(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Construção lidera nos fechamentos de pequenas empresas em Minas


postado em 29/12/2011 07:39 / atualizado em 29/12/2011 07:41

O cenário econômico ajuda e não é à toa que o número de empresas no setor da construção civil aumentou 17% entre 2009 e 2010 no país – passando de 138 mil para 161 mil – e 15% em Minas Gerais, onde chegou a 27,5 mil. Atraídos pela oportunidade, milhares de micro e pequenos empresários ingressam no setor ávidos por uma fatia do mercado que não para de crescer. A influência vem especialmente das obras de infraestrutura para a Copa do Mundo e Olimpíada e do programa de habitação do governo federal Minha casa, minha vida.

Apesar de promissor, é na construção civil que se encontra a maior taxa de mortalidade das micro e pequenas empresas do Brasil, com índice de 31,4% em Minas Gerais e de 33,8% no Brasil, acima da média global de 26% no país (veja quadro). Para o diretor técnico nacional do Sebrae, Carlos Alberto dos Santos, o forte aumento da concorrência está entre as dificuldades para manutenção da empresa. “Quem tiver uma estrutura inadequada de custos será punido, já que hoje não cabe má gestão neste negócio”, observa o especialista. A briga por mão de obra qualificada também exige que as pequenas sejam mais atrativas aos profissionais, o que pode se tornar um novo impasse. O que não impede que mais de 97% das 161 mil empresas instaladas no setor em 2010 fossem enquadradas como micro ou pequenas.

Na outra ponta, a indústria lidera como o setor em que as empresas têm maior índice de sobrevivência, chegando próximo a 80%. “Pelo fato de ser indústria, ela tem muito mais capital e um nível de sofisticação do processo produtivo elevado”, avalia Carlos Alberto. Associado a isso, está o fato de, na maioria das vezes, o negócio estar atrelado a uma cadeia produtiva. “Ela faz parte de um elo no qual o comprador é uma pessoa jurídica. Com isso, há um estabilizador, que seria a empresa âncora”, afirma o especialista.

Em geral, são empresas ligadas à cadeia de petróleo e gás ou automobilística que têm garantia de mercado. “Além disso, há padrões bem definidos de qualidade e certificação que exigem adequação”, observa Carlos Alberto.

 

Personagens da notícia

 

Ângela de Paiva e Luana Siqueira(foto: Renato Weil/EM/DA Press)
Ângela de Paiva e Luana Siqueira (foto: Renato Weil/EM/DA Press)
Ângela Maria de Paiva e Luana Alves Siqueira
ex-microempresárias

 

Sem o bar após sete meses

 

Não era o fim prematuro que Ângela Maria de Paiva e a nora Luana Alves Siqueira esperavam ao assumirem o bar que uma amiga abandonou por questões pessoais. Mas foi o que acabou acontecendo depois de sete meses de grandes dificuldades. “Já começamos mal. Os endereços do estabelecimento e da minha casa foram trocados e não percebemos”, explica Ângela. O que parecia um erro simplório se tornou uma grande dor de cabeça. “Não conseguimos pegar as máquinas de cartão de crédito e perdemos muitas vendas”, acrescenta. Somado a isso estava a falta de capital de giro. Outro contratempo foi a descoberta de que naquela rua não era possível a abertura de restaurante, próximo passo que seria dado pelas sócias. “Com isso, não recebemos o alvará”, conta Ângela, que ainda lamenta não ter conseguido empréstimo no banco para investir no negócio. 

 


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)