Os procedimentos injetáveis figuram entre os tratamentos estéticos mais populares atualmente. Muitas pessoas têm receio devido às temidas agulhas. Mas as agulhas, manuseadas por um profissional experiente e certificado, são seguras -  (crédito:  Menahem Yaniv/Pixabay)

Os procedimentos injetáveis figuram entre os tratamentos estéticos mais populares atualmente. Muitas pessoas têm receio devido às temidas agulhas. Mas as agulhas, manuseadas por um profissional experiente e certificado, são seguras

crédito: Menahem Yaniv/Pixabay

 

Os procedimentos injetáveis figuram entre os tratamentos estéticos mais populares atualmente. Apesar disso, muitas pessoas ainda têm receio de se submeterem a esses procedimentos devido às temidas agulhas. Mas é importante ressaltar que as agulhas, quando manuseadas por um profissional experiente e certificado, são perfeitamente seguras.

“É um objeto afiado e, logo, precisa ser manuseada com cuidado para evitar a perfuração de vasos e artérias, o que pode causar edemas, hematomas e, em casos extremos, oclusão arterial. Esse é um dos motivos pelo qual qualquer procedimento deve ser realizado apenas por um profissional especializado. Sempre aspiramos antes de injetar para tornar a aplicação segura. Além disso, podemos adotar técnicas para tornar o procedimento mais confortável, como utilizar anestesia tópica (creme), aplicar gelo antes de cada picada e até aparelhos que vibram na pele para reduzir a dor na hora da aplicação, que é leve”, explica a dermatologista Paola Pomerantzeff, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, que ainda ressalta que alguns procedimentos não utilizam agulhas, mas, sim, cânulas.

“A escolha entre a agulha e cânula dependerá do procedimento e da região. Por segurança, em áreas que têm muitos vasos ou artérias, optamos pela cânula para reduzir o risco de atingi-los. Isso porque a ponta da cânula é romba, ou seja, é arredondada e não cortante, afastando os vasos em vez de perfurá-los, o que diminui o risco de hematomas”, acrescenta a dermatologista.

Leia: Aicmofobia: saiba como lidar com o medo de agulha

Mas, se mesmo em posse dessas informações, você ainda não se sente à vontade perto das agulhas, vale destacar que existem tratamentos não invasivos que conferem efeitos similares aos procedimentos injetáveis, conforme você pode conferir abaixo:

Skinbooster – De acordo com Paola, o skinbooster consiste em injeções de ácido hialurônico não reticulado, que, ao contrário da substância utilizada em preenchimentos, não promove volume, mas, sim, atrai água para a pele. “Dessa forma, o procedimento melhora a hidratação, o viço e a textura do tecido cutâneo, além de ajudar a reduzir rugas”, destaca Paola. Mas um efeito similar de hidratação e combate às linhas finas pode ser conquistado de maneira não invasiva com a hidrodermoabrasão do HydraFacial, que ainda promove uma limpeza poderosa da pele.

“O procedimento é capaz de limpar, esfoliar e extrair sujidades de maneira agradável enquanto promove uma poderosa hidratação da pele. Assim, melhora instantaneamente a qualidade do tecido cutâneo, uniformizando a textura e aumentando a firmeza, viço, maciez, hidratação e brilho da pele”, explica o dermatologista Renato Soriani, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), expert em tecnologias dermatológicas e ex-coordenador do Departamento de Laser e Tecnologias da SBD (2017-2021). “Completamente personalizável, o HydraFacial ainda conta com uma série de boosters que são escolhidos a dedo pelo dermatologista dependendo das características da pele do paciente. Por exemplo, para reduzir linhas finas, podemos usar o booster Dermabuilder, que é rico em peptídeos”, acrescenta o médico.

Toxina botulínica – A toxina botulínica interrompe a ação entre o nervo motor e o músculo, o que paralisa a musculatura, eliminando as rugas, já que são consequência da contração muscular. Mas, para quem tem trauma de agulhas, dá para ter o efeito botox-like com o ultrassom microfocado Atria. “Com menor nível de dor e máxima eficácia, o ultrassom Atria tem ação em camadas mais profundas, atuando até mesmo no Sistema Músculo Aponeurótico Superficial (SMAS), que é a camada muscular mais profunda responsável por sustentar a face. Os pontos de coagulação causam uma contração no músculo, com efeito lifting. Podemos utilizar também profundidades mais superficiais para a produção do colágeno. Além disso, a tecnologia Atria Pen, uma caneta ultrassônica, promove zonas de coagulação verticais, que se somam à atuação do aplicador em scanner para promover um duplo efeito térmico de estimulação”, diz o dermatologista Abdo Salomão Jr, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, que explica que parte dos efeitos são visíveis imediatamente, mas os resultados são potencializados em até três meses.

“Sua ação promove dois diferentes estímulos para criação de novo colágeno, por conta da aplicação com a ponteira de scanner e a de caneta”, esclarece a dermatologista Ana Maria Pellegrini, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia. “Depois do procedimento, a única recomendação é o uso do protetor solar, para proteger a pele”, orienta a médica.

Bioestimulador de colágeno – Conforme Renato Soriani, os bioestimuladores de colágeno (sculptra, radiesse, elleva) são procedimentos injetáveis que atuam estimulando a produção de colágeno, suavizando a flacidez e reposicionando os volumes corporais. Mas o ultrassom microfocado também é uma estratégia para conquistar esse estímulo. “Trata-se de um tratamento cuja ação é dentro da pele, não gerando nenhum tempo de inatividade. O músculo sofre uma contração imediata ao ser atingido pelos pontos de coagulação. Isso produz um efeito lifting, que pode apresentar evolução no período de três meses após o procedimento, quando o novo colágeno continua a ser produzido. O objetivo, então, é encurtar o músculo para tracionar a pele para cima, resultando em um efeito lifting não cirúrgico”, diz o Dr. Renato Soriani. O ultrassom microfocado também é usado para formar a famosa “poupança de colágeno”, estímulo dado antes dos primeiros sinais do envelhecimento, como forma de prevenção. Para pacientes que querem um resultado maximizado, a Dra. Ana Maria Pellegrini esclarece: “A combinação de ultrassom microfocado e bioestimulador é comum e traz grandes benefícios”.

Leia: Confira vantagens e riscos do microagulhamento por radiofrequência 

Preenchedor injetável – O preenchimento com ácido hialurônico é um dos principais procedimentos estéticos realizados atualmente, pois proporciona volume às áreas tratadas, melhora o contorno facial e promove uma aparência mais harmônica. No entanto, para aqueles que preferem ficar longe das agulhas, a boa notícia é que existem lasers com ação volumizadora, como é o caso do laser pro collagen, da plataforma Solon. “O laser Pro Collagen age desde a camada muscular até a derme, retendo água na pele e hipertrofiando os tecidos. Dessa maneira, aumenta a espessura da derme, enrijece os músculos e aumenta o volume dentro das células, o que confere um aspecto volumizador”, destaca Abdo Salomão Jr., que acrescenta que o laser pro collagen ainda pode ser utilizado em associação aos preenchimentos para potencialização dos resultados.

Microagulhamento – Os procedimentos injetáveis não são os únicos tratamentos que utilizam agulhas. Outro grande destaque que faz uso de agulhas é o microagulhamento. Mas uma alternativa ao tratamento é a radiofrequência multifracionada Futera, que emite ondas eletromagnéticas convertidas em calor na pele, o que promove rejuvenescimento facial. “Nós chamamos esse tratamento de microagulhamento sem agulhas. É uma técnica que utiliza a radiofrequência para melhorar a pigmentação, poros e textura da pele. É pouco agressivo, indolor e permite uma recuperação muito rápida”, completa Renato Soriani.