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Estado de Minas

Crise divide a Itália e desafia a Europa

Com impasse na reforma no sistema previdenciário, país é problema para acordo de líderes europeus em reunião nesta quarta-feira


postado em 26/10/2011 06:00 / atualizado em 26/10/2011 07:36

O dividido governo italiano manteve a Europa esperando nessa terça-feira por reformas, há muito atrasadas, na véspera de uma cúpula para elaborar uma estratégia para enfrentar a piora da crise da dívida da Zona do Euro. Umberto Bossi, líder político do movimento separatista Liga Norte, que participa da coalizão de governo do primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, disse que existe um acordo para o plano do premiê sobre reforma do sistema previdenciário, mas ainda permanece em aberto como o mesmo será recebido pela União Europeia (UE) nesta quarta-feira, quando Berlusconi estará em Bruxelas. “No fim, encontramos um caminho. Mas agora vamos ver o que a UE diz”, afirmou Bossi na noite dessa terça-feira. Ele se disse “pessimista”.

Os líderes da Zona do Euro pressionam Berlusconi para que ele apresente um plano econômico consistente para alavancar a estagnada economia italiana e cortar seu enorme déficit antes da reunião de em Bruxelas. Uma assessora de Bossi disse que ele chegou a um acordo com Berlusconi sobre mudanças no sistema previdenciário. O governo quer aumentar a idade da aposentadoria de 58 para 67 anos. Bossi é contra. A assessora não explicou qual solução foi a encontrada. Berlusconi possui uma maioria muito pequena na Câmara dos Deputados. Se a Liga Norte deixar o governo, a Itália poderá ficar sem governo justo no momento em que tenta convencer seus parceiros europeus de que é capaz de ajustar a economia. A saída de Bossi poderia desencadear eleições antecipadas ou mesmo o estabelecimento de um governo interino técnico, que poderia implementar as reformas necessárias mais facilmente.

Apenas 24 horas antes de líderes da União Europeia adotarem um plano para reduzir a carga de dívida da Grécia, fortalecer os bancos europeus para suportar perdas em bônus e aumentar o escopo do fundo de resgate da Zona do Euro para impedir o contágio do mercado, todos os olhares estavam voltados para Roma. Berlusconi respondeu de forma desafiadora à pressão pública do presidente francês, Nicolas Sarkozy, e da primeira-ministra alemã, Angela Merkel, em um encontro da UE no domingo, dizendo em comunicado que ninguém poderia dar lições à Itália.

A terceira maior economia da Zona do Euro está no centro da tempestade, apesar da intervenção do Banco Central Europeu para comprar seus bônus, porque a Itália precisa emitir cerca de 600 bilhões de euros em títulos nos próximos três anos para refinanciar a dívida em vencimento. Também persistem muitas incertezas sobre as opções complexas para aumentar o poder de fogo do Fundo Europeu de Estabilização Financeira (EFSF, na sigla em inglês) de 440 bilhões de euros (600 bilhões de dólares), para evitar um contágio da Grécia para Itália e Espanha.

Desocupação na Califórnia

A polícia retirou nessa terça-feira manifestantes do movimento ocupe Wall Street de uma praça importante em Oakland, na Califórnia, pouco antes da aurora. Eles estavam acampados na praça há duas semanas. Imagens da televisão mostraram os manifestantes algemados e conduzidos por policiais às 5h da manhã. Ninguém parecia resistir às prisões, embora um policial tenha disparado um tiro com bala de borracha contra um manifestante.


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