Saúde da mulher: cinco problemas para discutir com o ginecologista
Apesar do tabu envolvendo alterações íntimas, conversa franca com o profissional é fundamental para prevenção de problemas que podem colocar a saúde em risco
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Quando o assunto é saúde íntima, sexual e reprodutiva pode ser difícil definir o que é normal e o que é sinal de uma provável condição de saúde, afinal, o tema ainda é tabu. “Porém, em caso de dúvidas ou ao notar o surgimento de alterações suspeitas na região intima, é sempre importante conversar com um ginecologista, responsável pelo diagnóstico e tratamento de questões relacionadas a saúde feminina”, esclarece a ginecologista com título de especialista em ginecologia e obstetrícia (TEGO) Ana Paula Fabricio, que aponta problemas que podem ser preocupantes:
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Menstruação dolorosa
No geral, o ciclo menstrual é um incômodo para as mulheres - é marcado por dores de cabeça, cólicas, dores no seio e câimbras. “Esses sintomas são perfeitamente normais, sendo muito comuns em grande parte do público feminino durante esse período do mês. Mas é importante ficar atento a sinais de que algo está errado, principalmente a dores que pioram com o passar do tempo próximas ao reto, pélvis ou vagina, que pode ser sintoma de condições graves, como endometriose ou mioma uterino. Isso precisa ser investigado”, destaca a especialista.
Odor vaginal
A vagina possui odor característico natural, mas quando o cheiro torna-se ruim ou diferente do normal por um longo período de tempo, é importante falar com o ginecologista. “Crescimento bacteriano e infecções vaginais estão entre os principais problemas que podem alterar o odor normal da vagina e apenas o ginecologista é capaz de tratá-los. Então, não se sinta desconfortável em conversar com seu médico sobre o assunto”, aconselha Ana.
Desconforto sexual
Falar sobre sexo pode ser desconfortável, mas é importante avisar o médico caso você sinta incômodos como dor ou sangramento durante a prática sexual, pois isso é necessário para a realização de um diagnóstico e o tratamento das reclamações. “Uma das principais causas do desconforto sexual é o ressecamento do canal vaginal, que pode ocorrer por fatores como envelhecimento, uso de anticoncepcionais, alterações hormonais e menopausa. Mas o ginecologista pode ajudar a tratar o problema através da indicação do uso de lubrificantes, prescrição de hormônios ou alteração na dosagem ou tipo do medicamento contraceptivo”, completa a médica.
Incontinência urinária
A perda urinária sem desejo consciente da mulher pode provocar grande desconforto físico, social e psicológico, principalmente pelo fato de ser uma situação imprevisível, podendo ocorrer a qualquer hora e em qualquer lugar. Por isso, é importante alertar o médico sobre o problema para que ele possa determinar protocolos de tratamento específicos para a condição, que pode ser causada por fatores como transição menopausal, menopausa, excesso de exercícios físicos, envelhecimento e partos normais prévios. “Existe uma série de opções terapêuticas eficazes para o problema, incluindo fortalecimento muscular, fisioterapia pélvica, eletroestimulação, uso de hormônios tópicos vaginais, turgência local e até mesmo a realização de cirurgias em casos mais graves”, destaca a especialista.
Baixa libido
Apesar de baixa libido ser um problema mais comum do que grande parte das mulheres imagina, é importante conversar com o ginecologista para descobrir a causa. “Entre as causas da diminuição do apetite sexual estão o uso de certas medicações, a entrada na menopausa e a presença de doenças como depressão. Nesses casos, existem intervenções terapêuticas que são necessárias. Mas podemos ajudar também quando a baixa da libido é causada por fatores externos como estresse, oferecendo recomendações para aumentar naturalmente o desejo sexual”, reforça Ana Paula Fabricio.
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