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IMPEDE INFECÇÃO CELULAR

Unifal-MG registra patentes de substâncias com potencial contra a COVID-19

Pesquisa desenvolvida no Laboratório de Química Medicinal aponta moléculas com ação antiviral e anti-inflamatória

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A Universidade Federal de Alfenas (Unifal-MG) registrou duas novas patentes junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi) para substâncias com potencial terapêutico contra a COVID-19. Desenvolvidas no Laboratório de Pesquisa em Química Medicinal (PeQuiM), as moléculas foram planejadas e sintetizadas sob a coordenação do professor Cláudio Viegas Júnior, do Instituto de Química.

Segundo o pesquisador, as substâncias possuem um perfil multi alvo, atuando diretamente contra o vírus SARS-CoV-2 e reduzindo seus efeitos inflamatórios. “Elas exercem efeito antiviral, impedindo a infecção celular, além de apresentar um forte efeito anti-inflamatório, o que pode ser essencial no combate aos quadros graves da doença”, explica.

Descoberta

O estudo teve início em 2020, quando o laboratório avaliou cerca de 120 moléculas já existentes em seus bancos de substâncias (quimioteca) para reposicionamento contra o SARS-CoV-2. A análise revelou pelo menos duas substâncias capazes de inibir a ligação do vírus ao receptor ECA-2, impedindo sua entrada nas células, além de atuar na redução da carga viral e da inflamação.

As moléculas haviam sido inicialmente desenvolvidas para tratar leishmaniose e infecções fúngicas em projetos de pós-doutorado da pesquisadora Vanessa Silva Gontijo e de quatro bolsistas de iniciação científica, orientados por Cláudio.

A pesquisa contou com a colaboração de instituições como a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), onde a professora Jordana Alves Coelhos dos Reis testou as substâncias diretamente contra o vírus. O Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC) também contribuiu com estudos computacionais para entender os mecanismos de ação dos compostos. Além disso, a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) realizou testes em modelos animais, confirmando o efeito anti-inflamatório das substâncias.

Próximos passos

Após o depósito das patentes, os pesquisadores seguem refinando os experimentos e preparando publicações científicas. A expectativa é que a inovação atraia o interesse da indústria farmacêutica para financiar estudos pré-clínicos e clínicos. “Com um investimento relativamente baixo do setor produtivo, há um grande potencial para desenvolver um candidato a fármaco e, no futuro, um novo medicamento contra a COVID-19”, destaca Cláudio.

Desde a criação do PeQuiM em 2007, o grupo de pesquisa da Unifal-MG já depositou oito patentes nacionais e internacionais. 



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