A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) apresenta hoje à população de Congonhas, na Região Central de Minas Gerais, o desenho final de um projeto orçado em R$ 12 bilhões para aumentar a produção de minério de ferro na Serra Casa de Pedra e implantar uma usina siderúrgica no município histórico. Tombada por lei municipal, a serra emoldura o conjunto arquitetônico do Santuário de Bom Jesus de Matosinhos, que abriga os 12 profetas esculpidos por Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, mestre do barroco mineiro. A audiência pública marcada para as 17h no ginásio poliesportivo da cidade deve ser a última oportunidade para a empresa chegar a um acordo capaz de compatibilizar o empreendimento com a definição dos limites do tombamento, prevista neste mês.
Das discussões finais vão sair os relatórios das comissões da Câmara dos Vereadores para colocar em primeira votação no dia 29 o projeto de lei de iniciativa popular 027/2008, que delimita as coordenadas de preservação da serra. Reflexo da polêmica em torno do projeto apoiado pelo governo estadual, a audiência pública teve de ser transferida do prédio da Câmara Municipal para o ginásio, onde são aguardadas 800 pessoas. Segundo o presidente do Legislativo municipal, Edilon Ferreira, há dúvidas sobre o cumprimento pela CSN de algumas contrapartidas previstas no protocolo de intenções do investimento, firmado em 2007, ainda não cumpridas. Entre elas, estão a construção de um distrito industrial e obras para abrigar a população do antigo Bairro de Plataforma, que será ocupado pela expansão.
“É possível que o projeto seja desenvolvido de forma sustentável, mas a empresa pode não dar as contrapartidas de que o município precisa. Essas dúvidas estão no ar”, afirma Edilon Ferreira. Outro ponto crítico da negociação envolve os impactos sobre os mananciais hídricos e poluição atmosférica. A Serra Casa de Pedra abriga mais de 20 nascentes que respondem por 60% do abastecimento de água da cidade. A CSN informou, por meio de sua assessoria de imprensa, ter acertado com o governo mineiro um aditivo ao protocolo de intenções do investimento que redimensiona o cronograma de ampliação da mineração e implantação de uma siderúrgica até 2020.
Contrapartida
Desde audiências públicas anteriores, os técnicos da CSN têm apresentando argumentos para defender que os mananciais de água não serão comprometidos pela expansão. O prefeito de Congonhas, Anderson Costa Cabido, informou estar conduzindo uma série de negociações com a companhia relacionadas às contrapartidas do projeto para garantir a preservação da Serra de Casa de Pedra. “Estão sendo feitos ajustes importantes para atender as necessidades de desenvolvimento econômico e, ao mesmo tempo, a preservação ambiental. Os benefícios não serão só para a empresa”, afirma. Entre esses ganhos, o prefeito aponta a perspectiva de criação de 6 mil empregos diretos. A Mina Casa de Pedra está em expansão, com planos de atingir uma produção de 50 milhões de toneladas anuais. O minério é destinado à usina siderúrgica Presidente Vargas, da CSN, em Volta Redonda, no Rio de Janeiro.
Das discussões finais vão sair os relatórios das comissões da Câmara dos Vereadores para colocar em primeira votação no dia 29 o projeto de lei de iniciativa popular 027/2008, que delimita as coordenadas de preservação da serra. Reflexo da polêmica em torno do projeto apoiado pelo governo estadual, a audiência pública teve de ser transferida do prédio da Câmara Municipal para o ginásio, onde são aguardadas 800 pessoas. Segundo o presidente do Legislativo municipal, Edilon Ferreira, há dúvidas sobre o cumprimento pela CSN de algumas contrapartidas previstas no protocolo de intenções do investimento, firmado em 2007, ainda não cumpridas. Entre elas, estão a construção de um distrito industrial e obras para abrigar a população do antigo Bairro de Plataforma, que será ocupado pela expansão.
“É possível que o projeto seja desenvolvido de forma sustentável, mas a empresa pode não dar as contrapartidas de que o município precisa. Essas dúvidas estão no ar”, afirma Edilon Ferreira. Outro ponto crítico da negociação envolve os impactos sobre os mananciais hídricos e poluição atmosférica. A Serra Casa de Pedra abriga mais de 20 nascentes que respondem por 60% do abastecimento de água da cidade. A CSN informou, por meio de sua assessoria de imprensa, ter acertado com o governo mineiro um aditivo ao protocolo de intenções do investimento que redimensiona o cronograma de ampliação da mineração e implantação de uma siderúrgica até 2020.
Contrapartida
Desde audiências públicas anteriores, os técnicos da CSN têm apresentando argumentos para defender que os mananciais de água não serão comprometidos pela expansão. O prefeito de Congonhas, Anderson Costa Cabido, informou estar conduzindo uma série de negociações com a companhia relacionadas às contrapartidas do projeto para garantir a preservação da Serra de Casa de Pedra. “Estão sendo feitos ajustes importantes para atender as necessidades de desenvolvimento econômico e, ao mesmo tempo, a preservação ambiental. Os benefícios não serão só para a empresa”, afirma. Entre esses ganhos, o prefeito aponta a perspectiva de criação de 6 mil empregos diretos. A Mina Casa de Pedra está em expansão, com planos de atingir uma produção de 50 milhões de toneladas anuais. O minério é destinado à usina siderúrgica Presidente Vargas, da CSN, em Volta Redonda, no Rio de Janeiro.