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Estado de Minas

Victor Dzenk compartilha, em Lagoa Santa, os trabalhos da primeira turma do projeto 'Costurando Sonhos'

Muito mais que gerar empregos ao qualificar mulheres em situação de vulnerabilidade, o projeto social tem a preocupação em fomentar autoestima, autonomia e geração de renda


postado em 13/12/2019 16:52 / atualizado em 13/12/2019 19:46

Projeto social Costurando Sonhos foca em qualificar mulheres em situação de vulnerabilidade(foto: Yara Chaves/divulgação)
Projeto social Costurando Sonhos foca em qualificar mulheres em situação de vulnerabilidade (foto: Yara Chaves/divulgação)
 
 
Mãos calejadas pelo tempo seguram firme a tesoura que corta o tecido estampado de flores coloridas. Essas mesmas mãos, de mulheres simples de Lagoa Santa, recolhem as tiras de pano – descarte têxtil – e as colocam sobre uma grande mesa. O olhar atento, sem desviar do propósito final, inicia-se o trabalho de costura. Cada vez que a agulha perfura o pano, a linha entrelaça na fibra e, desse vaivém na trama, surgem sousplats, almofadas, pufes customizados, porta-pratos e porta-copos. 
 
Estilista Victor Dzenk com o grupo do projeto Costurando Sonhos, em Lagoa Santa(foto: Yara Chaves/divulgação)
Estilista Victor Dzenk com o grupo do projeto Costurando Sonhos, em Lagoa Santa (foto: Yara Chaves/divulgação)

Estamos falando do projeto “Costurando Sonhos”, que em setembro desse ano foi relançado em Lagoa Santa pelo estilista Victor Dzenk. Trata-se de uma um desejo antigo do estilista em poder resgatar a autoestima das mulheres região de Lagoa Santa. Muito mais que ganhar dinheiro, a responsabilidade social do projeto é querer que essas mulheres guerreiras sejam as protagonistas de suas próprias histórias. 
 
Sousplat(foto: Victor Dzenk/Divulgação)
Sousplat (foto: Victor Dzenk/Divulgação)
 

“É com muita satisfação e amor que inauguramos esse projeto em Lagoa Santa. O projeto já era realizado na região da gruta da Lapinha, sob a direção da minha mãe e minha tia e agora chegamos a Lagoa Santa com aulas de costura,  aproveitando o descarte têxtil da minha empresa, onde faremos sousplats e porta-copos na primeira etapa e, em seguida passaremos para novos desafios que contemplam confecção de camisetas ate chegar nos vestidos. Paralelo às oficinas de bonecas e outras haverá também acompanhamento de profissionais e psicólogos para trabalhar a autoestima e ensinado essas mulheres a empreenderem  no mundo da moda”, conta Victor Dzenk 

Porta-pratos de fuxicos(foto: Victor Dzenk/Divulgação)
Porta-pratos de fuxicos (foto: Victor Dzenk/Divulgação)
Desta forma, o “Costurando Sonhos” vislumbra o aprimoramento profissional na produção de peças para o mercado da moda que carece de mão de obra especializada. Oficinas de corte e costura, bordado e bonecas macramê serão ofertados à comunidade de Lagoa Santa.
 
Amanhã, 14 de dezembro, ocorre confraternização da primeira turma do projeto "Costurando Sonhos" com café da manhã e exposição dos produtos.
Horário: 9h às 12h
Local: Rua Julieta Alvarenga, 279, Bairro Joana D'Arc, Lagoa Santa 
 
 
 
AUTOESTIMA
Alunas da oficina de corte e costura(foto: Yara Chaves/divulgação)
Alunas da oficina de corte e costura (foto: Yara Chaves/divulgação)


Chegando ao fim do primeiro módulo, que ensinou mulheres de baixa renda a produzir utilitários com resto de tecidos, o Victor Dzenk é só expectativas. “Além de reduzir o descarte têxtil – o que é uma necessidade urgente da indústria da moda –, temos apoiado a formação de mão de obra especializada, inclusive, capacitada para trabalhar com máquinas de costura industriais. Nosso plano é seguir em frente, formando alunas, até mesmo especialistas na confecção de vestidos sofisticados”, anseia ele.
 
Sousplat e pufes(foto: Victor Dzenk/Divulgação)
Sousplat e pufes (foto: Victor Dzenk/Divulgação)
Apesar de diferentes e de ocorrerem em contextos totalmente distintos, os projetos têm objetivos em comum: ensinar um ofício, resgatar saberes artesanais, e, acima de tudo, promover o empoderamento de comunidades carentes. A possibilidade de transformação e de elevar a autoestima dessas pessoas por meio da arte funciona como ideal de gente que parte para a ação.

Dzenk também é taxativo ao falar sobre a crença no poder transformador da arte. “Quando essas mulheres veem que criaram um produto de excelência, que aquele objeto foi talhado pelas mãos e com habilidade, percebem que são capazes de muito mais, ganham poder, autoestima, enxergam novos caminhos e possibilidades.”


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