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Estado de Minas

Empréstimo é a salvação para universitários

Estudantes reconhecem que, sem crédito, não teriam como cursar a universidade


postado em 04/05/2014 00:12 / atualizado em 04/05/2014 07:35

Antonio Temóteo

Estudante de medicina, Letícia Valadão diz que sem o Fies seria pesado arcar com mensalidade integral(foto: Ed Alves/CB/D.A Press. )
Estudante de medicina, Letícia Valadão diz que sem o Fies seria pesado arcar com mensalidade integral (foto: Ed Alves/CB/D.A Press. )

A estudante de engenharia elétrica Wanessa Silva,20 anos, sabe muito bem o quanto o exagero na correção das mensalidades está pesando no seu orçamento. No início deste ano, ela passou a pagar 7,4% a mais à universidade, reajuste que elevou o desembolso para R$ 1,6 mil ao mês. “É muito”, reconhece. Diante desse valor, ela só está conseguindo fazer o curso superior graças ao Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). “Foi a salvação”, diz.

A estudante obteve, no ano passado, financiamento de 100% do valor do curso. “Antes de prestar o vestibular, já contava com o Fies, pois sabia que não teria como bancar uma mensalidade tão cara, que todos os anos sobe muito”, destaca Wanessa. Ela conta que, ainda sem a certeza de que havia passado na seleção, foi atrás da documentação necessária. Um dos maiores problemas para ter acesso ao crédito foi encontrar um fiador. “É difícil achar alguém que se encaixe nos critérios exigidos”, reclama.

Wanessa sabe o tamanho da dívida que está assumindo, mas tem grande esperança quanto ao mercado de trabalho, já que deseja pagar o financiamento com o próprio salário. “O que me levou a fazer o Fies foi a certeza de que conseguirei um bom emprego assim que me formar”, acrescenta.

Aluna do primeiro semestre de medicina, Letícia Vieira Valadão, de 20, pagaria quase R$ 5 mil mensais caso não tivesse conseguido o financiamento de 75% da mensalidade. “O curso de medicina é muito caro, ficaria pesado pagá-lo integralmente. Como as condições do Fies são boas, optei por financiar uma parte e me programar para pagar mais na frente”, ressalta.

Após os seis anos de curso, Letícia terá cerca de 20 anos para quitar o financiamento, com parcelas mensais de R$ 1,2 mil. Letícia e sua família já fazem uma poupança para quitar a dívida, mas ela acredita que conseguirá estabilidade financeira após a formatura. “Sempre há um receio. Afinal, a quantia é elevada. Contudo, tenho confiança no mercado da área de saúde”, frisa.

Regras A expectativa dos alunos que recorrem ao Fies é alta, já que muitos planejam pagar as dívidas assumidas com os rendimentos da profissão à qual dedicaram tantos anos de estudo. É o caso da aluna de jornalismo Poliana Araújo de Mesquita, de 19. Com o financiamento integral do curso, cuja mensalidade chega a R$ 540, ela não planeja poupar durante no período em que estiver na universidade para zerar os débitos o mais rapidamente possível. “Como o tempo para efetuar o pagamento é grande, só devo começar a pensar nisso após a formatura, quando conseguir um emprego na área”, afirma.

Pelas regras do Fies, só podem recorrer aos empréstimos estudantes de famílias com renda mensal de até 20 salários mínimos (R$ 14.480). É possível financiar até 100% do valor da mensalidade, a juros de 3,4% ao ano. Os créditos são concedidos pela Caixa Econômica Federal e pelo Banco do Brasil. O pagamento pode ser feito por um prazo de até três vezes o tempo de curso, em média, de quatro anos, acrescido de mais 12 meses.

 


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