Conferência Municipal de Cultura em BH é marcada por confusão e discussão

O primeiro dia da 7ª Conferência Municipal de Cultura em Belo Horizonte foi marcado por muita discussão e confusão. Pessoas presentes no evento acusam pessoas ligadas a partidos de direita da capital de irem até o local para causar tumulto e burlar as regras de votação.

A conferência vem acontecendo de forma online desde agosto e, neste final de semana, tem seus últimos dias no Teatro Francisco Nunes, dentro do Parque Municipal, na região Central da capital.

Este ano, o evento tem como tema "Democracia e Direito à Cultura” e vai aprovar as metas e orientações para as políticas culturais da capital mineira nos próximos anos. Além disso, serão eleitos os delegados representantes para a Conferência Estadual de Cultura.

 

A reportagem do Estado de Minas conversou com pessoas que presenciaram a discussão. Segundo elas, a manhã de sábado (16/9) ocorreu de forma normal. A confusão começou à tarde, quando uma representante dos povos originários de BH falou para o público presente, de cerca de 300 pessoas. A mulher foi reprimida pelos integrantes da oposição.

 

 

O clima no local esquentou e houve uma grande discussão, apartada pelos presentes. Durante a votação dos delegados, uma mulher tentou registrar o voto utilizando dois crachás, como se estivesse representando uma outra pessoas. O fato causou descontentamento das pessoas no evento e uma nova confusão se iniciou.

Desta vez, a Guarda Civil Municipal foi acionada para controlar os ânimos e garantir a sequência da votação. Apesar disso, nenhuma ocorrência policial foi registrada.

 

O evento seguiu para este domingo (17/9). Mesmo com atrasos, a manhã ocorreu normalmente. A expectativa é de que a votação se encerre no local por volta das 18h deste domingo.

 

Em contato com a reportagem, a Secretaria Municipal de Cultura disse que o incidente foi apenas uma “divergência de ideias” e que não precisou de uma atuação direta por parte das forças de segurança.