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Estado de Minas

Médicos fazem pressão para acordo com planos de saúde


postado em 08/04/2011 06:00 / atualizado em 08/04/2011 07:54

 

Na região hospitalar de BH, clientes sem atendimento e médicos revoltados se cruzaram. Ao mesmo tempo, a Assembleia Legislativa serviu de palco para um protesto dos líderes das entidades de classe dos médicos e deputados que apoiam a campanha pela correção dos repasses aos profissionais feitos pelos planos de saúde.
 

O deputado estadual Carlos Mosconi, presidente da Comissão de Saúde, disse que a Casa vai tentar abrir a negociação entre as partes, convidando as operadoras para tentar um entendimento com os médicos. “Se não for possível estabelecer um acordo, vamos partir para outras iniciativas, como a proposição de lei ou a pressão política nesse sentido, prevendo o repasse integral aos médicos do reajuste pago pelo cliente à operadora”, afirmou.

O presidente da Comissão de Defesa do Consumidor da Assembleia, deputado Délio Malheiros, informou que buscará envolver a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). “A agência tem de estabelecer uma cláusula de reajuste na regulação do setor, definindo valores dignos para pagamento aos médicos”, disse.

Manifestação

Profissionais protestaram nessa quinta-feira na região hospitalar de BH. No consultório da endocrinologista Ivana Victória, que funciona num edifício vizinho ao Hospital das Clínicas (HC), apenas os três pacientes que pagaram a consulta particular foram atendidos. “Infelizmente, os honorários pagos pelas operadoras estão defasados. Hoje (ontem), vim atender três clientes (particulares)”, disse a especialista, acrescentando que os pacientes custeados pelos planos foram avisados com antecedência de que teriam a consulta remarcada.

Outro médico, que prefere o anonimato por temer retaliações das operadoras, revela que cobra R$ 250 pela consulta particular e recebe “somente R$ 50” quando o serviço é pago pelos planos de saúde. “É uma grande diferença”, compara. Em um dos prédios da Rua dos Otonis, ocupado por dezenas de consultórios e empresas do setor, poucos profissionais apareceram para trabalhar, conforme informou um dos vigias. “Estão revoltados com os planos de saúde”, disse o porteiro.


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