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Estado de Minas

Hoje é dia D para a CSN em Congonhas

Projeto estimado em R$ 12 bi para ampliar produção na Serra Casa de Pedra será apresentado à população nesta quinta-feira


postado em 17/11/2011 06:00 / atualizado em 17/11/2011 07:33

(foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press)
(foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press)
A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) apresenta hoje à população de Congonhas, na Região Central de Minas Gerais, o desenho final de um projeto orçado em R$ 12 bilhões para aumentar a produção de minério de ferro na Serra Casa de Pedra e implantar uma usina siderúrgica no município histórico. Tombada por lei municipal, a serra emoldura o conjunto arquitetônico do Santuário de Bom Jesus de Matosinhos, que abriga os 12 profetas esculpidos por Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, mestre do barroco mineiro. A audiência pública marcada para as 17h no ginásio poliesportivo da cidade deve ser a última oportunidade para a empresa chegar a um acordo capaz de compatibilizar o empreendimento com a definição dos limites do tombamento, prevista neste mês.

Das discussões finais vão sair os relatórios das comissões da Câmara dos Vereadores para colocar em primeira votação no dia 29 o projeto de lei de iniciativa popular 027/2008, que delimita as coordenadas de preservação da serra. Reflexo da polêmica em torno do projeto apoiado pelo governo estadual, a audiência pública teve de ser transferida do prédio da Câmara Municipal para o ginásio, onde são aguardadas 800 pessoas. Segundo o presidente do Legislativo municipal, Edilon Ferreira, há dúvidas sobre o cumprimento pela CSN de algumas contrapartidas previstas no protocolo de intenções do investimento, firmado em 2007, ainda não cumpridas. Entre elas, estão a construção de um distrito industrial e obras para abrigar a população do antigo Bairro de Plataforma, que será ocupado pela expansão.

“É possível que o projeto seja desenvolvido de forma sustentável, mas a empresa pode não dar as contrapartidas de que o município precisa. Essas dúvidas estão no ar”, afirma Edilon Ferreira. Outro ponto crítico da negociação envolve os impactos sobre os mananciais hídricos e poluição atmosférica. A Serra Casa de Pedra abriga mais de 20 nascentes que respondem por 60% do abastecimento de água da cidade. A CSN informou, por meio de sua assessoria de imprensa, ter acertado com o governo mineiro um aditivo ao protocolo de intenções do investimento que redimensiona o cronograma de ampliação da mineração e implantação de uma siderúrgica até 2020.

Contrapartida

Desde audiências públicas anteriores, os técnicos da CSN têm apresentando argumentos para defender que os mananciais de água não serão comprometidos pela expansão. O prefeito de Congonhas, Anderson Costa Cabido, informou estar conduzindo uma série de negociações com a companhia relacionadas às contrapartidas do projeto para garantir a preservação da Serra de Casa de Pedra. “Estão sendo feitos ajustes importantes para atender as necessidades de desenvolvimento econômico e, ao mesmo tempo, a preservação ambiental. Os benefícios não serão só para a empresa”, afirma. Entre esses ganhos, o prefeito aponta a perspectiva de criação de 6 mil empregos diretos. A Mina Casa de Pedra está em expansão, com planos de atingir uma produção de 50 milhões de toneladas anuais. O minério é destinado à usina siderúrgica Presidente Vargas, da CSN, em Volta Redonda, no Rio de Janeiro.


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