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Estado de Minas

Bovespa abre em queda em meio a incertezas

As principais bolsas mundiais se recuperavam nesta quarta-feira, depois da alta registrada em Wall Street na véspera


postado em 10/08/2011 10:18 / atualizado em 10/08/2011 14:16

"A nossa realidade hoje é essa: pânico e euforia", sintetizou o gestor de renda variável da Infinity Asset (foto: YASUYOSHI CHIBA)

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) abriu em queda, em meio às incertezas de investidores ante a volatilidade enorme apresentada nos últimos dias. Apesar de os preços das ações brasileiras seguirem atraentes, ninguém arrisca dizer que a recuperação dos mercados ocorrida na terça-feira veio para ficar, pois a base de sustentação é frágil. À espera de uma notícia boa o suficiente para içar os negócios locais, a Bolsa deve acompanhar o comportamento errático das praças internacionais. Às 10h10, o índice Bovespa (Ibovespa) caía 1,64%, aos 50.314 pontos.

"Os mercados permanecem na defensiva mesmo com os valuations (relação entre o preço da ação e o valor patrimonial das empresas) locais muito atrativos", comenta, em relatório, o analista da Um Investimentos, Eduardo Oliveira. De fato, levantamento feito pela Economática mostra que o valor de mercado das empresas de capital aberto derreteu, nos últimos dias.

Segundo a consultoria, das 61 companhias negociadas no Ibovespa, 22 estão com o preço abaixo do patrimônio líquido (ativos menos passivos) - o que significa que a ação está com um desconto grande, ou seja, barata. Isso não significa, entretanto, que o valor de mercado esteja refletindo os fundamentos econômicos das companhias - geralmente relegados em momentos de turbulência financeira, como o atual.

Ainda assim, a safra doméstica de balanços pode estimular os mais ousados. Logo cedo, foram anunciados os resultados trimestrais da MMX, que saiu de prejuízo para lucro de R$ 90,9 milhões entre abril e junho de 2011; e o da TAM, que também saiu do vermelho e migrou para o azul, com ganhos de R$ 60,3 milhões no trimestre passado.

Mas tudo vai depender dos próximos dados econômicos nos Estados Unidos e o desenrolar da crise na Europa - fatores que seguem como um divisor de água para os mercados. Da agenda econômica norte-americana, serão divulgados os dados de vendas e estoques no atacado em junho (11 horas de Brasília), os números semanais de estoques de petróleo bruto e seus derivados (11h30) e o resultado das conta do governo dos EUA em julho (15h).

Em meio a tudo isso, especialistas também lembram da proximidade dos vencimentos - de opções sobre ações, na segunda-feira, e de índice Bovespa futuro, na quarta-feira -, o que deve intensificar o perfil bipolar da Bolsa. "A nossa realidade hoje é essa: pânico e euforia", sintetizou o gestor de renda variável da Infinity Asset, George Sanders, ao jornalista Leandro Modé, do Grupo Estado.

Europa

As principais bolsas mundiais se recuperavam nesta quarta-feira, depois da alta registrada em Wall Street na véspera e da promessa do Federal Reserve (Fed, banco central americano) de apoiar a economia americana, mas os investidores ainda questionam se esta é apenas uma alta técnica ou com fundamentos mais sólidos.

Às 9H28 GMT (6H28 de Brasília), as altas eram de 1,35% no índice Footsie 100 de Londres, de 2,59% no Dax 30 de Frankfurt, 1,24% no CAC 40 de Paris e de 0,81% no Ibex 35 de Madri. O FTSE Mib de Milão operava de maneira estável (-0,01%).

Mais cedo, as bolsas asiáticas fecharam em alta e recuperaram parte das grandes perdas registradas no início da semana. Tóquio registrou ganhos 1,05%, Hong Kong de 2,34% e Seul de 0,27%. Sydney avançou 2,6%. A recuperação das praças asiáticas seguiu a tendência de terça-feira em Wall Street, onde o índice Dow Jones ganhou 3,98% e a Nasdaq 5,29%.

A tendência de alta das bolsas foi estabelecida após a decisão do Fed de manter a taxa básica de juros entre 0 e 0,25% pelo menos até meados de 2013, com o objetivo de apoiar o crescimento da maior economia mundial. O Fed anunciou ainda que examina novas medidas para enfrentar a conjuntura econômica do país, que registra um crescimento fraco, que no segundo trimestre foi de apenas 1,3% em ritmo anual.


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