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Estado de Minas Bra$il em foco

Banco Central longe da política econômica e perto do mercado

Enquanto para os setores produtivos os juros já deveriam ter sido reduzidos, analistas do mercado financeiro esperam redução da Selic a partir do 2º semestre


05/05/2023 04:00

Diretores do BC mantiveram no comunicado da reunião que manteve a Selic a advertência de que podem elevar os juros
Diretores do BC mantiveram no comunicado da reunião que manteve a Selic a advertência de que podem elevar os juros (foto: Marcello Casal Jr/Agencia Brasil - 13/4/20)

Acompanhando os bancos centrais dos Estados Unidos e da Zona do Euro, o Conselho de Política Monetária  (Copom) do Banco Central manteve, na quarta-feira, a taxa básica de juros (Selic) em 13,75% pela sexta vez consecutiva e as reações após a decisão permitem perguntar se hoje a autoridade monetária é um órgão auxiliar na condução da política macroeconômica ou uma instituição atenta apenas às expectativas do mercado. Sempre com a ressalva de que a decisão é técnica, empresários da indústria, do comércio e dos serviços são unânimes em criticar a alta taxa de juros no Brasil, país hoje recordista em juro real no mundo. Já entre os agentes do mercado financeiro a análise é de que o cenário de incertezas e a inflação ainda elevada, apesar dos recuos nos últimos meses, justificam a manutenção da Selic no patamar atual. A consequência é uma trava na economia para impedir a aceleração dos preços, o que afeta o consumo, a produção e o emprego.

A crítica insistente do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em relação à taxa de juros é política, mas a ele se juntam, em coro, entidades do setor privado. “Nos níveis atuais, a despesa com jutos bancários compromete a saúde financeira das empesas, que ficam impossibilitadas de crescer e com dificuldade de arcarem com suas despesas obrigatórias”, avalia a Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc). “As taxas de juros elevadas podem dificultar o acesso das empresas ao crédito e inibir investimentos, comprometendo o bem-estar da população e o progresso do país”, reforça a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg). Para a Confederação Nacional da Indústria (CNI), a decisão do Copom é “equivocada”. ´”A Selic está há mais de um ano em patamar alto o suficiente para contrair a atividade econômica e desacelerar a inflação”, diz o presidente da CNI, Robson Braga Andrade ao lembrar que a taxa de juro real hoje está em 8,1%, ou 4,1 pontos percentuais acima da taxa de juros neutra.

No mercado financeiro, que começava a prever uma antecipação da taxa de juros, a decisão do Copom até causou estranheza pelo tom duro do comunicado, no qual a autoridade monetária volta a afirmar que não hesitará em promover ajustes na Selic, leia-se elevar os juros. Isso porque as expectativas do mercado financeiro para a inflação estão em alta, ainda que na realidade recente os índices de preços estejam em baixa. Camila Abdelmalack economista chefe da Veedha Investimentos, lembra que apesar do trecho duro, o BC ressalta que esse cenário (de alta) é menos provável. “Eles reforçaram, assim como nos comunicados anteriores, que eles devem preservar a taxa no atual patamar até que se consolide o processo de desinflação, assim como a ancoragem das expectativas em torno da meta (de inflação)” observa a economista.

Enquanto para os setores produtivos os juros já deveriam ter sido reduzidos, analistas do mercado financeiro esperam redução da Selic a partir do segundo semestre, mais especificamente na reunião de 1º e 2 de agosto. “No mercado, na curva de juros, e também no Focus (boletim do Banco Central), é dado que no segundo semestre provavelmente a gente vai ver algum corte da taxa de juros aqui no Brasil”, avalia Camila. Para os economista do Mitsubishi UFJ Financial Group, Inc (MUFG), “as incertezas sobre o arcabouço fiscal, que precisa ser aprovado pelo Congresso (com riscos de diluição da proposta durante a fase de negociação), aliadas ao nível ainda elevado dos núcleos de inflação e de difusão, bem como às expectativas de inflação acima da meta, exigem a manutenção de uma postura agressiva”. O Banco Central fala em “paciência” e “serenidade”, mas não dá pistas de quando deve começar a reduzir a taxa de juros.

Energia

R$ 20 BIlhões é o valor necessário para concluir as obras da Usina Nuclear Angra 3, obra que já consumiu R$ 7,8 bilhões está parada desde 2015.

Café

Com a expectativa de que mais de 800 pessoas ligadas à cadeia do café no Brasil marquem presença, o “Summit Emprrendedoras do Café 2023” ocorre no próximo dia 12 em Santa Rita do Sapucaí. O evento, que está com inscrições abertas, é promovido pela Associação Mulheres Empreendedores do Café da cidade. O evento trará palestras com nomes da cadeia do café e exposições itinerantes como a do Museu do Café de Santos (SP).

Acelerando

Na rota dos veículos novos, cujas vendas cresceram 11,2% em abril, o comércio de carros usados teve alta de 10,7% no mês passado em relação a 2022, com 1.039.256 unidades comercializadas. Segundo a Federação Nacional das Associações dos Revendedoes de Veículos Automotores (Fenauto), no acumulado do ano foram vendidos 4.401.5080 carros usados, uma alta de 18,8% frente aos 3.706.064 comercializados em igual período de 2022.
 

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