idoso sentada na cama com as mãos em um dos joelhos -  (crédito: Freepik)

A artrose aumenta com o passar dos anos, sendo pouco comum antes dos 40 e mais comum em pessoas com mais de 60 anos

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A artrose no joelho é uma condição que pode afetar a qualidade de vida das pessoas, as impedindo de realizar simples atividades do cotidiano e praticar esportes. A doença é mais comum entre os idosos e entre o sexo feminino. 

Segundo dados divulgados pela Sociedade Brasileira de Reumatologia, cerca de 15 milhões de brasileiros sofrem com alguma doença reumática, que causa limitação, aposentadoria precoce e impacto significativo no sistema de saúde do país. Entre as articulações mais atingidas por esses tipos de doença está o joelho.

Prof.ª Dra. Matilde Sposito, fisiatra especialista em bloqueios neuroquímicos, destaca a importância de abordagens adequadas para tratar essa condição e prevenir complicações.

"A artrose do joelho pode se manifestar de várias maneiras e é essencial uma abordagem personalizada para cada paciente. Um diagnóstico preciso é crucial para determinar o tratamento mais eficaz e evitar a evolução da doença para estágios mais graves", ressalta a especialista.

A condição é mais frequente entre as doenças reumáticas, representando cerca de 30 a 40% das consultas em ambulatórios de Reumatologia.

Como surge

A artrose, também conhecida como osteoartrite, é o desgaste da cartilagem que reveste as articulações. A condição pode surgir por uma consequência natural do envelhecimento do organismo e por alterações ósseas.

A artrose aumenta com o passar dos anos, sendo pouco comum antes dos 40 e mais comum em pessoas com mais de 60 anos. A Sociedade Brasileira de Reumatologia afirma que 85% dos casos da doença estão associados com pessoas de 75 anos ou mais, mas somente 30% a 50% dos indivíduos relataram ter dor crônica.

Nos joelhos, a osteoartrite pode provocar limitação de movimentos, dificuldades para andar e dobrar a perna, além de dores crônicas. A doença é multifatorial, ou seja, pode surgir de várias formas. Entre as razões mais comuns, estão fatores hereditários, obesidade, traumas no local e movimentos repetitivos.

Atletas de alta performance podem desenvolver a doença em função do alto impacto nos joelhos, após o encerramento das suas carreiras.

Tratamento

A fisiatra também destaca a importância do diagnóstico precoce e do tratamento adequado para evitar a progressão da osteoartrite.

"A osteoartrite no joelho exige uma abordagem multidisciplinar. Além do tratamento medicamentoso, incluindo anti-inflamatórios, a fisioterapia desempenha um papel importante no fortalecimento muscular e na melhoria da qualidade de vida do paciente", afirma Matilde.

Um estudo realizado pela Monash University, na Austrália, comprovou que a prática de exercícios não faz mal para as articulações e também ajuda a mantê-las saudáveis, podendo, até mesmo, beneficiar a cartilagem. Ainda, há evidências que pessoas que se exercitam regularmente respondem melhor ao tratamento medicamentoso contra a artrose.

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No entanto, Matilde enfatiza a necessidade de acompanhamento médico contínuo, principalmente em casos de artrose. Intervalos entre as consultas, exames de retorno e ajustes no tratamento são fundamentais para garantir o controle da doença e o bem-estar do paciente.

Entre as dietas para ajudar na terapêutica da doença, a fisiatra explica que devem ser considerados hábitos saudáveis para favorecer o emagrecimento, bem como exercícios físicos de fortalecimento no local atingido acompanhados de auxílio especializado, além de terapias, como a acupuntura no combate da dor.