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Estado de Minas Bra$il em foco

Economia mostra resiliência mesmo com taxa de juro elevada

Para analistas, o fato de a atividade econômica mostrar resiliência neste início de ano está relacionado ao desempenho do setor de serviços e ao agronegócio


25/05/2023 04:00 - atualizado 25/05/2023 08:39
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O setor de serviços, que responde por cerca de 70% do PIB ajudou a tracionar a economia no primeiro trimestre deste ano
O setor de serviços, que responde por cerca de 70% do PIB ajudou a tracionar a economia no primeiro trimestre deste ano (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press - 15/4/22)


Quando os diretores do Banco Central se reunirem no Comitê de Política Monetária (Copom) nos próximos dias 20 e 21 de junho, o Congresso já deverá ter concluído aprovação das novas regras fiscais, desanuviando temores do mercado financeiro de um descontrole de gastos por parte do governo federal. Aprovado na Câmara, o novo ordenamento fiscal deve receber a chancela do Senado nas próximas semanas. Mas, além disso, os membros do Copom terão diante de si indicadores econômicos que desafiam as lógicas simplistas. De um lado, obedecendo ao gap de seis meses, com taxas de juros a 13,75% há quase um ano, a inflação registra desaceleração, como mostram os indicadores de preços no atacado. Mas por outro lado, a atividade econômica desafia uma das mais altas taxas de juros reais do mundo e apresenta crescimento acima das expectativas. O que explica essa aparente dicotomia?

Para analistas, o fato de a atividade econômica mostrar resiliência neste início de ano está relacionado ao desempenho do setor de serviços e ao agronegócio, além de um mercado de trabalho resistente à crise, assim como a expansão da massa salarial. “Até o Banco Central, no comunicado do Copom, ressaltou que o mercado de trabalho brasileiro se encontra resiliente e isso também ajuda a contribuir para a atividade crescer melhor do que a gente esperava. Por fim a recomposição da massa salarial também ajuda nessa atividade”, diz Gustavo Sung, economista-chefe da Suno Research. “A  gente tem que colocar a liberação do 13º para os aposentados e beneficiários do INSS, que deve dar suporte agora para os meses de maio e junho também para o consumo e isso é um fator que pode manter a economia firme também para o segundo trimestre”, acrescenta Lucas Carvalho, analista-chefe da Toro Investimentos.

Na outra ponta, a queda dos preços das commodities, como petróleo – no início de 2022, com a guerra na Ucrânia, o preço do barril tipo brent chegou perto de US$ 120 e houve que previsse que bateria em US$ 200 – e de produtos agrícolas como milho e soja, devem manter a inflaçao em queda. Para se ter ideia, o bairrl do petróleo do tipo brent era vendido ontem a US$ 78. Já os preços da soja, que estão hoje na casa dos R$ 137 por saca, estiveram próximos de R$ 200 no ano passado. Só neste ano, a queda é de mais de 25%, enquanto o milho teve redução superior a 35%, sendo comercializado agora a R$ 55,16 a saca. Essas quedas, assim como a mundança da política de preços da Petrobras contribuem para conter os reajustes de preços.

O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) registrou deflação de 1,53% este mês e em 12 meses acumula variação negativa de 3,49%, bem diferente do ano passado, quando no acumulado de 12 meses o IGP-10 registrava alta de 12.13%. Hoje, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), uma prévia do indicador de preços para este mês. A expectativa do mecado é que o indicador fique próximo de 0,6%, mas qualquer que seja o resultado, ele não terá capturado ainda a redução dos preços dos combustíveis pela Petrobras.

Apesar dos indicadores, Lucas Carvalho e Gustavo Sung descartam o início da redução da taxa básica de juros na próxima reunião do Copom. “Para a reunião de junho é manutenção de 13,75%, mas na de agosto, a própria alteração da política de preços da Petrobras, isso pode impactar para baixo a inflação e nós entendemos que entre agosto e setembro pode ser que a gente inicie o movimento de queda de juros”, avalia Lucas Carvalho. “Nós acreditamos em cortes no segundo semestre, nossa previsão para o fim do ano é de taxa de juros na casa de 12,50% e a gente mantém essa expectativa já há bons meses”, acrescenta. “Em relação à taxa de juros, ao nosso ver o Copom deve manter a taxa básica em 13,75% na próxima reunião”, reforça Gustavo Sung. Inflação em rota de queda e economia resistindo e crescendo acima do esperado, apesar dos juros, que vão continuar altos até o fim deste ano, quando devem chegar a 12,50%. Por agora, ficam mesmo em 13,75%.


Cafezinho

171,3 milhões

de sacas de café devem ser produzidas em todo o mundo na safra 2022-2023, o que representa, caso se confirme, um crescimento de 1,7% sobre 2021-2022.

Segurança

A contratação de seguros cresceu 10,7% na região Sudeste no primeiro trimestre deste ano, mostrando a preocupação do moradores da região com a segurança. E casa e previdência são as  prioridades, como mostram dados da Bradesco Seguros, que cresceu 11,8% no trimestre. O seguro residencial teve alta de 33,6% e os planos de previdência privada registraram crescimento de 15,2% nos primeiros três meses deste ano.

Energia

O complexo de geração fotovoltaíca Lar do Sol, em Pirapora, Minas Gerais, com capacidae para 239 megawatts (MW) de geração, firmou contrato com a Unipar, produtora de cloro e soda e PVC para o fornecimento de 49 MW a partir de janeiro do ano que vem. A empresa antecipou o contrato de compta da energia da usina em Pirapora. Além da energia solar, a Unipar tem projetos de geração eólica na Bahia e Rio Grande do Norte.

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