AUTOESCOLAS NÃO SÃO MAIS OBRIGATÓRIAS

Deputado bolsonarista quer derrubar medida que flexibiliza obtenção da CNH

Documento apresentado ao Congresso Nacional pede suspensão de novas regras propostas pelo governo federal, que espera reduzir em até 80% o custo para tirar CNH

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O deputado federal bolsonarista Coronel Meira (PL-PE) protocolou um decreto legislativo no Congresso Nacional para suspender a resolução do governo federal que acabou com as aulas obrigatórias em autoescolas e flexibilizou a obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (CNH).

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As novas regras para tirar o documento começam a valer nesta segunda-feira (8/12). Agora, as aulas poderão ser feitas em carros particulares e por instrutores autônomos, e a carga horária mínima de aulas passa a ser de duas horas, e não mais de 20 horas. Com a medida, o governo Lula (PT) espera reduzir em até 80% o custo para tirar a CNH.

O documento apresentado por Meira pede a suspensão integral das novas regras. “A resolução ignora o papel essencial das autoescolas (Centros de Formação de Condutores - CFCs) na garantia de uma formação padronizada e supervisionada, que historicamente contribui para a redução de acidentes de trânsito”, justifica.

O parlamentar argumentou que a medida “representa uma clara afronta à competência exclusiva do Congresso Nacional”, que colocaria em pauta um projeto de lei de 2014 sobre a legislação para a formação de condutores.

Meira cita que “especialistas apontam falhas técnicas e riscos à segurança” nas novas determinações, mas não apresenta estudo ou declaração que corrobore a tese.

‘Impacto econômico devastador’

Na justificativa, o parlamentar afirmou que a retirada das aulas obrigatórias “já causou queda de até 77,5% no faturamento de empresas” e alertou para o impacto econômico no setor. O texto afirma que a norma ignora contratos já firmados, podendo obrigar autoescolas a devolver valores referentes a pacotes contratados antes da mudança.

O Conselho Nacional de Trânsito (Contran) determinou que contratos anteriores podem ser revisados com base no Código de Defesa do Consumidor e no Código Civil. Isso abriu espaço para pedidos de devolução de valores relativos às aulas que, com a flexibilização, deixaram de ser obrigatórias.

O texto de Meira aguarda despacho do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), para que o projeto seja analisado pelas comissões.

O que muda?

A abertura do processo para tirar a CNH poderá ser feita diretamente pelo site do Ministério dos Transportes ou por meio da Carteira Digital de Trânsito (CDT). O cidadão ainda precisará comparecer presencialmente a etapas como coleta biométrica e exame médico.

A resolução prevê curso teórico gratuito e digital. O ministério disponibilizará o conteúdo online sem custos para o candidato, mas quem preferir poderá estudar presencialmente em autoescolas ou instituições credenciadas.

Também haverá flexibilização das aulas práticas e abertura para instrutores credenciados pelos Detrans, aumentando as opções para o cidadão.

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O candidato poderá escolher como fará sua preparação: contratando um centro de formação de condutores tradicional ou um instrutor autônomo. Nenhum profissional poderá atuar sem credenciamento oficial: todos passarão por fiscalização pelos órgãos estaduais, deverão cumprir requisitos padronizados nacionalmente e serão identificados digitalmente na CDT.

O texto também prevê a facilitação dos processos de obtenção da CNH para as categorias C (veículos de carga, como caminhões), D (transporte de passageiros, como ônibus) e E (carretas e veículos articulados), permitindo mais opções de formação, com o objetivo de tornar o processo mais ágil e menos burocrático.

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