O vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) publicou, nesta segunda-feira (15/12), um vídeo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) gravado no hospital após o atentado a faca sofrido durante a campanha eleitoral de 2018. Na legenda da postagem, feita na rede social X (antigo Twitter), o parlamentar afirma que “o sistema tentou matá-lo” e sustenta que o ataque teve como objetivo silenciar um projeto político.
“A facada não foi apenas um ataque físico. Foi a tentativa covarde de enterrar um projeto, silenciar uma voz e sufocar a esperança de milhões de brasileiros”, disse.
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Na publicação, o vereador também aborda a sucessão política no campo bolsonarista e ressalta que Jair Bolsonaro escolheu o filho, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), como seu representante político. “Bolsonaro foi claro. Ele fez sua escolha. Flávio Bolsonaro é o representante político que ele apontou. Não por conveniência, não por pressão, mas por convicção”, declarou.
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“Para o desespero do sistema, Jair Bolsonaro sobreviveu. E, como não conseguiram eliminá-lo, agora tentam reescrever sua história, transformar seu legado político em moeda de troca, como se fosse uma herança disponível para quem deseja ocupar um espaço que não lhes pertence”, pontuou.
Carlos Bolsonaro ainda criticou o que chamou de tentativa de “impor herdeiros, atalhos e substitutos”. “Não existe herdeiro em um propósito estabelecido por Deus. O que Ele planejou com Bolsonaro será cumprido com Bolsonaro”, escreveu.
O vídeo divulgado mostra Jair Bolsonaro hospitalizado, acompanhado dos filhos, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o senador Flávio Bolsonaro. Nas imagens, o então candidato faz uma reflexão sobre destino e missão política. “Temos uma missão aqui na Terra, e essa missão será cumprida, por mim, por você, Magno, ou por outra pessoa; até o momento, Deus quis assim”, afirma Bolsonaro na gravação.
A crítica de Carlos Bolsonaro ocorre em meio a disputas internas no campo da direita sobre liderança política e sucessão eleitoral, diante da inelegibilidade e prisão do ex-presidente, além da movimentação de aliados que buscam ocupar o espaço deixado por Bolsonaro no cenário nacional.
Desde que nomes da direita, como os governadores Romeu Zema (Novo-MG), Ronaldo Caiado (União-GO) e Ratinho Jr. (PSD-PR) se colocaram como pré-candidatos à Presidência da República, Carlos Bolsonaro passou a adotar uma postura de criticar recorrentemente ex-aliados em suas redes sociais. Na última semana, por exemplo, Carlos criticou o que chamou de hipocrisia entre ex-aliados que defendiam a “união da direita”, mas ainda não se posicionaram a favor de Flávio Bolsonaro na disputa pelo Palácio do Planalto.
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“Os ‘isentões’ e os ‘limpinhos’, aqueles que diziam lutar pela ‘união da direita’, hoje já não querem mais união alguma. Por quê? Porque muitos se revelaram aquilo que sempre foram: putinhas do sistema”, disparou Carlos, no X (antigo Twitter), no dia 7 de dezembro.
