O terceiro dia da greve nacional dos bancários provocou a paralisação de 7.672 agências nesta quinta-feira. Houve aumento de 22,6% na adesão da categoria ao movimento, em relação ao segundo dia, quando 6.258 instituições financeiras fecharam as portas.
Os bancários suspenderam os trabalhos por tempo indeterminado na última terça-feira. A categoria reivindica reajuste de 12,8% nos salários, o que representa 5% de aumento acima da inflação. Eles também pedem reajuste nas contratações, fim da rotatividade, melhoria do atendimento aos clientes e fim de metas instituídas pelos bancos que os bancários consideram abusivas. A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), braço da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) dedicado a negociações sindicais, ofereceu 0,56% de reajuste superior à inflação.
Em nota, o presidente da Contraf e coordenador do Comando Nacional dos Bancários, Carlos Cordeiro, disse que o “silêncio” dos bancos e do governo vai provocar uma das maiores greves feita pela categoria nos últimos anos. “O silêncio dos bancos e do governo tem indignado os trabalhadores e fortalecido a greve. Enquanto a Fenaban não apresentar uma proposta decente, o movimento seguirá crescendo em todo o país.”