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Estado de Minas OPINIÃO SEM MEDO

Ou o Novo expulsa Bartô do partido ou pode mudar o nome para Arena

Se não era bastante o apoio do governador às barbaridades de Bolsonaro, agora há um deputado do DOPS


06/05/2021 07:18

Deputado estadual Bartô (Novo)(foto: Reprodução/Rede social)
Deputado estadual Bartô (Novo) (foto: Reprodução/Rede social)


operação policial que resultou na prisão de um rapaz, sem o devido mandado de prisão expedido pela Justiça, ocorrida sábado (01/5), sob o pretexto de “flagrante delito”, mas baseada em mera denúncia, nos remete aos tristes dias de ditadura militar vividos no País. 

Tanto pior quando o arbítrio é cometido sob o olhar atento, ou melhor cúmplice e conivente, de um parlamentar de um partido que se proclama liberal. Explico:

Durante a manifestação de bolsonaristas ocorrida neste 1º de maio, na Avenida Afonso Pena em Belo Horizonte, ovos foram atirados de um apartamento e quase atingiram os militantes que reivindicavam, dentre outras coisas, golpe militar e fim das medidas sanitárias contra a Covid-19

Acionada, a Polícia Militar se dirigiu ao imóvel - que o pessoal do Novo chama de “propriedade privada” -, o invadiu e levou preso Filipe da Fonseca Cezario, de 32 anos, suspeito de ser o autor do crime.

Na passeata antidemocrática e criminosa (também sob aspecto sanitário), estava o deputado estadual Bartô, do Partido Novo. O liberal, que aparentemente apoia o golpe militar e a disseminação do coronavírus, subiu com policiais ao apartamento e assistiu, impassível, à detenção de um cidadão amparada simplesmente por um vídeo (não apresentado no ato da prisão e nem divulgado até o momento).
Para piorar, o suspeito foi algemado - algo permitido apenas em situações muito específicas como resistência e ameaça à segurança da polícia - e conduzido de forma absolutamente rude, com Bartô auxiliando o arbítrio policial em curso.

O deputado tentou se explicar e deu uma desculpa qualquer para sua presença, e não convenceu ninguém, é claro. Bartô e boa parte do Novo, ao que parece, estão sofrendo uma espécie de crise de identidade. Afinal, liberal que “passa pano” para golpista autocrata; que apoia um governo fiscalmente irresponsável e que convive harmonicamente com o tal do centrão, não me parece assim tão liberal.

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