até o final do ano”,disse. De acordo com o dirigente, há um estudo que estima que até 3 milhões de pessoas devem deixar a rede privada de saúde até o fim do ano. “A gente começa também a perceber nos hospitais uma baixa ocupação, primeiro porque algumas pessoas saem e depois porque elas ficam com receio de usar muito o hospital e terem algum tipo de retaliação dentro da empresa”, afirma.
Durante a inauguração do seminário e do centro de convenções, a doutora Norma Salvador, que deu o nome ao espaço, foi homenageada pelo marido, o presidente do Conselho de Administração José Salvador, e pela família. O seminário tratou de assuntos como o conceito de produtividade operacional em hospitais, o desenvolvimento de equipes multidisciplinares, formas de agregar valor para o sistema de saúde e o papel da regulação governamental no sistema.
