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Estado de Minas

BCE estabeleceu condições muito específicas para a Itália

O BCE anunciou no domingo que aplicaria ativamente o programa de compra de títulos da dívida pública de países da zona euro em dificuldades


postado em 08/08/2011 08:01

O Banco Central Europeu (BCE) impôs condições muito concretas para a Itália em troca de apoio, informa o jornal Il Corriere della Sera, que menciona a necessidade de privatizações rápidas, incluindo empresas municipais, e de uma reforma do mercado de trabalho. As exigências foram dirigidas ao primeiro-ministro Silvio Berlusconi em uma carta "secreta" enviada entre quinta-feira e sexta-feira e assinada pelo presidente do BCE, Jean-Claude Trichet, e por Mario Draghi, que o sucederá em novembro, segundo o jornal.

A carta, qualificada pelo Corriere como quase um "programa de governo", estabelece uma lista de "medidas que devem ser adotadas, o calendários para sua aplicação e até os instrumentos legislativos que devem ser utilizados". O Corriere acrescenta que o presidente francês, Nicolas Sarkozy, e a chanceler alemã, Angela Merkel, pediram à Itália a adoção das medidas anunciadas até o fim de setembro.

A oposição pediu explicações sobre a carta. "O que realmente nos pedem o BCE e as instituições internacionais? Um governo impotente totalmente desacreditado e agora sob tutela deve ao menos dizer qual é a situação real", exigiu o líder do Partido Democrata (PD), Pierluigi Bersani. Berlusconi e o ministro das Finanças, Giulio Tremonti, anunciaram na sexta-feira a aceleração de um pacote de austeridade aprovado pelo Parlamento para alcançar o equilíbrio orçamentário a partir de 2013, ao invés de 2014.

Bolsas europeias em altos e baixos

As principais bolsas europeias operavam nesta segunda-feira de maneira instável, oscilando entre a esperança de uma intervenção do Banco Central Europeu (BCE) e o temor pelas economias mundiais após o rebaixamento da nota da dívida americanas. Depois de abrir em baixa, a maioria das praças do continente operavam de maneira positiva por alguns minutos,

quando as intervenções das autoridades do G7 e do BCE deram a impressão de ter evitado um movimento de pânico.

Mas com o passar das horas perderam terreno. Às 9H30 GMT (6H30 de Brasília), Paris perdia 1,83%, Frankfurt cedia 2,25% e Londres operava em baixa de 0,34%. Madri e Milão, que chegaram a operar em altas expressivas, também registravam leves baixas. As duas praças abriram empolgadas com o anúncio de uma intervenção do BCE no mercado de títulos, mas o frenesi passou rápido. Atenas perdia 4,79%.

O BCE anunciou no domingo que aplicaria ativamente o programa de compra de títulos da dívida pública de países da zona euro em dificuldades, sem especificar as nações, mas os investidores imediatamente pensaram em Espanha e Itália.


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