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Estado de Minas PARA OS PEQUENOS

Semana da Criança em BH tem atrações de outros estados

Circuito Municipal de Cultura promove programação que se estende até domingo; grupo Carroça de Mamulengos, do Ceará, é uma das atrações desta terça (12/10)


12/10/2021 04:00 - atualizado 11/10/2021 20:54


Tanto no ambiente virtual quanto presencialmente, a oferta de atrações e atividades para as crianças é vasta e  diversificada  nesta terça-feira (12/10) e também no restante da semana. No âmbito do poder público, está em curso, desde sábado passado, a semana da  Criança no Circuito Municipal de Cultura , que se estende até o próximo dia 17. 

Para hoje estão previstas duas ações: o espetáculo “ Histórias de teatro e circo ”, com o grupo  Carroça de Mamulengos , de Juazeiro do Norte ( CE ), com transmissão pelo  YouTube da Fundação Municipal de Cultura , pelas redes e pelo site do Circuito Municipal de Cultura, e o evento “Cordão Brincante”, com o grupo Bolhaterapia, que será realizado no CRAS - Centro de Referência de Assistência Social, que fica na rua Pedro de Cintra, 77, no Taquaril.

Diversas outras ações voltadas para o público infantil estão previstas para os próximos dias. Um dos destaques da programação é o “ Encontro para brincar ”, com o brincante Roquinho, que vai circular por quatro ocupações na Região Metropolitana de Belo Horizonte: Dandara, Esperança, Vitória e Eliana Silva, que também recebe a oficina “Da Brincadeira à Arte”, no dia 17, das 15h às 17h. 

“É a primeira vez que a gente faz esse tipo de ação nas ocupações, que é bem o lema e a diretriz do projeto, ‘Para todo lado, para todo mundo’. A gente busca isso, contemplar públicos cada vez maiores e diversificados. É uma tentativa de levar atrações para pessoas que talvez não tivessem acesso”, diz Regina Célia, coordenadora do Circuito Municipal de Cultura.


FOLCLORE 

Outro destaque é o espetáculo “Na conchinha de Cascudo”, que ocupa o palco do Teatro Raul Belém Machado, aberto ao público, no próximo sábado. Inspirado no universo do folclorista, historiador e escritor Luís da Câmara Cascudo, a atração explora o potencial lúdico da cultura brasileira. 

No espetáculo, a contadora de histórias, cantora e compositora Jhê narra, com estilo dinâmico, contos de encantamento, contos de animais e contos de fadas recolhidos pelo folclorista. A trilha, composta especialmente para o espetáculo, traz canções e temas instrumentais executados ao vivo pelo violonista e compositor Thiago Amud. 

Além da música, que integra as histórias e se transforma nos personagens, objetos cênicos são utilizados como ferramenta para que o enredo fique ainda mais sugestivo, como um convite à brincadeira.

Regina aponta, a propósito, que toda a programação desta Semana da Criança é orientada pela ideia do brincar. “Em julho deste ano a gente fez um fórum virtual, em parceria com a Secretaria de Educação, discutindo o que é o brincar, como se constrói uma programação pensando nisso, a partir de quais diretrizes. A partir desse fórum é que fizemos a curadoria para montar a programação, pensando nessa criança que participa, que não é uma simples espectadora”, destaca.


BRINCAR 

O brincante Roquinho, ela ressalta, é uma referência nesse tema. Ele desenvolve uma pesquisa de alcance nacional sobre a conceituação do brincar. O tema também está incluído na programação da Semana da Criança por meio de pílulas, que estão sendo postadas no Instagram do Circuito Municipal de Cultura, sob o título “No meu bairro se brinca de…”. 

Realizadas pela produtora Ponta de Anzol (BH), as pílulas audiovisuais buscam resgatar as brincadeiras tradicionais, como pique-esconde e pega-pega, criando uma espécie de mapeamento do que se brinca em cada bairro da cidade.

EXPANSÃO 

Regina Célia destaca que a Semana da Criança era realizada pela Fundação Municipal de Cultura apenas no âmbito dos teatros públicos da cidade e que, este ano, foi abarcada pelo Circuito Municipal de Cultura, o que possibilitou a expansão de suas atividades. 

“A gente faz uma programação mais diversa, maior, levando a programação para a cidade. Temos muitos destaques este ano, o Carroça de Mamulengos, que traz muito essa ideia do brincar para a esfera da teatralidade e do circo. O grupo Pé de Sonho, que faz uma apresentação virtual no próximo domingo, numa programação associada com a Virada Cultural, também lida com brincadeira musical. São ações do virtual que correm paralelamente a algumas atividades presenciais que a gente vai retomando lentamente”, diz.

“Histórias de teatro e circo”, que será transmitido às 11h, é um espetáculo que grava toda a trajetória da Carroça de Mamulengos. Uma obra que nasceu junto com a própria companhia e que, desde então, vem formando todos os integrantes, que já alcançam a terceira geração de atores e brincantes. 

Regina observa que, assim, esse espetáculo carrega o tempo vivido, um modo de fazer arte a partir da vivência, além de estruturar um método que hoje a companhia Carroça de Mamulengos chama de Pedagogia Brincante, e todas as bases do viver, do ensinar e do aprender são cenas desse espetáculo.

Já a atividade “Cordão Brincante”, do grupo Bolhaterapia, que começa às 13h, é um evento com quatro horas de duração, que contempla oficinas de confecção de brinquedos de bolhas de sabão e prática de bolhas gigantes, concebido e realizado por Raphael Xavier Costa e Andresse Maria Gnoatto, com o intuito de dar um novo significado ao espaço público e aprimorar o contato da criança com a natureza através da Bolha de Sabão.

SEMANA DA CRIANÇA NO CIRCUITO MUNICIPAL DE CULTURA
Programação completa no site www.circuitomunicipaldecultura.com.br. As atrações on-line serão transmitidas pelo  www.youtube.com/canalfmc www.instagram.com/circuitomunicipaldecultura  e  www.facebook.com/circuitomunicipaldeculturabh
Até 17/10, gratuito e com classificação livre.

O PAI DA TURMA DA MÔNICA EM BATE-PAPO

Outra boa opção para curtir com a gurizada neste Dia das Crianças é a entrevista que Mauricio de Sousa, criador da “Turma da Mônica”, concedeu ao presidente da Academia Mineira de Letras (AML), Rogério Faria Tavares, que vai ao ar a partir das 11h e segue disponível na página do YouTube da instituição. No vídeo, intitulado “A vida e a arte de Maurício de Sousa”, o desenhista relembra fatos de toda a sua trajetória, desde a infância em Mogi das Cruzes (SP).

“Eu quis muito trazer o Mauricio para essa conversa para comemorar o Dia das Crianças. Talvez ele seja um dos artistas mais importantes do Brasil no que se refere a atuação para crianças. Cebolinha e Mônica são personagens que estão há mais de 60 anos acompanhando as infâncias”, diz Tavares, acrescentando que uma primeira parte da entrevista é bastante focada no período em que Mauricio brincava livremente pelas ruas de sua cidade natal.

“Alguém que escreve há mais de 60 anos histórias de criança para criança deve ter uma relação muito especial com a infância. Ele fala da infância em Mogi das Cruzes, pescando e nadando no rio, jogando bola na rua. Fala também que as portas das casas ficavam todas abertas e, quando dava fome, ele e os amigos entravam em qualquer uma e eram bem recebidos para lanchar. O pai e a mãe dele eram muito ligados às artes, isso favoreceu muito a formação dele. Ele conta que uma vez o pai fez um desenho imenso na parede da casa e aquilo ficou lá. O Mauricio teve sorte de ter pais que tinham essa sensibilidade artística”, aponta o presidente da AML.

Ele adianta que a conversa segue com o entrevistado recordando a ida para a cidade de São Paulo e o ingresso no jornal "Folha da Manhã", onde, antes de atuar como desenhista, trabalhou como revisor e como repórter policial. 

Ele fala sobre os primeiros personagens e sobre como criou a Mônica, a Magali, o Cebolinha e o Cascão: as meninas foram inspiradas nas filhas e os meninos em antigos colegas de infância. O sucesso das revistas e o êxito no cinema e no teatro também ganharam comentários do cartunista, que detalhou o processo de internacionalização da Turma da Mônica.

“Ficou muito legal a entrevista. Tem uma frase muito bonita dele, que é: ‘Eu não sei ser infeliz’. Ele diz que não consegue escrever uma história com final triste. Mais para o fim da conversa, perguntei o que mudou na criança brasileira ao longo das últimas décadas, e ele considera que, apesar de toda a parafernália que surgiu, não mudou nada, a essência da criança de hoje é a mesma de há 60 anos.”

“A VIDA E A ARTE DE MAURICIO DE SOUSA”
Palestras online, nesta terça (12/10), 


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