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A cistite, a relação médico paciente e a falta de exames

A medicina não se resume e não depende diretamente de resultado de testes e exames. É possível fazer um bom tratamento baseado num bom atendimento


12/11/2021 06:00

Médico
É necessário ter um médico de referência para cuidar da nossa saúde (foto: Waldryano/Pixabay)

Precisamos melhorar a relação médico paciente. Os profissionais que já possuem uma boa habilidade devem sempre buscar melhorias e aqueles que ainda não têm precisam treinar, estudar e aprender. Muitas habilidades são apresentadas como dons, como inerentes, quase uma estrela que, quando o médico nasceu, brilhou no céu, tornando-o predestinado a viver essa missão.

O que o médico mais deve oferecer a seus pacientes é a segurança, essa é a principal troca que deve ocorrer no ambiente do consultório. Não podemos vender cura, vender tratamentos milagrosos ou certezas, nós profissionais médicos devemos dominar a arte da incerteza precisa. Muitas palavras não são minhas, mas sim de ensinamentos que recebi de meus grandes mestres.

A avaliação médica é composta por um momento de anamnese - a entrevista, o bate papo com o paciente - e o exame físico, o momento em que o médico irá tocar o paciente e tentar sanar as dúvidas e hipóteses da entrevista. Para concluir esse atendimento, serão prescritas orientações e condutas de acordo com as necessidades e objetivos do paciente.

O ambiente o qual o médico atende seus pacientes é chamado de consultório, ou seja, o paciente adentra naquele recinto para se consultar, para receber orientações, porém, o que deveria ser um momento de avanços e metas, é transformado em ambiente questionador e de diversas inseguranças e deturpações.

Essa semana vamos falar um pouco sobre um diagnóstico super comum, o de cistite. Você sabe o que é cistite?

Cistite é o termo em mediquês que denomina a infecção urinária não complicada. Você sabia que, para indicar o tratamento, não é necessário, inicialmente, nenhum exame laboratorial? O que se faz necessário é apenas uma boa história médica e uma indicação adequada de antibioticoterapia.

Ou seja, em caso de mulheres com sintomas não graves que não estejam grávidas, há indicação bem definida para realizar o tratamento empiricamente, sem necessidade de exames. Essas conclusões não são tomadas de acordo com os astros do dia de infecção e nem do signo da Escheria Coli, responsável por quase 80% das infecções de urina atualmente.

Situações atípicas ou que demandam condutas diferentes podem acontecer, contudo o conjunto diagnóstico e prescrição médica é restrito a profissionais médicos e, se for necessário, serão solicitados exames, extensão diagnóstica, internação ou diversas outras ações com responsabilidade e decisão do médico.

Precisamos lembrar: é necessário ter um médico de referência para cuidar da nossa saúde. A medicina não se resume e não depende diretamente de resultado de testes e exames. É possível fazer um bom tratamento baseado num bom atendimento.

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