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Estado de Minas CARDÁPIO PRAIANO

Deu praia na Savassi: bar serve petiscos e drinques com sabor de mar

'Sou do Rio de Janeiro, da Região dos Lagos, então vem daí a minha paixão pelo mar e pela pesca', diz o chef Zito Cavalcante, fundador do Tibú Bar Navegante


24/03/2023 14:37 - atualizado 24/03/2023 14:37

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Azul como o mar, o drinque La Belle de Jour tem sabor de coco e decoração praiana (foto: Estúdio Grampo/Divulgação)
Navegue com tranquilidade pelas águas salgadas e sinta o sabor da maresia. O convite é para viver uma experiência praiana no coração da Savassi. Idealizado por Zito Cavalcante, o Tibú Bar Navegante chega para ocupar a esquina triangular da Avenida Getúlio Vargas com a Rua Alagoas. O cardápio de petiscos e drinques brinca com as referências do chef, que cresceu no litoral.
 
“Sou do Rio de Janeiro, da Região dos Lagos, então vem daí a minha paixão pelo mar e pela pesca. Mas isso diz muito sobre saudade também. É uma forma de me conectar com as minhas raízes e me sentir um pouco em casa”, aponta o fluminense, que nasceu em Cabo Frio e morou em São Pedro da Aldeia antes de vir para Belo Horizonte.
  
A maior parte das mesas e cadeiras ficam na rua, ao ar livre, formando um “calçadão” em toda a extensão da fachada. O clima é de descontração, como se os pés estivessem na areia, a poucos passos do mar.
 

Na área interna, que passou por reformas para virar bar (toda a estrutura da cozinha foi construída), destaca-se a pintura de um pescador manuseando sua rede, com o barco ao fundo. Cordas náuticas fazem as vezes de lustres pendentes.
 
“Falo que o Padú é como se fosse um restaurante de fim de semana da praia e o Tibú, o bar dos nativos, do lanche, da cervejinha de quarta para assistir ao jogo de futebol, do galeto para comer em casa com a família”, aponta Zito, numa comparação com o seu restaurante, aberto há três anos e meio no Santo Antônio, que também navega pelas ondas do mar.
 

pastel de polvo com cerveja tibu bar navegante bh
Chamados de iguarias, os pastéis podem ter recheio de polvo (foto: Estúdio Grampo/Divulgação)

A grafia dos nomes é outro ponto convergente e virou marca registrada do chef (ele já foi dono do Kurú).
 
O cardápio foca em petiscos clássicos, a começar pelos bolinhos, apelidados de pelotinhas. O de bacalhau com azeitonas pretas inaugurou essa categoria. “Como a cultura portuguesa no Rio é muito forte, comemos bacalhau o ano inteiro e os bolinhos são muito comuns na mesa de bar”.
 

Mas o de lá não é igual aos portugueses. Para diferenciar, Zito fala que é um bolinho com bacalhau. A massa é de batata e o recheio, cremoso e suculento, ganha liga com natas feitas na casa.
 
Os pastéis são chamados de iguarias. Não é para menos, já que ninguém resiste a uma massa crocante e recheada. Surpreende o de polvo, realmente uma raridade por aqui. Siga a sugestão do chef: a cada mordida, adicione uma colherada de vinagrete para sentir o frescor do mar. A maionese de leite de coco é outra opção interessante de acompanhamento.
 
Bar de praia pede uma porção de peixe frito, não é mesmo? Zito entrega uma versão simples, mas extremamente saborosa. As iscas de surubim ficam marinando no tucupi com coentro, alho e outros temperos. Depois são empanadas na farinha de trigo e fritas. Chegam à mesa sequinhas, acompanhadas de dois clássicos de praia: limão e molho rosé de catchup com maionese.

Foco no sabor 

“Não uso tucupi por ser diferente, não. É um ingrediente tão maravilhoso que está no meu dia a dia. Uso para temperar porco e outras carnes além do peixe”, conta o chef, que sempre busca sabor através dos temperos, por mais básica que seja a receita.

Por esse motivo, a cozinha, que fica sob o comando da paraense Adriana Rente (“cria” do Padú), faz todos os processos, desde curar e defumar as carnes a preparar os molhos.

tibu bar navegante bh esquina getulio vargas com alagoas
A maior parte das mesas e cadeiras ficam na rua, ao ar livre, formando um 'calçadão' em toda a extensão da fachada (foto: Caio Filippo/Divulgação)
 
No cardápio, ainda tem espaço para beliscos tradicionais que são (quase) unanimidade: almôndegas de porco, língua e moela. Todos são servidos com molho de tomate.
 
Não deixe de experimentar o torresmo de abóbora. Esse curioso petisco surgiu por acaso, na urgência de atender, em um jantar, um cliente que não comia carne. Zito improvisou o prato: cortou o legume em cubos, passou no amido de milho, fritou e, sem querer, criou essa maravilha. A receita estava guardada para quando ele abrisse um bar.

A abóbora, temperada com coentro, cominho, pimenta e limão, fica ao dente. Para acompanhar, maionese verde.
 
Os drinques, criados pelo mixologista Cássio Batista, dividem as atenções com a cerveja gelada. Divertidos, nos levam à beira da praia. Tem até sombrinha colorida para enfeitar.

De tão azul, o La Belle de Jour chega a ser hipnotizante, remetendo a um mar cristalino. Além do licor, que colore a mistura, adiciona-se rum de coco, limão taiti e água de coco. Já amado pelos clientes, o Lágrima Nordestina combina cachaça e cajuína, bebida de caju típica do Nordeste. 
 
O bar serve pratos apenas na hora do almoço. Durante a semana, as opções são os escondidinhos com salada e sobremesa do dia. Entre eles, mandioca com carne serenada e requeijão de corte e inhame com cogumelos na manteiga. Dá para pedir acréscimo de arroz e feijão.

Já aos sábados e domingos, tem galeto assado para levar para casa ou comer no “calçadão” com arroz, feijão, maionese de batata e farofa de cebola na manteiga. A refeição completa serve três pessoas.

Serviço

Avenida Getúlio Vargas, 1585, Savassi
(31) 97197-5463 

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