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Estado de Minas OPINIÃO SEM MEDO

Bonner no meio, Renata na ponta, Lula de atacante: no JN, gol da Globo

Lula mentiu, tergiversou, deitou e rolou. Mas só há palhaço se houver plateia, e Bonner e Renata se permitiram tal papel


26/08/2022 08:09 - atualizado 26/08/2022 08:21

Lula na bancada do Jornal Nacional junto com Bonner e Renata Vasconcelos
(foto: Reprodução/TV Globo)
Eu poderia usar o tradicional jargão do vôlei, e dizer que William Bonner e Renata Vasconcellos levantaram dezenas de bolas para Lula da Silva, o meliante de São Bernardo, cortar. Porém, como gosto de futebol, prefiro dizer que os três citados acima formaram um ataque goleador, quase tão bom quanto o do Galão da Massa, campeoníssimo ano passado - eita saudade!!

A entrevista começou com Bonner, quase pedindo desculpas por perguntar, falando de corrupção. Como sabido e esperado, o líder do petrolão esquivou-se, correu para lá, correu para cá, mas acabou admitindo que, sim, houve corrupção nos governos do PT, mas logo mudou de assunto, culpando a Lava Jato com a aquiescência dos entrevistadores. Até este momento, Lula parecia velho e cansado.

Talvez sentido a pouca energia do candidato preferido, Renata decidiu dar um gol de presente, e só faltou escrever o roteiro da presepada sobre PGR, PF e outras falácias mais. Em seguida, revigorado, à vontade, sentado como numa mesa de bar, o chefão petista fez papel de locutor de programa eleitoral e desfilou um monte de números e dados positivos sobre seu governo, escondendo, obviamente, os negativos.

CULPA DOS OUTROS


Nessa hora, Bonner deve ter pensado: “pô, nem disfarça”. E resolveu lembrar o criador (Lula) da catástrofe da criatura (Dilma). Parecia que haveria algum tipo de cobrança, ainda que pequena, mas… ledo engano! O “barba” até ensaiou, como no caso da corrupção, algum tipo de “mea culpa”, mas logo inocentou a estoquista de vento e responsabilizou Eduardo Cunha e Aécio Neves pela maior recessão da nossa história.

O mensaleiro chegou a dizer que o desastre econômico de sua “poste” foi pelo bem do País, para preservar os empregos e blá blá blá. Foi um malabarismo tão grande, mas tão grande, que Bonner tentou dar uma catimbada e cobrar alguma coerência, mas foi nessa hora que o pai do Ronaldinho dos Negócios viveu seu melhor momento, e proferiu um discurso eleitoral acalorado, sem a menor contra-reação dos entrevistadores.

Que Lula é um hábil “Rolando Lero”, todos nós sabemos. É mestre na arte da embromação e do tergiversionismo. Mentir, então, só não é melhor que Jair Bolsonaro, o verdugo do Planalto. Mas só há palhaço se houver plateia, e Bonner e Renata se permitiram a tal papel. O bilontra petista, na cara dura, perguntou: “você acha que mensalão é pior que orçamento secreto”? E os embasbacados jornalistas nem sequer responderam. Que vergonha!!

RACHADINHA X MENSALÃO


Sim, leitor amigo, leitora amiga, ele mandou essa, sim. Fez o que fazem os bolsonaristas, que relativizam as rachadinhas porque menores que a roubalheira lulopetista. E em seguida acabou ajudando Bolsonaro, dizendo que ele não consegue fazer nada, pois o centrão manda em tudo. Pô, Lula!! Nem o  amigão do Queiroz mandaria tão bem. Se o presidente está no colo do centrão, você, na sua época, comprou o centrão. Ou não?

E voltou a fazer discurso político, enganador, mentiroso com a conivência obsequiosa da bancada entrevistadora. Aliás, declarou que “sente inveja de Alckmin” e deu a entender que Janja (sua esposa) e dona Lú (esposa do chuchu) são BFF (Best Friends Forever). Mais um pouco e se declararia tucano desde criancinha. Taqueopariu, viu? Nada como precisar vencer as eleições em São Paulo, berço histórico do tucanato brasileiro.

Em seguida, olhando para a câmara, ou seja, para o eleitor, deu um show (para quem se deixa enganar, é claro), e conquistou alguns milhares de votos com o discurso de que ele, “o melhor presidente que o País já teve e o melhor governador de SP irão salvar o Brasil, para o povo voltar a sorrir e a comer seu churrasquinho”. Na boa, se há político mais hábil do que este - a despeito da idade - eu desconheço. Pena que é para o mal.

BONNER ATÉ TENTOU


Há que se fazer justiça a William Bonner, que, timidamente, vez ou outra, bem constrangindo, tentava emparedar o “sapo barbudo”. Falou sobre o “nós x eles”, mas levou outra engabelada na fuça. Falou sobre a ligação histórica do lulopetismo com os piores ditadores do mundo, mas foi driblado com facilidade outra vez. Em pequena defesa do apresentador, vale reconhecer a habilidade do falastrão barbudo.

Lula, claro, recuperou o rol de mentiras históricas: “o Brasil quebrou duas vezes com FHC, sou a favor da liberdade de imprensa, quero conciliar o País”. E disse respeitar a autodeterminação dos povos. Quem chamou o terrorista assassino, Mahmoud Ahmadinejad (iraniano que prega a destruição de Israel), de amigo, e o tirano líbio (que o capeta o tenha!), Muammar Al Gaddafi, de irmão, se preocupa com autodeterminação dos povos?

Querem saber? Lula da Silva, o meliante de São Bernardo, o líder do petrolão, o chefe do mensalão, o pai do Ronaldinho dos Negócios e todos esses apelidos bobos que dou a ele, “matou a pau” no JN. Seguramente ganhou votos (dos indecisos e dos que não gostam nem dele nem do devoto da cloroquina, mas que irão votar em alguém - eu não vou!!). Ele está velho, um pouco confuso, mas ainda é um orador sem igual. Pior. Consegue mentir com tanta paixão, que qualquer um, menos atento, se deixa levar por suas falácias cretinas. Eca.

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