O ioga está se tornando cada dia mais popular. Nos EUA, até 2012, apenas 9,5% da população americana praticava o ioga. Em 2017, pulou para 17% da população. Hoje, são mais de 37 milhões de pessoas fazendo ioga. Já existem cinco aeroportos naquele país com sala para a prática do ioga.
De acordo com Sat Bir, grande professor de ioga de Harvard, que esteve em Belo Horizonte há alguns dias proferindo palestra sobre o assunto na Faculdade de Medicina da UFMG, o ioga é ótimo preventivo para muitas doenças crônicas e o estresse.
Por que tal explosão? Por que as pessoas estão procurando praticar ioga?
As descobertas dos estudos de neurociências desta última década empolgaram não só os pesquisadores, mas influenciaram as comunidades que se preocupam com a melhoria da saúde em geral. As pesquisas já comprovam os enormes benefícios da prática. Ela tem entrado para programas de saúde física e mental de escolas e comunidades ao redor do mundo.
E aquele estigma de que ioga é só para jovens belas, magras, flexíveis e de classe média alta já caiu por terra. As pessoas já sabem que ioga não é moda, mas sim uma prática muito saudável e que deveria ser feita por todos. Os benefícios abrangem várias áreas e não ficam apenas no meio fitness, de fazer algumas posturas lindas, desenvolver uma musculatura bonita e ser muito flexível ou ser moda. Vai além, muito além.
Mas quais são os benefícios do ioga?
O ioga é capaz de proporcionar um relaxamento profundo e uma mudança neurofisiológica geral. Há uma enorme diminuição da produção de cortisol, regulando o sistema nervoso autônomo (SNA). Essa regulação se torna automática e, ao longo do tempo, o praticante vai sentir uma mudança geral em seu bem-estar.
As posturas promovem flexibilidade e aumento do tônus muscular. Aumenta a irrigação sanguínea em todo o corpo e cérebro. Com isso, ocorre a neuroplasticidade, o aumento das conexões neuronais e melhor funcionamento da memória, cognição e criatividade. Diminuição dos quadros depressivos, ansiosos e compulsivos. Ocorre uma diminuição das dores crônicas. O volume cerebral aumenta de tamanho nos praticantes de ioga, o que confirma o melhor aproveitamento do cérebro e de suas funções.
A meditação faz parte do conjunto da aula, bem como exercícios de respiração, que levam a um estado de transcendência, foco, estado de “flow” e conexão maior.
Pessoas que têm uma mente acelerada e não conseguem parar de pensar aprendem, enquanto praticam as posturas, a focar seu pensamento nos exercícios e na respiração. Assim, conseguem desenvolver foco e desacelerar essa mente inquieta.
Quando você medita, segura sua atenção no presente. E, depois de um tempo praticando, você entende que não é apenas pensamentos. Mas que eles vêm e vão. E, assim, aprende a reagir aos pensamentos quando eles chegam de uma forma mais tranquila. E passa a escutar o que antes não ouvia, algo mais profundo, que vem lá de dentro.
Além disso, pode mudar as respostas de seus genes, diminuindo as respostas de inflamação, as chances de desenvolver doenças inflamatórias e doenças autoimunes, diabetes, cólon irritável, enxaquecas, alergias ou até mesmo retardar o aparecimento delas ou as chances de um câncer. Os efeitos mais rápidos são a diminuição da pressão arterial, diminuição de respostas de estresse, controle dos genes de inflamação e diminuição da ansiedade. Após dois meses de aulas seguidas, a melhora em seu estado geral é significativa. Você não sabe como, mas vai acordar e dizer a si mesmo: “Como estou diferente! Minha vida tem melhorado em tudo!”.
O ioga traz o resultado do fitness que todos procuram, uma regulação geral dos mecanismos automáticos do organismo, um maior controle das emoções, do estresse, melhora as respostas genéticas e melhora sua saúde mental. Claro, aumentando seu propósito de vida, abrindo, sem perceber, novos caminhos, que dão mais significado à sua vida. Ioga faz bem!
Experimente! E, daqui a dois meses, me conte como está se sentindo!