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Estado de Minas

Álcool e gasolina sobem nas bombas

Em 12 meses, etanol fica 24% mais caro e perde vantagem, mesmo depois de reajuste de 13% no derivado do petróleo


postado em 01/03/2016 06:00 / atualizado em 01/03/2016 08:01

Nos últimos 12 meses, o preço médio do etanol aumentou 24% nas bombas do estado. O combustível, que é vendido, em média, a R$ 2,93 não vem fazendo frente à gasolina, desde dezembro, mesmo com o preço em alta do derivado do petróleo. O litro da gasolina, comercializado a R$ 3,75, em média, no estado, pode ser encontrado até por R$ 4,14. Em 12 meses, a gasolina encareceu 13% e, mesmo assim, ainda é o combustível mais vantajoso para o brasileiro.


Na ponta do lápis, o consumidor sente no bolso a pressão dos preços. A expectativa do setor é que a escalada nas bombas, aliada à crise econômica que o país atravessa, freie o consumo em até 3% em 2016. Apesar da menor demanda pelo produto, o horizonte traçado para o consumidor é de um 2016 ainda de preços altos, já que as usinas vão ajustar a produção, para evitar queda significativa nos preços.


No ano passado, a safra de cana-de-açúcar foi recorde, o volume de etanol produzido no país cresceu 5,7% e 12% em Minas, chegando a 3 bilhões de litros no estado. Este ano, a projeção é de um volume semelhante para a região Centro-Sul do país. De abril a setembro do ano passado o consumo do derivado da cana-de-açúcar chegou a avançar 40% com preços competitivos com a gasolina, para começar a cair a partir de outubro. A diferença agora entre os dois combustíveis, ultrapassa 75%. Para ser competitivo o etanol não deve ultrapassar 70% do valor do derivado do petróleo.

Mário Campos, presidente do Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool de Minas Gerais (Siamig) diz que o estresse dos preços dos combustíveis se deve aos baixos estoques. Março é o último mês da entressafra e a alta persistente dos preços mostram que a reserva está no fim. “A partir de abril, a expectativa é que o etanol volte a ganhar espaço e se torne mais competitivo nas bombas, com o início da produção nas usinas da região Centro-Sul.” Segundo o executivo a quantidade de chuvas foram suficientes e a safra na região deve repetir os 27,5 bilhões de litros do ano passado.

Sem alívio

Os preços da gasolina também não aliviam o bolso do consumidor em 2016. Na opinião de analistas, o governo não deve promover novos reajustes este ano e a evolução, em relação a média mundial, vai depender da cotação do preço internacional do barril do petróleo. Hoje, o brasileiro está pagando em média 50% a mais pela gasolina do que o mercado internacional, de acordo com a cotação praticada no Golfo do México. Caso ocorra uma valorização do barril, a diferença pode ser reduzida. “Essa diferença em relação ao mercado internacional é boa para a Petrobras porque ela tem uma dívida muito grande em dólar”, diz Adriano Pires diretor-executivo do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE).


Mesmo pagando mais caro pela gasolina, o combustível tem sido a opção do brasileiro. Levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) mostra que no Brasil o preço médio da gasolina chegou a R$ 3,71 e no estado a R$ 3,75. Já o etanol é comercializado em média a R$ 2,83 no Brasil e no estado é encontrado em média, a R$ 2,93, R$ 0,10 a mais. Só no último mês, o preço do combustível avançou em média R$ 0,05 em Minas, segundo a ANP.


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