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Estado de Minas COLUNA DO JAECI

Em plena pandemia, não é hora de retomar o futebol

Se o pico do coronavírus só deve chegar em maio e junho, o prudente seria manter quarentena geral até lá


postado em 26/04/2020 06:00 / atualizado em 26/04/2020 09:53

Já com portões fechados por causa do coronavírus, Cruzeiro e Coimbra fizeram no Independência o último jogo do Campeonato Mineiro(foto: ALEXANDRE GUZANSHE/EM/D.A PRESS - 15/3/20)
Já com portões fechados por causa do coronavírus, Cruzeiro e Coimbra fizeram no Independência o último jogo do Campeonato Mineiro (foto: ALEXANDRE GUZANSHE/EM/D.A PRESS - 15/3/20)


Centenas de milhares de mortos pela pandemia do coronavírus no mundo. Economias destruídas pelo fechamento do comércio e indústrias. Dólar chegando a níveis jamais imaginados. A maior economia do mundo, nos Estados Unidos, sofre com 26 milhões de desempregados. Tudo o que o país construiu em termos de empregos na última década virou pó em apenas dois meses, com a chegada da pandemia. E vejo gente preocupada se o futebol vai voltar ou não. Claro que o esporte bretão gera empregos diretos e indiretos, principalmente dos vendedores ambulantes, mas numa economia quebrada, em frangalhos, mesmo antes da chegada desse terrível vírus, há outros setores mais importantes que precisam funcionar antes.

Num primeiro momento, a ideia é reabrir o futebol com estádios fechados e testes nos jogadores para saber se eles contraíram o coronavírus. Aí, lá na frente, devem abrir os estádios ao público. Minha dúvida é saber se as pessoas terão coragem de se espremer, juntinhas, numa multidão de 40 mil ou 60 mil. Comemorar gols, abraçar, apertar as mãos, ficar num espaço sem máscaras. Eu não me arriscaria – e nem arriscaria a minha família. Por isso acho temeroso a volta do futebol tão cedo. É preciso, primeiro, eliminar o vírus. E torcer para que não haja uma segunda pandemia.

A ideia de alguns governadores e do presidente da República é começar a abrir o comércio gradualmente. Entendo a necessidade da economia, mas se o pico da doença ainda não chegou ao Brasil – dizem os especialistas que será em maio e junho –, como reabrir agora? É perigoso e poderá ser fatal para milhares de centenas de pessoas. Se em Nova York, em que o pico já chegou e começa a haver uma queda no número de infectados e mortos, o governador já decretou isolamento total até o dia 15 de maio, podendo prorrogar, como o Brasil vai reabrir seu comércio em pleno mês do pico da pandemia? Gente, isso não é uma “gripezinha ou resfriadinho”, como apregoam alguns. Esses que apregoam isso serão atendidos nos melhores hospitais do Brasil. Você, cidadão comum, se contrair a doença, vai morrer sem chegar a um leito ou ter um respirador à disposição. Entre sua vida e da sua família e o emprego, opte pela primeira. Depois que tudo isso passar, aí você corre atrás. Se tínhamos 13 milhões de desempregados e 30 milhões de pessoas vivendo na informalidade antes da pandemia, agora devemos ter 100 milhões de desempregados. É uma triste realidade. Porém, 100 milhões vivos, com seus filhos e esposas. Gente que, quando tudo isso passar, vai recuperar o tempo perdido e se restabelecer. O brasileiro é um povo sofrido, que consegue superar as maiores tragédias. Eu não me importaria se o futebol fosse o último produto a ser reaberto. Mesmo com saudades dos jogos às quartas e domingos, não o vejo tão essencial. É uma diversão, um lazer, mas no Brasil causa tantas mortes de inocentes por causa das facções organizadas, que nem prazer a gente tem mais. Sugeri aqui que algum promotor ou autoridade possa extinguir essas facções, junto com o coronavírus. Seria uma bênção para toda a população e para os torcedores anônimos e do bem.

Pai de santo não funcionou

“O Cruzeiro pagou a um pai de santo para fazer um trabalho e não ser rebaixado”. Segundo a notícia, ele recebeu R$ 6 mil adiantados, mas, segundo o próprio, ainda faltam R$ 4 mil. Gente, isso é o fim do mundo. Um clube de futebol recorrer a esse expediente é realmente deprimente e até engraçado. O clube virou motivo de chacota nacional. O que deveria ter sido feito era pagar salários em dia, afastar alguns jogadores e brigar para se manter na elite com unhas e dentes. Não foi o que ocorreu. O que começou errado não poderia ter dado certo. Denúncias de que parte do conselho foi comprado para votar na diretoria que renunciou, assalto aos cofres do clube e muitas falcatruas, denunciadas pelo Fantástico, há um ano. O Superesportes, através de uma série de reportagens feitas pelo repórter Tiago Mattar, que começou com “a farra do cartão corporativo”, vai mostrar as muitas falcatruas da última gestão. Imperdível. Faça sua assinatura on-line do Estado de Minas e fique sempre bem informado.

Moro é reserva moral

Votei em Bolsonaro para tirar a quadrilha do PT. Porém, como escrevi outro dia, não sou vaquinha de presépio dele. A exoneração do então ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, e agora o pedido de demissão do ministro da Justiça, Sergio Moro, mostra que Bolsonaro é despreparado e não age conforme sempre pregou. É sabido que seu filho, Flávio, está sendo investigado pela Polícia Federal por suspeita de rachadinha. Trocar o comando da instituição é dar um tiro no pé. Bolsonaro nunca mais terá um voto meu. E espero que ele não transforme o Brasil numa ditadura.

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