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Estado de Minas MÚSICA

Pitty e Nando Reis cantam "As suas, as minhas, as nossas" hoje em BH

Show desta terça (1/11) no Expominas promove a fusão dos repertórios dos dois artistas, com as canções convertidas para serem apresentadas em duo


01/11/2022 04:00 - atualizado 01/11/2022 11:11

Vestida de verde, Pitty recosta a cabeça no pescoço de Nando Reis, que, de costas para ela, veste camisa rosa
Pitty e Nando Reis mesclara suas respectivas bandas e sobem ao palco acompanhados por músicos que tocam com cada um deles (foto: Otavio Sousa/Divulgação)
 

"Olhando a obra de Nando, se percebe a riqueza das letras, composições, músicas atemporais e que marcam a vida das pessoas. Como seria jogar essas duas obras num liquidificador e ver o que sai disso? Eu sentia a alquimia possível, um sentimento de que ia dar bom. E deu. Um processo autofágico delicioso"

Pitty, cantora e compositora



Aos 59 anos, Nando Reis chegou aos 40 de carreira em 2022 – 20 deles como integrante dos Titãs. A carreira solo, que decolou a partir de sua saída da banda, duas décadas atrás, foi iniciada bem antes, com o álbum “12 de janeiro” (1995). Já naquela época ele tinha seu trabalho de cancionista reconhecido na voz de outras intérpretes.

Foi Marisa Monte, com “Diariamente” e “Ainda lembro” (1991, de seu segundo álbum, “Mais”), a primeira cantora a gravá-lo. E foi Cássia Eller quem o consolidou, com a série de músicas gravadas, sozinha e também em dueto com o próprio Nando. 

Desde então, a lista só aumenta: Ana Cañas (“Pra você guardei o amor”), Roberta Campos (“De janeiro a janeiro”), Elza Soares (“Concórdia”), Negra Lee (“Negra livre”), Anavitória (“N”), todas elas gravaram Nando em companhia do próprio. Pitty entrou para a turma em janeiro de 2021, a partir de um registro despretensioso de “Relicário” para o programa “Saia justa”, que ela então apresentava. 

Este foi o ponto de partida para que formassem um duo – Pittynando, uma brincadeira no gerúndio – que iniciou uma vitoriosa turnê em meados deste ano. “As suas, as minhas e as nossas” chega nesta terça-feira (1/11) a Belo Horizonte. Vai ser uma noite de casa cheia. 
 

"Olhando a obra de Nando, se percebe a riqueza das letras, composições, músicas atemporais e que marcam a vida das pessoas. Como seria jogar essas duas obras num liquidificador e ver o que sai disso? Eu sentia a alquimia possível, um sentimento de que ia dar bom. E deu. Um processo autofágico delicioso"

Pitty, cantora e compositora

 

Novo local

Quando o show foi anunciado, cerca de dois meses atrás, os ingressos esgotaram-se em poucos dias. Tanto que o local original da apresentação, a Serraria Souza Pinto, foi trocado para o Expominas – como o espaço é muito maior, há ingressos ainda disponíveis. A dupla mineira Clara X Sofia vai abrir a noite.

É um show só em que tudo é dividido, tanto o repertório quanto a banda. No palco, Pitty e Nando vão se apresentar com Martin Mendonça (guitarra), Daniel Weksler (bateria) e Paulo Kishimoto (lap steel e percussão), que regularmente tocam com ela, mais Felipe Cambraia (baixo) e Alex Valey (teclados), que integram o grupo dele.

Pitty assina a direção geral de “As suas, as minhas, as nossas”. “Foi a primeira vez que dirigi um show desse tamanho. É um show novo que apresenta as músicas que as pessoas conhecem,  mas de um jeito que elas nunca ouviram, com novos arranjos, sendo revisitadas de forma bem ousada, com uso de mashup, de sample, usando sample de uma música na outra. Por isso tem uma simbiose, uma interação bem grande, não é o show de Pitty nem de Nando, é realmente uma terceira coisa, que era a proposta que a gente queria”, diz.
 
A ideia, de acordo com Pitty, “veio do desejo de criar uma coisa nova a partir das nossas canções. Juntar essas canções, mas de forma desconstruída e revista, num novo universo. Olhando a obra de Nando, se percebe a riqueza das letras, composições, músicas atemporais e que marcam a vida das pessoas. Como seria jogar essas duas obras num liquidificador e ver o que sai disso? Eu sentia a alquimia possível, um sentimento de que ia dar bom. E deu. Um processo autofágico delicioso”.
 
Nando comenta que é difícil escolher uma preferida da colega de palco, mas que tem lá suas predileções: "É muito relativo esta questão de música favorita, mas eu amo cantar 'Na sua estante' e 'Temporal', que são as músicas que apresento quase que solo."  
 
 

Palco democrático

O repertório, com mais de 20 canções, é bem democrático. De Nando estão músicas como “Do seu lado”, “Cegos do castelo”, “All Star”, “Por onde andei” e a já citada “Relicário”. Já de Pitty também há um passeio por sua discografia, iniciada em 2003 com o álbum “Admirável chip novo”. No show,os dois interpretam, além desta, “Na sua estante”, “Memórias”, “Me adora” e “Máscara”.
 
"Eu conheço o trabalho da Pitty desde que ela surgiu como cantora e, ao longo desses anos, o trabalho dela se impôs e eu sempre a admirei pela sua personalidade e, claro, pela qualidade do seu trabalho, sem dúvida", comenta Nando. 
 
“Foi um trabalho longo, meses e meses decupando as obras. Tivemos que entender quais músicas faziam sentido para esse show em particular e quais das minhas dialogavam com as dele. Foi um processo artesanal mesmo, fiz essa direção musical com Paulo Kishimoto e fomos estudando referências, timbres, instrumentação”, acrescenta Pitty.

A pré-estreia deste show foi em junho, no festival João Rock, em Ribeirão Preto. O primeiro encontro no palco ocorreu exatamente um ano depois que os dois lançaram o single “Um tiro no coração”, lado B de Nando composta nos anos 1990 e gravada primeiramente por Cássia Eller. Seu registro da canção ao lado de Sandra de Sá integra o álbum “Participação especial”, lançado em 2002, um ano após a morte da intérprete.

O próprio Nando gravaria “Um tiro no coração” (há inclusive um registro dele dividindo os vocais com Cássia) até resgatá-la no ano passado. A versão com Pitty chegou às plataformas em junho de 2021. Eram ainda os tempos de pandemia, e os versos – “Eu fecho os vidros pelo fim da tarde/E o sol sumindo deixa a escuridão/Que cai tingindo em sangue a minha carne/Um tiro no coração” – ganharam outro sentido.

Ainda não houve anúncio de um álbum de Pittynando – eles só querem saber de estrada. Oficialmente, a turnê “As suas, as minhas, as nossas” começou em agosto, no Recife. Com a agenda cheia – e conciliando as datas com suas apresentações solo – os dois seguem juntos, por ora, até dezembro.
 
"Estamos tentando agendar uma gravação de um registro dessa turnê, mas temos um problema de agenda grande. Temos uma música inédita, e queremos gravar, mas não conseguimos conciliar mesmo", conclui Nando. 

"AS SUAS, AS MINHAS E AS NOAS"
• Show de Pitty e Nando Reis.
• Abertura com Clara X Sofia.
• Nesta terça (1/11), a partir das 20h, no Expominas,
• Avenida Amazonas, 6.200, Gameleira.
• Ingressos disponíveis apenas para Front Stage, setor em frente ao palco: R$ 500 e R$ 250 (meia para as categorias por lei e também social, para quem levar 1kg de alimento não perecível).
• À venda pelo link ingressos.meep.com.br/pittynando.
• Informações: (31) 99066-5678 









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