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Estado de Minas OPINIÃO SEM MEDO

SAF Cruzeiro: 'Estendi a mão para o rival combalido e só apanhei'; entenda

Detesto chutar cachorro morto. Daí, fui dar guarida ao coirmão na sarjeta, e recebi socos e pontapés dos vaidosos


21/12/2021 15:08

Ronaldo e Sérgio Rodrigues
(foto: XP Investimentos/Divulgação)

Poxa, no Brasil do bolsonarismo, onde todos têm de espancar uns aos outros como forma de convívio (anti) social, nem caridade passa ilesa à 'porradaria' das redes.


Escrevi um texto ontem, segunda-feira (20), cheio de boas intenções, ainda que, obviamente, atleticano que sou, usando e abusando de ironias e provocações.

Mas o conteúdo, além de 100% verdadeiro e amparado em fatos e falas dos envolvidos, ao contrário do que poderia ser, foi em socorro do CSA-MG (Cruzeiro Sociedade Anônima).

Repito: o ex-CEC (Cruzeiro Esporte Clube) é de fato, atualmente, muito menor que o ex-atleta e atual empresário Ronaldo. Não há como negar a realidade.

Por exemplo: o Ronaldo entra na FIFA para visitar os poderosos de plantão. Já o Cruzeiro entra para responder processos e renegociar suas dívidas não pagas.

Mas, a despeito do 'hoje', a história da Raposa é infinitamente maior do que a do Fenômeno, ora bolas. Por isso, saí em defesa do time de coração, de tantos amigos de coração.

Ronaldo ainda não injetou um centavo nos cofres do CSA. Ainda não montou uma super diretoria, uma super comissão e um super time. A bem da verdade, nem sequer botou os pés em BH.

Mas tratou, lá de SP, terra de Andrés Sanchez - o parça de Lula da Silva, o meliante de São Bernardo, no rolo do Itaquerão -, que quer no Cruzeiro Novo, diga-se, de se promover.

Clube e ex-craque lançarão uma camisa número 9, com o nome do oportunista (empresário e marqueteiro) nas costas. Gol de mão, impedido, aos 50' do segundo tempo, sem direito a VAR. Explico.

Ronaldo achincalha publicamente o clube em suas entrevistas. Não que não seja verdade a situação de penúria dramática do CEC. Mas respeito é bom e todos gostam. E o que tem falado não é respeitoso, a meu ver.

Daí, fica na seguinte posição: se tudo der certo, encherá o cofre - na Espanha!! - com mais dinheiro e se transformará em salvador do rescaldo do terremoto. Se der errado, dirá que tentou, mas não foi possível, tadinho.

Compreendem? É um jogo de ganha x ganha para ele. Em tese, comprou um clube centenário, com títulos importantíssimos, dono de 8 ou 9 milhões de torcedores, por uma ninharia.

Assumir dívidas a serem pagas com o faturamento do clube, e não com o próprio dinheiro, e com a possibilidade de responder a execuções, morando no exterior, não é tão ruim assim, não.

Ronaldo, por ora, não é herói nenhum. Ao contrário. É apenas e tão somente um investidor, de olho em (mais!!) fama e fortuna, o que não é errado nem ilegal. Por isso não merece camisa em sua homenagem.

Mas se há vaidosos, ainda mais cheios de vaidade, a referendar o uso do clube pelo Fenômeno, quem sou eu, atleticano quebrado, sofredor que não ganha nada, para contestar?

É melhor eu me recolher ao meu timinho sem títulos, sem torcida, sem história, devendo até os tubos, vivendo de esmolas, né? Tá tão ruim ser atleticano, que preciso descontar minha frustração no sucesso espetacular da SAF das vaidades.

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